• capitulo 36 •

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Patricia

Horas antes...

Trabalhei o dia todo, eu ainda passei numa cafeteria, passei umas meia hora lá tomando café e pensando.

Eu realmente estava preocupada com a Viviane, sabia que tinha acontecido alguma coisa, e queria que ela compartilhasse comigo, quem sabe eu não podesse ajudar.

Eu paguei e fui embora, acabei largando o serviço mais cedo hoje. Mal cheguei na rua de casa e já vi de longe um carro parado.

Não acredito que minha sogra tá ai de novo, parece até que não tem casa.

Parei um pouco atrás. Desci e fui abrindo o portão e entrando na sala vendo uma camiseta jogada no sofá.

- Eu falo pro Manoel guardar, e não serve nem pra isso! - Murmurei.

Passei pela cozinha e quando entrei pelo corredor, eu encarei uma calcinha rendada, eu abaixei olhando aquela calcinha e sabia que nunca que seria minha, eu só usava aquelas calcinhas que cobria a bunda toda.

Eu passei no primeiro quarto e estava vazio, quando eu abri o meu quarto, eu dei de cara com Manoel e uma mulher deitados na cama, dormindo...

Eu tomei um susto, olhei no canto e tinha duas camisinhas no chão.

- Que porra é essa? - Eu gritei retirando a pistola e apontando pros dois.

Eu não soube distinguir quem deu um pulo mais rápido na cama. A menina toda assustada, ou Manoel mais apavorado ainda.

- Patricia... - Manoel ia dizendo se levantando.

- Senta de novo porra! - Gritei.

- Se acalme Patricia... - Manoel disse.

- Calma eu to, vocês tão? Tu é um sujo, eu ralando lá e você aqui na cama com outra, tu é um sujo. Sabia que era pra ter ouvido a minha mãe! - Falei chegando perto.

- Patricia... Não é bem assim... - Ele disse.

- Piranha, sai daqui, pega teu rumo e vaza, não quero olhar pra tua cara! - Gritei.
A menina saiu correndo pra fora.

Eu olhei pra Manoel que vestia a bermuda e neguei com a cabeça.

- Patricia, deixa eu te explicar. - Manoel disse.

- Não quero ouvir a tua voz, e muito menos ver tua cara. Pega suas roupas e sai aqui, nunca mais volte! - Gritei apontando ainda a arma pra ele.

Ele veio dando passos pra perto e eu destravei a arma. Ele saiu do quarto e eu me tranquei nele.

*****

Fiquei o resto do dia todo arrumando e lavando a casa. Manoel tinha levado toda a roupa dele. Eu já tinha perdido uma hora chorando e olhando as fotos do nosso casamento.

Eu precisava desabafar e a única pessoa que eu pensei foi a Viviane. Já era de noite quando eu resolvi ir lá, quando cheguei lá, falei com o porteiro, ele ligou e...

Interfone 📞

- Boa noite Viviane, sou eu de novo. A dona Patricia está aqui em baixo, posso mandar ela subir? - O porteiro perguntou. - Tudo bem, ela está subindo! - Ele disse.

Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora