Um amor além da lei

• capitulo 61 •

Patricia

Momentos antes...

Tentei ligar várias vezes para a Viviane, ela não atendia. Eu deixei de lado e fui dar uma ajeitada em algumas coisas que estavam fora do lugar em casa.

Tarcisio foi embora, eu arrumei a cozinha e peguei novamente o celular tentando mandar mensagem a ela. Nada dela responder.

Me banhei, troquei de roupa e fui até lá.

Eu queria realmente falar com ela, deixar ela tranquila sobre o fato de eu não ter falado nada ao Tarcisio.

Eu parei na frente do apartamento dela. Eu desci e fui direto no porteiro.

- Oi, tudo bem? Então, tem como ligar para Viviane? - Perguntei.

- Ah tem sim. - O porteiro disse pegando o interfone. Tocou, tocou, tocou e nada... - Olha, só chama, mas não atende. - Ele disse colocando no gancho.

- Você viu se ela entrou? - Perguntei.

- Sim, coisa de uma hora mais ou menos... - O porteiro disse.

- Eu vou subir, mas obrigado mesmo! - Falei e ele concordou.

Eu subi rapidamente, parei na porta dela e bati na porta. Bati várias vezes e nada de barulho, por impulso eu toquei na maçaneta e puxei. Por incrível que pareça a porta estava aberta.

Eu senti um frio gelado em mim, fui entrando fechando a porta e olhando a cozinha, a sala e depois quando fui direto pro quarto, eu berrei.

Viviane estava no chão nua, marcas de chupões por todo o corpo, sua perna estava com alguns hematomas, e o meio da sua perna com a parte íntima, estava com sangue.

Eu fui direto nela, me abaixei trazendo o rosto dela pra mim.

- Viviane, por favor, fala comigo, olha pra mim! - Falei balançando ela.

Ela estava com a boca meio aberta, os olhos fechados.

- Es...tu...pro. - Viviane disse baixo com dificuldade.

- Fica aqui comigo Viviane! - Falei balançando ela.

Eu deixei ela ali e comecei a olhar pela casa toda, nada de não ter ninguém. Eu fui atrás do celular dela e peguei indo até ela e colocando o dedo dela na digital.

Comecei a procurar nomes na agenda de contatos e logo vi “ Belo ”.

Cliquei ligando e começou a chamar...

Ligação 📞

- E aê Viviane? Qual é a boa? - Ouvi a voz do Belo.

- Sou eu, a Patricia... Eu acabei de chegar aqui na casa da Viviane, pela estava no chão caída com sangue, ela só falou estupro... Ela tá desacordada, por favor Belo, me ajuda! - Falei na ligação.

Ele ficou calado.

- Tamo indo, calma aê! - Belo disse.

- Por favor, vem logo, eu não sei o que fazer, ela tá meio grogue... - Falei e desliguei.

Ligação 📞

Eu joguei um lençol em cima dela e fui até o interfone, liguei ao porteiro dizendo que se caso aparecesse alguém falando pra subir, podia liberar.

Eu voltei lá com ela e fiquei abaixada enquanto ela resmungava algumas coisas.

*****

Quando ouvi a porta abrir e logo avistei Zeca e Belo, eu aliviei.

Zeca veio com tudo balançando ela.

- Tem ninguém aqui? - Belo disse tirando a pistola da cintura e abrindo o armário e saindo do quarto.

Eu levantei indo atrás do Belo e ele olhava cada canto da casa.

- Quem pode ter entrado aqui? Eu to tremendo! - Falei passando a mão no rosto.

- Não fica assim, relaxa aê, a gente vai descobrir! - Belo disse indo de volta pro quarto.

Eu olhei a sala toda, não tinha nada ali. Eu voltei para o quarto e Zeca estava com a Viviane nos braços.

- Bora, to guiando pro hospital! - Ele disse indo até a porta.

- Não da pra tu ir! - Falei.

Ele se virou e olhou pra mim.

- Ela não podia fazer bagulho nenhum por mim, e ela se envolveu, deixou a profissão de lado! - Zeca disse e saiu.

Belo olhou pra mim, olhou pra porta e foi.

Eu voltei pegando a bolsa dela e fui fechando o apartamento.

• aperta na estrelinha •

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