• capitulo 5 •

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Maratona 1/2

Viviane

Eu fiquei toda zonza com aquela fumaça, eu fiz esforços e segui indo por aquele beco, eu não enxergava direito mas metia bala. Quando eu finalmente consegui enxergar, eu vi ele, ele me olhou e saiu com aquele carro.

Eu atirei na traseira do carro, mas não adiantou. Eles fugiram.

- Os bandidos fugiram em direção da Gamboa. - Falei segurando o rádio. - Fechem os túneis agora! - Berrei esfregando os olhos.

Ouvi alguns passos atrás de mim e quando olhei era Tarcísio.

- Filhos de uma puta! - Tarcísio disse rangendo os dentes.

Logo apareceu o carro com a Patricia dirigindo. Eu corri entrar dentro.

- Meus olhos tão pegando fogo! - Patricia disse batendo no volante.

Ela acelerou o carro e fomos indo pela Gamboa.

- Os bandidos entraram no túnel. - O rádio tocou. - Vão pro final do túnel, fiquem ligados e metam bala. - Ouvi a voz do delegado falando.

Guiamos pro final do túnel, eu fiquei de um lado com Tarcísio e Patricia e o resto fico do outro lado.

A gente praticamente fechou a saída, só deixou um espaço pequeno. Logo veio dois carros e uma moto.

Paramos eles, Tarcísio foi ver e era famílias que estavam ali. Começou a se formar uma fila, a gente via a pessoa, dava uma olhada pro cima e deixava passar. Passou todos até passar um caminhão, fiz sinal pra parar e parou. Eu fui em direção e tinha um senhor que fumava.

- O senhor está indo em direção a onde? - Perguntei.

- Tenho que fazer uma entrega pra Espírito santo. - Ele disse.

Eu concordei e olhei o baúzão que tinha ali no caminhão.

- Teria como o senhor descer e abrir o baú? - Perguntei arqueando a sobrancelha.

Ele arqueou a sobrancelha também e saiu do caminhão. Ele foi caminhando até a traseira daquele caminhão grande. Patricia veio comigo e ele abriu aquela porta.

Demos de cara com vários palites. Eu cheguei mais perto e encarei que era fardos de leites. Não dava pra ver nada, só aqueles dois palites enormes.

- Tudo bem, liberado! - Falei encarando ele.

Patrícia foi até Tarcísio e eu fiquei ali encarando aquele senhor.

- Obrigado, e uma boa noite pra senhora! - Ele disse e eu assenti.

Ele foi rápido e foi embora com o caminhão. Eu fiquei encarando aquele caminhão ir e olhei pra trás vendo duas viaturas vindo, eles pararam e um dos policiais veio falar comigo.

- Não tem sinal de nenhum deles por aqui. - O policial falou.

- Impossível, eles entraram aqui nesse túnel. Não teria outro lugar pra ir, a gente fechou aqui, a gente tá revistando tudo! - Falei negando com a cabeça.

- Nada suspeito? - O policial perguntou.

Eu encarei ele e neguei.

Fiquei olhando aquela fila de carros e logo veio na minha cabeça.

" Entrega para espírito santo "

Eu olhei pra direção aonde os carros estavam indo e arqueei a sobrancelha.

A única saída pra ir pra Espírito santo é do outro lado, ele taria indo pro sentido contrário. Eu arregalei meus olhos e fui correndo até aonde Tarcísio e o resto tava.

- A gente precisa parar aquele caminhão que passou. - Falei alto. - Ele disse que tava indo pra Espírito Santo! - Falei indo até o carro.

Eu entrei com tudo, todos entraram e eu dei partida.

- Você tá brincando né? A gente viu que não tinha nada. - Patricia disse me olhando.

- Ele disse que estava indo pra Espírito Santo, ele foi pro lado contrário. Os carros não saíram por nenhum dos dois lado do túnel. Foi o único caminhão dali! - Falei acelerando sem parar.

Os carros se desviavam comigo acelerando. Eu tava com fogo nos olhos, eu juro que eu atiraria sem dó.

Tarcísio passou o rádio falando sobre o caminhão. Eu acelerei sem parar e de longe eu via um caminhão.

Agora é minha hora.

Quando eu cheguei perto eu dei sinal, eu acelerei e o caminhão foi parando até o canteiro. Eu parei na frente e já fui descendo apontando a arma.

- Desce porra! - Gritei vendo um senhor totalmente diferente descer com as mãos levantadas.

Ele estava com um olhar assustado.

- Abre a porta do baú. - Ouvi a voz da Patricia atrás de mim.

Ele foi indo e Patricia foi atrás dele apontando pra ele. Eu fui indo atrás e quando parei na traseira ele abriu, demos de cara com uma mulher e duas crianças dormindo.

- É minha família. - Ele disse.

Realmente não tinha nada ali. Eu me assustei, eu fiquei sem reação nenhuma.

Patrícia subiu no baú, olhou tudo dentro e não tinha nada. Ela desceu e suspirou.

- Tá indo pra onde? - Patrícia perguntou.

- São Paulo. - Ele disse e Patrícia concordou.

- Boa viagem. - Patrícia disse e ele assentiu indo em direção ao caminhão.

Eu passei a mão no rosto e bufei.

Que ódio.

- Vamos! - Patricia disse me puxando.

aperta na estrelinha •

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Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora