Cap.111: A rainha da festa.

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- Sim, apesar do seu passado depor contra, ele se superou!

- Deixem o Alfonso em paz, ele é um bom rapaz. - falou Marichelo enquanto acabava de pentear o cabelo de Anahí.

- Não te falei, Dulce? - Anahí falou, fingindo-se contrariada. - Minha mãe defende mais a ele que a própria filha!

- Conheço um bom homem quando o vejo. E o problema daquele ali era solidão, acreditem. - explicou Marichelo maquiando os olhos de Anahí. - Os ocidentais costumam abandonar muito cedo seus filhos e aquele rapaz era carente, precisava de um lar acolhedor, uma comida caseira à mesa, amizades verdadeiras e o amor de uma boa mulher.

Anahí sorriu para a mãe. Olhando para o perfil tão parecido, confirmei mais uma vez que, além da aparência, partilhavam do mesmo senso apurado de bondade e justiça. O relacionamento delas sempre foi assim, com diálogo franco, honesto, cheio de cumplicidade.

- Você é a garota mais bonita da festa! - falei assim que ficou pronta.

- Você também está linda! - disse, passando um braço pela minha cintura. - Agora vamos lá! Uma festa nos aguarda e quero dançar a noite toda!

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Depois que Alfonso trocou de roupa, colocando uma túnica amarela ornamentada em dourado, descemos e ficamos esperando as meninas. A música indiana soava pelo enorme salão. A conversa era animada por todo lado.

- Cara, tô roxo de fome! - Poncho falou impaciente. - Onde será que esconderam a comida?

- Acho que na sala ao lado. - respondi.

- Beleza! - exclamou marchando naquela direção.

Encontramos duas mesas abarrotadas da perfumada comida indiana e também da comida ocidental. A variedade era enorme, Alfonso pegou um prato e foi logo se servindo de tudo um pouco.

- Isso está maravilhoso! - falou, depois de mastigar e engolir generosas porções.

- Que apetite, hein? - comentei, enquanto escolhia o que saborear do extenso cardápio.

- Bem, digamos que tive uma tarde produtiva. - falou antes de enfiar algo parecido com um pequeno pastel na boca.

- Tarde produtiva com a Anahí? - perguntei malicioso. - Posso bem imaginar!

Ficamos comendo e conversando, até que, satisfeitos, resolvemos voltar para o salão. Nesse momento, vimos Marichelo, Dulce e Anahí descendo as escadas.

- Já está atacando a comida? - Anahí perguntou bem humorada.

- Você não sabe o que está perdendo! - respondeu entusiasmado. - Mas, antes de mais nada, tenho que dizer, você está super gata! - falou olhando-a de cima a baixo.

- Obrigada! - agradeceu sorridente e deu um rodopio fazendo os detalhes prateados de seu sári cintilarem, depois fitou o prato que Poncho ainda carregava com alguns quitutes. - Hum! Isso está realmente com cheiro muito bom, me dá um pouquinho?

- Vem cá, a gente come junto.

Alfonso se sentou numa poltrona, puxando Anahí com ele. Colocou-a sentada em sua perna, e passou a dar pequenas porções em sua boca.

- Anahí fez um milagre que eu julgava impossível! - comentei com Dulce.

- Fico tão contente por eles! - disse abraçando-me pela cintura. - E me faz continuar acreditando que o amor é o melhor remédio do mundo.

- Ainda bem que recebo minhas doses diárias. - ela riu me beijando no rosto.

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Anahí era a rainha da festa! Recebeu os cumprimentos de toda a sua família e dos amigos, esbanjando charme e simpatia. Este ano a comemoração foi ainda mais especial, não só por estar completando dezoito anos, a idade da emancipação, mas por ter seu afeto tão bem correspondido pelo mais improvável dos candidatos, Alfonso Herrera, o conhecido Todo-Poderoso das garotas.

Ninguém mais merecia essa felicidade do que a minha querida amiga. A festa prosseguiu com muita conversa animada, altas risadas, boa música e comida farta e deliciosa. Num dado momento, soou uma linda música romântica e vários casais começaram a se formar dançando no meio do salão.

O Poncho e Any foram um dos primeiros, seguidos pelos irmãos dela, que convidaram algumas meninas para dançar. Ficaram muito satisfeitos ao serem aceitos. Suas expressões de alívio chegavam a ser cômicas! Depois foi a vez de nos juntar a eles, dançando coladinhos.

Tudo parecia finalmente estar em seu lugar. Quando a música acabou, as luzes se apagaram para revelar a mãe da Shanti trazendo um enorme bolo iluminado com dezoito velinhas. Cantamos a tradicional canção de aniversário e Anahí apagou todas as velas num sopro só.

Logo o delicioso bolo de chocolate começou a ser servido e o papo voltou a ficar animado. Reparei que alguns casais conversavam procurando se conhecer melhor, entre eles, os irmãos Portilla. A festa se tornou um sucesso. Pra continuar no mesmo pique, colocaram uma música super dançante e a Anahí me puxou pela mão.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora