Maratona 2/2
Zeca
A gente parou no lugar combinado mais pra frente do túnel e já fomos descendo com o carro e tudo. Depois que saímos do túnel, a gente foi colocando os leites nos carros, os palites deixamos tudo na rua.
Logo veio o Ninil, era um usuário que queria recomeçar a vida. Ele pediu minha ajuda e em troca eu ia dar o caminhão.
A família dele entrou no caminhão e ele veio me abraçar.
- Valeu mesmo Zeca. - Ninil disse me abraçando.
- Só se liga em, nada de abrir o bico. Se pararem tu, tu se faz de maluco! - Falei e ele concordou indo até o caminhão correndo.
Eu fui vazado entrar no carro. Índio dirigia rindo tudo aquilo.
- Pô não to acreditando irmão. - Belo dizia tirando a máscara.
Eu neguei suspirando e sentindo aquele alívio.
Eu ia pagar o bagulho, esse bagulho de ficar devendo não é comigo não. B.o que nem era meu, mais que acabou acertando no meu cu.
Bando de gente filha da puta.
Chegamos na Maré e entramos com tudo. Descarregamos as granas lá em goma por que tinha um cofre lá.
- Boa, valeu rapaziada. A parte de vocês será entregue com o pagamento no final do mês, fechô? - Falei alto e todos concordaram.
Todos vazaram e só ficou eu e Belo.
- Pô Zeca, por um momento achei que tu ia ficar pra trás. - Belo disse.
- Desde quando Belo? Tá é maluco cara, eu ia meter o pé de um jeito ou de outro. Se eu bato as botas, quem fica na frente daqui é tu, então se liga em! - Falei batendo no peito de Belo.
Ele balançou a cabeça e saiu.
Eu me joguei na cama sentindo a adrenalina ainda dentro de mim. Aquela sensação como se fosse o primeiro homicídio.
Porra, chego a tremer lembrando.
Eu me levantei e fui direto pro banheiro tomar uma ducha rapidona. Sai me secando e logo meu radinho tocou, eu encarei e era o Ninil.
- Qual foi? - Perguntei.
- Deu certo Zeca, eles pararam, uma policial ficou com uma cara sem entender nada, mas deu certo, to vazando pra Sampa. Obrigadão ai, fé. - Ninil disse.
- Tua parte da grana vai ser mandado logo menos. Fé e felicidade pra tu! - Falei desligando o celular.
Eu me joguei peladão mesmo na cama..
A mina foi esperta, mas não foi tão quanto eu.
******
No outro dia eu já fui levar no Alemão. Foi tranquilão, comigo não tem erro.
- Só te cobrei mesmo por que tinha que cobrar, mais tu tá ligado que a gente é parceirão, qualquer corre que tu tiver precisando lá na Maré, manda o papo Zeca, nois cola lá. - Nem disse e eu concordei.
- Boa Nem! - Falei dando jóia e saindo dali.
Vazei pra Maré, cheguei lá e comecei a dividir a grana que cada um tinha que receber.
Eu tava tranquilo, tinha feito a minha parte, e agora a vida continua. Separei a grana de cada um e fui fumar um. Tava precisando dar aquela relaxada, fiquei mo cota planejando esse plano todo.
Graças a Deus que deu certo.
Não me sinto culpado não. Aquele dinheiro todo é meu também, pô qual foi, tudo é imposto nesse caralho, os políticos roubam mais que eu.
Fumei umzinho e liguei a tv vendo a reportagem do “ O grande assalto central ”.
Neguei vendo a repórter falando sobre os bandidos e do blackout que tinha acontecido. Ela disse que falaria com um dos federais, e logo apareceu aquela mina que veio atrás atirando.
- Tentamos ir atrás mas não ocorreu como queríamos. Vamos continuar as buscas pelas câmeras da cidade. - Ela disse e eu logo encarei o nome que tava.
Viviane Cavalcanti
Agente federalEu desliguei a tv e neguei rindo.
- Não vai me achar nem no inferno se depender de mim! - Falei me vestindo e metendo o pé pra boca.
Os moleques tavam tinindo, tudo organizado. Eu entrei pra minha sala e comecei a anotar uns bagulhos sobre os armamentos.
• aperta na estrelinha •
Brilhe sem medo. ❤️
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Um amor além da lei
Teen FictionDois mundos diferentes, mas entre eles um amor que não se explica. Um amor proibido que de todos escondemos. E só a gente sente. E por este amor sofremos...