• capitulo 6 •

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Maratona 2/2

Zeca

A gente parou no lugar combinado mais pra frente do túnel e já fomos descendo com o carro e tudo. Depois que saímos do túnel, a gente foi colocando os leites nos carros, os palites deixamos tudo na rua.

Logo veio o Ninil, era um usuário que queria recomeçar a vida. Ele pediu minha ajuda e em troca eu ia dar o caminhão.

A família dele entrou no caminhão e ele veio me abraçar.

- Valeu mesmo Zeca. - Ninil disse me abraçando.

- Só se liga em, nada de abrir o bico. Se pararem tu, tu se faz de maluco! - Falei e ele concordou indo até o caminhão correndo.

Eu fui vazado entrar no carro. Índio dirigia rindo tudo aquilo.

- Pô não to acreditando irmão. - Belo dizia tirando a máscara.

Eu neguei suspirando e sentindo aquele alívio.

Eu ia pagar o bagulho, esse bagulho de ficar devendo não é comigo não. B.o que nem era meu, mais que acabou acertando no meu cu.

Bando de gente filha da puta.

Chegamos na Maré e entramos com tudo. Descarregamos as granas lá em goma por que tinha um cofre lá.

- Boa, valeu rapaziada. A parte de vocês será entregue com o pagamento no final do mês, fechô? - Falei alto e todos concordaram.

Todos vazaram e só ficou eu e Belo.

- Pô Zeca, por um momento achei que tu ia ficar pra trás. - Belo disse.

- Desde quando Belo? Tá é maluco cara, eu ia meter o pé de um jeito ou de outro. Se eu bato as botas, quem fica na frente daqui é tu, então se liga em! - Falei batendo no peito de Belo.

Ele balançou a cabeça e saiu.

Eu me joguei na cama sentindo a adrenalina ainda dentro de mim. Aquela sensação como se fosse o primeiro homicídio.

Porra, chego a tremer lembrando.

Eu me levantei e fui direto pro banheiro tomar uma ducha rapidona. Sai me secando e logo meu radinho tocou, eu encarei e era o Ninil.

- Qual foi? - Perguntei.

- Deu certo Zeca, eles pararam, uma policial ficou com uma cara sem entender nada, mas deu certo, to vazando pra Sampa. Obrigadão ai, fé. - Ninil disse.

- Tua parte da grana vai ser mandado logo menos. Fé e felicidade pra tu! - Falei desligando o celular.

Eu me joguei peladão mesmo na cama..

A mina foi esperta, mas não foi tão quanto eu.

******

No outro dia eu já fui levar no Alemão. Foi tranquilão, comigo não tem erro.

- Só te cobrei mesmo por que tinha que cobrar, mais tu tá ligado que a gente é parceirão, qualquer corre que tu tiver precisando lá na Maré, manda o papo Zeca, nois cola lá. - Nem disse e eu concordei.

- Boa Nem! - Falei dando jóia e saindo dali.

Vazei pra Maré, cheguei lá e comecei a dividir a grana que cada um tinha que receber.

Eu tava tranquilo, tinha feito a minha parte, e agora a vida continua. Separei a grana de cada um e fui fumar um. Tava precisando dar aquela relaxada, fiquei mo cota planejando esse plano todo.

Graças a Deus que deu certo.

Não me sinto culpado não. Aquele dinheiro todo é meu também, pô qual foi, tudo é imposto nesse caralho, os políticos roubam mais que eu.

Fumei umzinho e liguei a tv vendo a reportagem do “ O grande assalto central ”.

Neguei vendo a repórter falando sobre os bandidos e do blackout que tinha acontecido. Ela disse que falaria com um dos federais, e logo apareceu aquela mina que veio atrás atirando.

- Tentamos ir atrás mas não ocorreu como queríamos. Vamos continuar as buscas pelas câmeras da cidade. - Ela disse e eu logo encarei o nome que tava.

Viviane Cavalcanti
Agente federal

Eu desliguei a tv e neguei rindo.

- Não vai me achar nem no inferno se depender de mim! - Falei me vestindo e metendo o pé pra boca.

Os moleques tavam tinindo, tudo organizado. Eu entrei pra minha sala e comecei a anotar uns bagulhos sobre os armamentos.

aperta na estrelinha •

Brilhe sem medo. ❤️


Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora