• capitulo 4 •

7.1K 619 108
                                    

Zeca

Eu vesti a máscara e beijei meu crucifixo.

- Tá pronto Zeca? - Belo perguntou e eu assenti.

- Em três, dois, um... - Ouvi a voz do Índio.

Só foi ele falar e deu aquele apagão monstro. Chegou até a me arrepiar. Eu desci do carro e fui indo em direção ao banco.

Fui entrando vendo Antônio vindo abrindo a porta.

- O cofre. - Falei e ele assentiu indo rápido com a lanterna até a sala.

Fomos indo até a sala do cofre.

- Essa porta é trancada. - Antônio disse.

- E por que não mandou o papo antes porra. - Falei empurrando ele e tentando arrombar. - Me ajuda aqui Belo. - Falei.

Belo veio e mais dois empurrões e a porta estourou. Começou a apitar o alarme.

Eu olhei pro Belo e ele foi indo na frente colocando as bombas. Eu fui voltando até os caixas eletrônicos, eu e os moleques começamos a colocar em cada um.

- Contados trinta minutos agora rapaziada. O alarme já apitou ai dentro. - Índio disse por rádio.

A gente sabia que tinha possibilidade desse alarme ter lá na sala do cofre.

Era óbvio até demais.

Acertei as bombas e em dez minutos elas iriam explodir. Eu fui correndo até Belo, e ele veio me puxando pra fora da sala.

- Todo mundo abaixa. - Belo disse se abaixando.

Eu me abaixei indo atrás de uma mesa e logo ouvimos aquele barulho. Aquela fumaça subiu. Eu corri até lá e me assustei vendo a quantidade de dinheiro que tinha.

- Os carros porra. - Falei no rádio.

Comecei a colocar tudo dentro das mochilas. Era o maior desespero, até parecia criança pegando bala naqueles bexigão.

Era só plaque de cem. Me dava água na boca. Comecei a lotar duas mochilas.

- Tu não vai vir ajudar caralho? Tá achando que vai ganhar com o cu pro alto? - Berrei pro Antônio.

Ele veio pegando uma mochila vazia que tava no chão, ele começou a ajudar colocando as granas dentro.

- Galera, os cambé tá a dez kilômetros daqui, agiliza. - Índio falou pelo rádio.

- O caminhão tá no jeito? - Perguntei pelo rádio.

- Tá, só tá esperando o teu sinal. - Índio disse.

Corri até o carro deixando as duas mochilas. Belo levou mais duas, Antônio levou uma, e os moleques levaram mais duas. Eu corri ver a bomba dos caixas eletrônicos e só faltavam dois minutos.

Eu corri até o cofre e peguei o restante do dinheiro. Guardei tudo no carro.

Entramos no carro e estacionamos um pouco a frente. Eu fui voltando até ouvir e ver aquela explosão. Fomos correndo até lá, começamos a encher mais ainda as mochilas. Comecei a lotar tudo, Belo tava ofegante já, a fumaça tava piorando tudo.

Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora