Maratona 1/2
Viviane
Eu fiquei toda zonza com aquela fumaça, eu fiz esforços e segui indo por aquele beco, eu não enxergava direito mas metia bala. Quando eu finalmente consegui enxergar, eu vi ele, ele me olhou e saiu com aquele carro.
Eu atirei na traseira do carro, mas não adiantou. Eles fugiram.
- Os bandidos fugiram em direção da Gamboa. - Falei segurando o rádio. - Fechem os túneis agora! - Berrei esfregando os olhos.
Ouvi alguns passos atrás de mim e quando olhei era Tarcísio.
- Filhos de uma puta! - Tarcísio disse rangendo os dentes.
Logo apareceu o carro com a Patricia dirigindo. Eu corri entrar dentro.
- Meus olhos tão pegando fogo! - Patricia disse batendo no volante.
Ela acelerou o carro e fomos indo pela Gamboa.
- Os bandidos entraram no túnel. - O rádio tocou. - Vão pro final do túnel, fiquem ligados e metam bala. - Ouvi a voz do delegado falando.
Guiamos pro final do túnel, eu fiquei de um lado com Tarcísio e Patricia e o resto fico do outro lado.
A gente praticamente fechou a saída, só deixou um espaço pequeno. Logo veio dois carros e uma moto.
Paramos eles, Tarcísio foi ver e era famílias que estavam ali. Começou a se formar uma fila, a gente via a pessoa, dava uma olhada pro cima e deixava passar. Passou todos até passar um caminhão, fiz sinal pra parar e parou. Eu fui em direção e tinha um senhor que fumava.
- O senhor está indo em direção a onde? - Perguntei.
- Tenho que fazer uma entrega pra Espírito santo. - Ele disse.
Eu concordei e olhei o baúzão que tinha ali no caminhão.
- Teria como o senhor descer e abrir o baú? - Perguntei arqueando a sobrancelha.
Ele arqueou a sobrancelha também e saiu do caminhão. Ele foi caminhando até a traseira daquele caminhão grande. Patricia veio comigo e ele abriu aquela porta.
Demos de cara com vários palites. Eu cheguei mais perto e encarei que era fardos de leites. Não dava pra ver nada, só aqueles dois palites enormes.
- Tudo bem, liberado! - Falei encarando ele.
Patrícia foi até Tarcísio e eu fiquei ali encarando aquele senhor.
- Obrigado, e uma boa noite pra senhora! - Ele disse e eu assenti.
Ele foi rápido e foi embora com o caminhão. Eu fiquei encarando aquele caminhão ir e olhei pra trás vendo duas viaturas vindo, eles pararam e um dos policiais veio falar comigo.
- Não tem sinal de nenhum deles por aqui. - O policial falou.
- Impossível, eles entraram aqui nesse túnel. Não teria outro lugar pra ir, a gente fechou aqui, a gente tá revistando tudo! - Falei negando com a cabeça.
- Nada suspeito? - O policial perguntou.
Eu encarei ele e neguei.
Fiquei olhando aquela fila de carros e logo veio na minha cabeça.
" Entrega para espírito santo "
Eu olhei pra direção aonde os carros estavam indo e arqueei a sobrancelha.
A única saída pra ir pra Espírito santo é do outro lado, ele taria indo pro sentido contrário. Eu arregalei meus olhos e fui correndo até aonde Tarcísio e o resto tava.
- A gente precisa parar aquele caminhão que passou. - Falei alto. - Ele disse que tava indo pra Espírito Santo! - Falei indo até o carro.
Eu entrei com tudo, todos entraram e eu dei partida.
- Você tá brincando né? A gente viu que não tinha nada. - Patricia disse me olhando.
- Ele disse que estava indo pra Espírito Santo, ele foi pro lado contrário. Os carros não saíram por nenhum dos dois lado do túnel. Foi o único caminhão dali! - Falei acelerando sem parar.
Os carros se desviavam comigo acelerando. Eu tava com fogo nos olhos, eu juro que eu atiraria sem dó.
Tarcísio passou o rádio falando sobre o caminhão. Eu acelerei sem parar e de longe eu via um caminhão.
Agora é minha hora.
Quando eu cheguei perto eu dei sinal, eu acelerei e o caminhão foi parando até o canteiro. Eu parei na frente e já fui descendo apontando a arma.
- Desce porra! - Gritei vendo um senhor totalmente diferente descer com as mãos levantadas.
Ele estava com um olhar assustado.
- Abre a porta do baú. - Ouvi a voz da Patricia atrás de mim.
Ele foi indo e Patricia foi atrás dele apontando pra ele. Eu fui indo atrás e quando parei na traseira ele abriu, demos de cara com uma mulher e duas crianças dormindo.
- É minha família. - Ele disse.
Realmente não tinha nada ali. Eu me assustei, eu fiquei sem reação nenhuma.
Patrícia subiu no baú, olhou tudo dentro e não tinha nada. Ela desceu e suspirou.
- Tá indo pra onde? - Patrícia perguntou.
- São Paulo. - Ele disse e Patrícia concordou.
- Boa viagem. - Patrícia disse e ele assentiu indo em direção ao caminhão.
Eu passei a mão no rosto e bufei.
Que ódio.
- Vamos! - Patricia disse me puxando.
• aperta na estrelinha •
Beije. Ame. Brigue. Sorria. Sinta. Grite. Chore. Faça amigos. A vida é só uma e passa rápido, pare de deixar para depois.
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Um amor além da lei
Teen FictionDois mundos diferentes, mas entre eles um amor que não se explica. Um amor proibido que de todos escondemos. E só a gente sente. E por este amor sofremos...