• capitulo 95 •

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Zeca

2 meses depois...

Me deparei com a Viviane na minha frente com um vestido branco até a canela. Não ia ser nada de festão não, convocamos um cara do cartório pra fazer a cerimônia lá na Maré mesmo, pra isso teve que envolver dinheiro, negada sabe quem é o Zeca da Maré.

Graças a Deus deu certo.

Foi um bagulho basicão mesmo, os irmãos e a cunhada da Viviane tava ali, Tarcisio, Patricia, Neno e Belo também. A gente não queria bafafá não, no máximo um churrasquinho e boa.

- José Antônio, aceita Viviane como sua legítima esposa? - O cara do cartório perguntou.

- Aceito. - Respondi olhando os olhos dela que brilhavam.

- Viviane, você aceita José Antônio como seu legítimo esposo? - Ele perguntou.

- Sim! - Viviane respondeu.

Ele fez a gente assinar um papel lá, logo veio Belo pra assinar.

A gente tava no quintal de casa, pensa em um sol do caralho.

Belo assinou e logo Patricia assinou como testemunhas do Zeca.

- Agora as próximas testemunhas... - O cara do cartório disse.

Neno levantou passando a mão nos olhos.

- Cerimônia mexe comigo, fico emocionadão. - Neno sussurrou pra Viviane assinando.

Eu ri negando com a cabeça.

Ele parou do meu lado e eu fiquei encarando o chão.

- E a outra testemunha? - Viviane perguntou pro Neno.

- Sei lá. - Ele respondeu.

Do nada a gente ouve um barulho. Eu, Belo e Neno na mesma hora sacamos a arma da cintura e destravamos apontando pra porta, logo sai Gabi de dentro da casa.

- Eu assino... - Ela respondeu me encarando.

Olhei pra Viviane na mesma hora, ela não disse nada.

Gabi veio vindo e parou na minha frente pegando a caneta e me olhando.

- Fico muito feliz por você achar um amor de verdade, desejo tudo de bom pra vocês Zeca, se não eu nem taria aqui! - Gabi disse me olhando.

Ela assinou o papel e foi se sentar.

- Com isso, vocês estão casados, podem se beijar! - O cara do cartório disse.

Eu cheguei perto da Viviane puxando ela pra um beijo leve, meu coração batia forte, eu amava aquela mulher, tava sendo a melhor escolha que eu tinha feito.

- Que lindo cara! - Neno disse batendo palmas, eu em afastei olhando ele e ele tava chorando.

******

Viviane falava com a cunhada dela, enquanto Neno comia todas as carnes e o Belo e a Patricia já tinha sumido a tempos.

Gabi ficou ali, toda sem jeito, vi uma hora que ela tava em um canto comendo e eu me sentei do lado dela recebendo o olhar da mesma.

- E ai Gabi... - Falei não sabendo o que falar.

- Fez a escolha certa... Ela se jogou na frente de uma bala por você. - Gabi disse. - Eu jamais faria isso por você, não mesmo! - Ela disse rindo pelo nariz.

- É eu to ligado. Mas aê, valeu mesmo por tudo aê, não esqueci não que tu deu aquela força no dia do julgamento, aquelas parada era tudo falsa, e tu deu tua cara pra me ajudar. Só gratidão eu sinto Gabi, tu é foda. - Falei e ela parou de comer balançando a cabeça.

- Eu faria de novo, tu sempre foi um cara bacana e sincero comigo... - Gabi disse. - Preciso ir. - Gabi disse se levantando e entrando.

Eu me virei e Viviane estava do meu lado.

- Aonde ela foi? - Viviane perguntou.

- Embora. - Respondi e logo vi Viviane ir atrás da Gabi.

*****

Viviane

Ela já tava na rua quando eu gritei pra ela. Ela parou e veio de encontro comigo.

- Ei Gabi, obrigado por participar daquilo... - Falei.

- Foi nada... Neno acabou comentando e eu pensei em ir, por mais que não tinha sido convidada. - Ela disse rindo.

Eu concordei rindo.

- Obrigado mesmo. Eu sei que é meio chato você ver aquilo, eu e Zeca, sei que você gosta dele... - Fui falar e ela me interrompeu.

- Eu gostava... Sabe Viviane, igual comentei com Zeca, ele fez a escolha certa em escolher você, você sim é mulher pra ele, isso sim é amor... E não me incomodou nada ver vocês, fiquei feliz pelo rumo que tomaram... - Gabi disse e eu concordei.

- Bom, mas mesmo assim obrigada... Desejo que seu neném venha com muita saúde, seja muito feliz, espero que você seja feliz demais, com ou sem alguém. - Falei abraçando ela e recebi o abraço de volta.

Ela sorriu e desceu. Eu fiquei olhando ela sair da minha vista. Eu senti um abraço por trás e quando olhei era Zeca.

- Qual foi do papo? - Zeca sussurrou no meu ouvido.

- Só desejei coisas boas... - Respondi.

Eu me sentia realizada com aquilo tudo, até parecia que tudo estava se encaminhando.

Graças a Deus.

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Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora