• capitulo 62 •

4K 327 82
                                    

Zeca

Eu entrei na emergência com a Viviane no colo.

- Emergência caralho! - Ouvi a voz da Patricia atrás de mim.

Não demorou muito e já veio uma maca com uns três enfermeiros.

Um deles pegaram ela no colo e colocou ela na maca, eles saíram correndo pelo corredor, mas um deles ficou.

- Vocês são o que dela? - O enfermeiro perguntou.

A gente acabou respondendo tudo junto.

- Ela é minha mulher! - Falei.

- Amiga! - Patricia disse.

- Compadre! - Belo disse.

- O que houve com ela? - O enfermeiro perguntou.

- Achei ela no apartamento dela, caída e com sangue, ela só falou a palavra estupro... - Patricia disse.

- Ok, aguardem aqui, faz a ficha dela e quando estiver tudo feito, voltaremos e daremos notícias... - O enfermeiro disse e saiu.

Eu me sentei no banco e Belo sentou do meu lado.

- Mano, na boa, tem que investigar, que papo é esse cara, entrar justo no ap dela... - Belo disse.

Eu sentia um bagulhão estranho, queria mesmo era achar o filho da puta e foder ele com um ferro torrando de quente.

- Foi alguém conhecido... - Patricia disse.

- No condomínio não tem uma porra de câmera não? - Perguntei.

- É pra ter né? Eu vou acionar a polícia! - Patricia disse.

- Aê, vamo vazar então Zeca! - Belo disse se levantando.

- Ih Belo, quem não deve não teme, eu vou ficar aqui, pode vir qualquer cara ai, que eu não saio! - Falei de braços cruzados.

- Aê, eu vou indo, tu sabe, comigo não dá não! - Belo disse e eu concordei.

- Vai na fé! - Murmurei e ele saiu junto com a Patricia.

Eu fiquei ali mo cota, o segurança me olhava de canto. Não só ele, os pacientes me olhava toda hora.

******

N

ao demorou muito e aquele enfermeiro veio me chamando, eu guiei com ele até o quarto que ela tava.

Eu entrei e encarei ela com o cabelo molhado, coberta e dormindo.

- Ela está dormindo, se caso ela acordar e surtar ou de assustar, nos chame. - Ele disse. - A enfermeira deu banho nela e fizemos exames pelo abuso... E também exames para qualquer tipo de DST! - Ele me disse e eu concordei.

- Demora esse exame aê? - Perguntei e ele negou.

- Posso saber como aconteceu isso? - Ele disse me puxando pra fora do quarto.

Eu suspirei.

- A amiga dela ligou falando que ela encontrou a minha mulher caída... - Murmurei.

- Eu espero que tudo fique bem. Vamos acionar as autoridades... - O enfermeiro disse.

- A amiga dela já foi atrás, mas aê, valeu! - Falei entrando na sala.

Eu cheguei pra perto dela e encarei ela.

Sentia aquela raiva dentro de mim. Eu me afastei indo até a janela e neguei.

Bagulho de novela. A mina da polícia se envolver com o cara do lado errado.

Querendo ou não era um bagulho errado, se fosse ver, nunca ia dar pra gente ficar juntos... Ela tá numa vida, e eu sou rival. Eu não ia aceitar dela deixar o trampo dela por mim.

- Socorro! - Ouvi a voz alto dela atrás de mim.

Eu me virei indo até ela rápido e virando o rosto dela pra mim.

- To aqui pô, calma caralho, eu to aqui. Ninguém vai fazer mal pra tu não! - Falei me deitando na cama com ela.

Eu olhei e ela tava com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu quero morrer... - Ela dizia com a voz baixa.

- Tu não vai morrer caralho. Tu é forte, eu to contigo. Relaxa! - Falei baixo beijando a cabeça dela.

Ela ficou quieta. Eu olhei e ela fechou os olhos. Ficamos assim por uns dez minutos quando ela acordou de novo assustadona.

- Me solta! - Ela disse e quando me viu, ela ficou toda sem graça.

- Viviane quem fez isso contigo? - Perguntei sério. - Eu tô aqui contigo cara, não precisa de medo, ninguém vai fazer mais nada pra tu, não vou deixar! - Falei acariciando ela.

Ela suspirou fundo, os olhos se encheram de lágrimas de novo e...

- Foi o... - Ela ia dizendo.

• aperta na estrelinha •

S

e ame ❤️





Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora