73. bonded by power

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— michael!

20 de Janeiro, 2018

Já era madrugada e Pandora gargalhava pelo corredor, conforme retornavam ao quarto seiscentos e sessenta e seis. A energia em volta dela era radiante. Conforto preenchia Michael ao vê-la assim, tão contente.

— Eu canto tão mal — ela afirmou, sua voz ainda meio rouca devido ao esforço vocal de mais cedo.

O rapaz não poderia discordar. No entanto, pouco importava se a adolescente possuía os mais incríveis vocais, contanto que tivesse se divertido.

— Saciou o desejo encubado por karaokês? — Ele arqueou a sobrancelha. Depois que subira ao palco, fora uma tarefa árdua tirá-la de lá. Apenas mediante uma condição, Pandora concordara em ir embora: caso o Langdon cantasse uma última música com ela.

Eles fizeram um dueto de Lay All Your Love On Me, do ABBA

Nunca, o Anticristo sentira-se tão tolo.

— Não precisarei ir em um até a próxima encarnação, obrigada.

Michael usou do cartão magnético para abrir a porta, adentrando o apartamento com a Williams em seu encalço.

Ele a ouviu tirar os tênis, então fez o mesmo com seus sapatos e meias. Quando a porta trancou atrás deles, o rapaz sentiu as mãos da ruiva subirem pelo seu ombro, massageando-o sobre a camisa social. Seu hálito fresco na nuca dele fez com que um arrepio percorresse seu corpo.

— Lembre-me novamente o que era aquilo que queria que eu te chamasse — ela ronronou ao seu ouvido

Michael deixou que uma risada rouca lhe escapasse. Virou-se, de modo que pudesse vê-la. Seus olhos possuíam um cintilar profano no qual ele poderia muito bem se deixar perder.

Segurou seu queixo fino com a mão direita, usando da esquerda para afastar uma mecha de cabelo do seu rosto.

— O que você quer? — demandou, o rosto impassível. Era o joguinho deles, afinal: um jogo de dominância, o qual Michael sempre vencia. Não havia nada mais prazeroso que roubar o controle das mãos dela, deixá-la sem chão e sem reação, assim como fazia com ele todo maldito dia.

E Pandora parecia gostar tanto quanto ele.

— Eu quero o que você quiser, mestre — ela provocou, arqueando a sobrancelha da maneira que aprendera ser capaz de desestabilizá-lo.

Ele a beijou lenta e intensamente, tomando seu tempo para explorar seus lábios, para descobrir novos lugares onde gostava de ser acariciada. Deu alguns passos para trás, sem ousar quebrar o contado, caindo sobre o sofá com a jovem em seu colo.

A garota tirou a gravata vermelha que envolvia o pescoço do Langdon, atirando o acessório sobre a mesa de centro. Logo, suas mãozinhas desesperadas já trabalhavam em desabotoar sua camisa. Não demorou até ouvir o farfalhar do tecido caindo no chão.

O rapaz sentia o próprio sangue pulsar em suas veias, sua extensão já completamente tensa contra Pandora. Ele cessou o beijo apenas pelo instante necessário para retirar o vestido da jovem, que arfou em alívio. Então percebeu, com muito entusiasmo, que ela não usava um sutiã por baixo.

Pandora inclinou-se em sua direção novamente. Desta vez, ao invés dos seus lábios, ela beijou seu pescoço, então seus ombros, e seu peitoral, e seu abdômen. Seu corpo parecia em chamas, sendo cada toque dela como a gasolina que alimentava aquele incêndio.

Ela já estava de joelhos entre suas pernas, as mãos fazendo carícias demoradas em suas coxas. A calça social do rapaz já estava jogada em algum canto da sala, com o resto das roupas.

ME AND THE DEVIL ➸ michael langdonOnde histórias criam vida. Descubra agora