• capitulo 60 •

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Maratona 3/3

Zeca

Eu encarava a Gabi brigar com uma outra menina que eu nunca nem tinha visto na vida.

- Você sabia que eu saia com ele, tu era minha colega, como consegue ter a cara de pau de falar que quer sentar pra ele no baile? - Gabi disse.

- Pelo menos fui sincera contigo, você não tem nada com ele Gabi, e você precisa entender isso. - A outra mina disse.

Belo tinha me mandado rádio dizendo que elas tavam quase se pegando.

- Mas colega nenhuma tem que ficar com acho que a colega já sentou Carolina! - Gabi disse alterando a voz.

Bagulho que eu acho ridículo mesmo é brigar por macho.

- Ê Zeca... - Ouvi a voz do Neno. Eu olhei e ele na tava do meu lado, quando ele viu que era perreco ele nem disse mais nada e ficou bem do lado da Gabi ouvindo tudo.

- Quantas meninas não sentam pra ele já? Me poupe Gabi, você acha mesmo que a sua buceta é a inesquecível?! - Essa tal de Carolina disse.

- Contando assim, só a Vivi mesmo... - Neno disse de braços cruzados.

Gabi virou olhando pra mim e pra Neno.

- Chega desse perreco, eu não quero esse disque me disque não, na boa, vai andando ai mina! - Falei pra menina que a Gabi tava brigando.

Ela saiu de perto e Gabi bufou negando.

- Tu é um safado Belo, nem me deu um toque caralho! - Neno disse pro Belo.

- Tem como cês dar uma volta não? Ou quer ficar ouvindo aqui? - Falei como se fosse óbvio pra eles saírem.

- Ah, por mim eu fico né... - Neno disse apoiando o braço no meu ombro.

Eu olhei pra ele e Belo foi puxando ele pra longe. Eu cruzeiro os braços e neguei.

- Aê Gabi, não queria ninguém aqui ouvindo isso. Acho que é um bagulho meu e teu... - Falei. - Curti sair contigo, pô, tu é muito boa, tu é uma mina bacana, mas nois não tem nada cara, tenho o maior respeito por tu, mas não é assim os bagulhos. - Falei e ela já tava com o olho cheio de lágrimas.

- Você saiu com a Carol né? - Ela perguntou e eu ri pelo nariz.

- Não, eu não sai Gabi, mas aê, fica mal não cara, eu to amarradão em outra mulher. Tu sabe, o que tu tiver precisando aê, tu sabe que a gente da aquela força, mas não fica mal e nem de perreco com as minas daqui não, bagulho é feio Gabi! - Falei e ela concordou virando as costas e saindo.

- O preço que eu pago é nunca ser amado de verdade! - Ouvi uma voz alta na minha orelha.

Olhei pra trás e era Neno rindo.

- A mina vai chorar no banho, coitada! - Belo disse.

- Qual foi? Fui sincerão com ela, não curto esse barulho de iludir não. - Falei indo de volta pra minha sala.

*****

Tava cansadão já de rever o tanto de maconha que tava entrando. Eu olhava e o ponteiro da porra do relógio nem andava, devia ser pela oito da noite.

Ouvi a porta de fora abrir com tudo, logo vi a porta abri com tudo, olhei Belo e neguei.

- Tá achando que a porra da porta é a da sua geladeira caralho? - Falei.

- Aê Zeca, a Patricia acabou de mandar um rádio! - Belo disse.

- Essa mina ai é chata pra porra, insuportável mesmo! - Falei negando.

- Ela encontrou a Viviane caída no chão com sangue... - Belo disse e eu me levantei.

- Que bagulho é esse que tu tá falando Belo?  - Perguntei.

- Ela quer ajuda, a Viviane tá grogue lá, a mina só consegue falar que foi estupro! - Belo disse.

Eu fui saindo puxando o Belo pra fora.

- E essa imbecil não levou a Viviane pro hospital caralho? - Perguntei.

- Não, ela quer que a gente vá. Ela tá desesperada, não sabe o que faz. - Belo disse.

Eu fui caminhando direto pra casa entrando no carro. Belo entrou e eu bufei sentindo minha cabeça doer.

• aperta na estrelinha •

Viva! ❤️

Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora