• capitulo 34 •

4.8K 365 72
                                    

Zeca

Escutei o áudio que a Viviane mandou pro Belo e eu me joguei na cadeira bufando.

- Na boa, eles não cansam não? - Perguntei negando.

- E agora Zeca? - Belo perguntou.

- Eu aposto na idéia de explodir a delegacia lá deles, ninguém ia saber! - Neno disse.

- Não, dois crimes na mesma época, com os mesmos polícias que tão no caso. Muito b.o! - Falei.

- E qual é teu plano então? - Neno perguntou. - Quer que apague um por um dali? - Ele perguntou e eu neguei.

- Vai atrás da goma da Viviane. Eu vou descolar uns negócios! - Falei.

- Descolar ou plantar mandioca? - Belo disse rindo.

- Olhou, sorriu, mandioca no bombril. - Neno disse e começou a gargalhar com Belo.

Eu mostrei o dedo do meio e neguei.

- Cês pesa na mente. Eu quero saber do delegado, quero que corra atrás das informações, e ai quero ver se ele vai ter coragem mesmo! - Falei.

- Quer que eu sequestre ele, amarre no carro e saia andando pela estrada de pedra? Peladão ainda... - Neno dizia ainda rindo.

- Tenho coisa melhor! - Falei me levantando e saindo da sala.

Guiei pra casa. Tomei um banho e quando sai dei de cara com aquela mina do baile, que eu já tinha saido. Ela tava com umas três amigas dela ali na frente de casa.

Quando eu sai elas já ficaram olhando.

- Boa tarde! - Falei sem olhar e fui descendo.

- Zeca, Zeca... - Ouvi a voz dela.

Nem olhei pra trás, ela veio do meu lado e eu olhei de canto.

- O que tu quer? - Perguntei.

- Tu sumiu, não foi pro pagode... Estranhei. - Ela disse.

- To sem tempo. - Falei.

- Até pra transar? - Ela perguntou pegando no meu braço.

Eu parei olhando pra ela e logo vi as amigas dela um pouco atrás da gente.

- Ih, qual foi piranha, tá de olho no meu macho é? Te pego na porrada piolhenta! - Ouvi uma voz e já fechei meus olhos sabendo quem era.

Quando olhei pro lado era Neno.

- Sai escroto! - Ela disse na maior cara de nojo olhando Neno.

- Bora Neno. - Falei puxando ele.

Ele me abraçou apertando minha bunda e eu logo soltei ele.

- Tchau vadias! - Ele disse acenando.

Eu neguei rindo na mesma hora.

- Não cansa de ser assim não? - Perguntei.

- A gente tem que rir, a gente já passou por cada sufoco... - Ele disse e eu concordei. - Mas ai, a mina é nova, tu já foi nela? - Ele perguntou.

- Pior que já, me arrependi. Não curto esses bagulhos de pegar de menor não, da pra mina ser até minha filha cara! - Falei.

- Abre teu olho em, várias querem tua grana e status, mas só uma quer tua pica, e tu sabe né vigarista! - Neno disse me dando um empurrão.

O cara chapa legal.

- Vai se foder caralho, vai cuidar da tua boca de fumo! - Falei.

- To indo amor. - Ele disse. - Beijo vida, te espero na cama! - Ele gritou fazendo todo mundo olhar.

Eu fiz a que nem era pra mim. Fui descendo até os meninos da barragem. Bati mo papo abrindo o olho deles que a qualquer momento podia ter invasão.

*****

Ouvi Nem reclamar das drogas que estavam sumindo lá do morro dele, mas eu nem tava ligando, como sempre.

Eu devia mesmo era ter me formado de psicólogo.

Ouvi a porta bater e logo entra Belo e Neno.

- Eu não me separo de você mulher! - Neno cantou entrando.

- Licença ai. - Belo disse. - Aqui tá o endereço da Viviane! - Ele disse me entregando um papel.

- Qual foi Zeca? É algum b.o que precisa resolver? - Nem perguntou.

- Que nada, é a bucetildes dele! - Neno disse e eu olhei feio pra ele.

- Não tenho nada com ela, vocês se emocionam muito. - Falei negando.

- Tu sabe, qualquer b.o me manda que eu venho. Fé ai! - Nem disse me cumprimentando e saindo.

Belo e Neno sentaram e eu encarei os dois.

- Quem vai na loirinha? - Neno perguntou.

- Vai tu, eu to de olho na da rua nove! - Belo disse.

- O que? Tu tá me zoando? Aquela mina tem um bafo do caralho Belo, tu desmaia com o beijo fatal dela, to te dizendo, não vai não! - Neno disse sério pra ele.

Eu me levantei pegando o papel e os dois me olharam.

- Ala Neno, já vai ir foder! - Belo cochichou com Neno.

- Cês não tem um cu pra lavar não? Nunca vi cuidar tanto da minha vida, eu em! - Falei negando. - Tenho nada com a mina, nem transar eu vou, só vou bater um papo! - Falei.

- Bater as bolas nela só se for! - Neno disse e eu dei de costas saindo dali e já indo pra casa.

Entrei na moto e vazei pra goma dela. Tava tudo escuro já, eu parei na frente do apartamento dela e já fui descendo indo falar com o sonso do porteiro.

aperta na estrelinha •

Brilhe ❤️

Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora