Zeca
Eu fui até o Neno que fumava olhando os moleques jogando bola.
- Aê, vou precisar de tu! - Falei na frente dele.
- Fiquei sabendo, cês nem chamaram ai, mas no que precisar a gente tá ai Zecola! - Neno disse se levantando.
Eu guiei até pra minha sala e logo mandei um rádio pro Índio e o Belo. Não demorou muito não e eles chegaram.
- Bagulho é o seguinte, quero que tu ache esse cara aqui! - Falei virando o celular na direção do Índio.
- Qual é a caminhada Zeca? - Índio perguntou.
- Estuprou a Viviane, ele trampa com ela, rastreia ele, da um jeito, vou puxar a ficha dele e ai mando! - Falei e ele assentiu.
- E quando achar? - Belo perguntou. - Vai usar o quartinho lá? - Ele perguntou.
Fazia um tempo que nois nem levava ninguém pra lá, até por que era tudo tranquilo.
- Quando achar, ele vai pedir pra morrer! - Falei.
- Boa Zeca, to indo! - Índio disse e saiu.
Neno tacou a cabeça pra fora e depois fechou de novo.
- Índio tá de enrosco com quem? O cara tá estranhão de uns tempos pra cá, sumido ele! - Neno disse baixo.
- Deve tá atrás de algum cu! - Belo disse.
*****
Fiz os bagulhos que eu precisava fazer lá na Maré, e fui pro hospital. Mal entrei e fui barrado, dois seguranças que imobilizaram na parede.
- A gente sabe quem tu é vagabundo! - O segurança disse.
Minha vontade era de tacar um murrão na boca.
Eles começaram a me revistar, tava sem nada.
Acha que sou bobo de entrar de pistola no hospital. Ata.
- Teu lugar não é aqui não, é na delegacia, aonde vou te levar! - Um deles disse.
Ele me puxou e...
- Ei... Qual o motivo de estar prendendo ele? - Ouvi uma voz e me virei olhando aquele cara que trampava com a Viviane.
Tinha atirado no cara já.
- É um bandido, lugar dele é pra lá! - Segurança disse.
O cara mostrou o distintivo federal.
- Solta, não tem nenhum mandato contra ele, peço que solte-o imediatamente! - Ele disse.
Os seguranças se olharam e me soltaram.
Ele se afastaram e eu fui até ele.
- Aê, valeu ai Timóteo! - Falei fazendo um jóia.
- É Tarcisio! - Ele resmungou me acompanhando.
- Aê, foi mal ai pelo tiro, atirei num local aonde de qualquer jeito tu não ia bater a botas, mas cuidado em, não queira abrir o bico pra nada não! - Falei.
- Não abro a boca pela Viviane, tenho muita amizade com ela! - Tarcisio disse.
Guiamos pro quarto, Viviane comia enquanto a Patricia tirava fotos.
- Essa parede é mais branca que a minha, e a iluminação é boa demais! - Patricia disse.
Eu entrei indo direto na Viviane que comia uma sopa que parecia mijo.
- Vou poder ir amanhã embora. - Viviane disse. - Não quero ir pra casa... - Ela disse baixo olhando a sopa.
- Eu falei pra ela ficar em casa, mas ela não quis... - Patricia disse.
- Tu fica lá comigo pô... - Falei baixo olhando e ela concordou com a cabeça.
- Tão namorando já? Que tipo de vínculo vocês tem em? - Patricia perguntou.
Mina enxerixa.
- Não sei, Zeca nunca me pediu em nada. Ele prefere a vida de solteiro! - Viviane disse e eu neguei com a cabeça.
- Se eu fosse tu, eu pedia Zecão! - Tarcisio disse e eu olhei pra ele.
Ele logo saiu indo pro banheiro.
Que porra de intimidade pra cima de mim?
- Não tenho jeito pra esses bagulho cara. - Falei.
- Mas tem jeito pra sequestrar os outro né? - Patricia disse e saiu do quarto.
Lazarenta.
Eu encarei Viviane e ela estava parada me olhando.
- Bora ficar juntão? Só eu e tu? Gosto de tu! - Falei.
- Eu também gosto de você... Eu amo eu acho. - Ela disse.
Caralho, meu coração bateu forte, eu fui chegar perto dela e ouvi a poeta abrir.
- É o amorrrr, que mexe com a minha cabeça e me deixa assim! - Ouvi várias vozes.
Olhei pra trás e vi Belo, Neno e Patricia cantando.
• aperta na estrelinha •
Bom fim de semana! ❤️
Meus loves, minha parceira e amiga está recomeçando aqui pois perdeu a conta antiga, ela está escrevendo uma nova estória, vão lá dar uma olhadinha... tiagigixx

VOCÊ ESTÁ LENDO
Um amor além da lei
Novela JuvenilDois mundos diferentes, mas entre eles um amor que não se explica. Um amor proibido que de todos escondemos. E só a gente sente. E por este amor sofremos...