• capitulo 21•

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Maratona 1/2

Viviane

Não sei como, mas eu dormi, e só acordei com as gargalhadas do Belo. Eu abri os olhos e ele falava no celular.

- To te dizendo vida, e eu tenho cara de quem traio? Nem de relacionamento a gente tá cara, foi só uns dois beijos, eu disse que não era pra tu se emocionar! - Belo disse.

Eu levantei a sobrancelha e logo ele falou mais algumas coisinhas e já foi desligando.

- Não sabia que tu namorava! - Falei.

- Ih, eu não namoro não, tenho meus esquemas, mas nada sério, sou livre como um passarinho! - Ele disse e eu concordei com a cabeça. - E tu? Tem macho? - Belo perguntou.

- Não. To fora disso viu, difícil achar alguém que mereça mesmo todo meu amor! - Falei e ele riu.

- Qual foi mina, qualquer hora tu tromba com um! - Ele disse e eu concordei.

Ele levantou e começou a mexer no celular.

- Tem como me trazer um arroz e feijão? Eu preciso disso! - Falei e ele me encarou olhando o relógio de pulso.

- Trago, eu também to numa larica braba pô! - Ele disse e eu sorri sem mostrar os dentes.

Querendo ou não, ele era melhor do Índio e Zeca quando tava aqui. Ele era puro, era inocente demais, dava pra ver pelo jeito que ele olhava.

Ele mandou um áudio pra alguém e saiu daquele quarto.

Eu tentava puxar as algemas, mas não dava. Eu virei meu rosto encarando aquela janela com grades e Bufei.

- Que merda que me meti! - Sussurrei. - Capaz que nunca saibam que eu to aqui! - Falei fechando os olhos.

Comecei a pensar mil e uma coisas.

E se...

Abri os olhos e comecei a pensar nas possibilidades de que se eu acabasse entrando no jogo deles, seria melhor.

A chance deles me matar era muito maior.

Fiquei ali olhando o teto e pensando até ouvir um barulho lá fora. Eu encarei a porta e logo ouvi a porta abrindo. Zeca entrou com uma sacola, ele trancou a porta e colocou a sacola em cima da cama, abrindo.

Ele retirou duas quentinhas. Ele abriu a tampa e logo veio aquele cheiro maravilhoso de comida. Minha boca salivou na mesma hora.

Ele colocou perto de mim a quentinha e enfiou uma colher na minha quentinha. Ele veio até a meu punho direito e soltou.

Ele pegou a outra quentinha e foi até o sofá sentando e abrindo comendo.

- Tem como abrir essa algema esquerda, eu sou canhota! - Falei.

- Problema é teu! - Zeca resmungou comendo.

Eu comecei a comer e tava horrível comer com a mão direita. Demorou muito pra mim terminar, e quando terminei, o Zeca já tinha ido mijar, fumados dois baseados, ido lá fora falar com não sei quem, e quando voltou eu ainda tava comendo o resto da quentinha.

Eu deixei de lado e ele veio pegando e colocando na sacola.

Ele me encarou e eu olhava as pernas dele que tinha algumas tatuagens.

- Vai querer morrer como? Micro-ondas? Formiga na boca e no cu? - Ele disse e eu arregalei os olhos.

- Zeca, eu faço qualquer coisa, de verdade, eu te prometo que se me soltar eu não abro a boca. - Falei.

Ele negou a cabeça.

- Agora lamenta né? Tu tivesse pensado antes, qual foi cara! - Zeca disse e eu fechei os olhos.

- Por favor Zeca, eu faço qualquer coisa, eu errei mas me deixa sair daqui. Eu não abro a boca por nada do mundo! - Falei e ele negou.

Ele chegou perto de mim e segurou firme meus cabelos.

- Faz mesmo? Será mesmo que faz? - Zeca perguntou e eu levantei a cabeça concordando.

• aperta na estrelinha •

Você é demais!

Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora