Viviane
Deixei os meus últimos quinze dias de férias guardados. Não ia adiantar nada eu “ ficar de férias ” e me chamarem sempre pra trabalhar.
Eu voltei a trabalhar a uma semana, e as buscas atrás de Milena ainda estava. Gilberto voltou e estava mais estérico e chato.
Trabalhei o dia todo, e quando chegou na parte da tarde, recebemos a ligação que havia uma criança no meio do centro perdida.
Óbvio que era trabalho dos civis...
Mas ai que era o problema, possivelmente poderia ser a Milena. Entramos no carro e guiamos pra lá o mais rápido. Quando chegamos, começamos a procurar por aquele centro, eu andava berrando no meio do centro atrás dela.
Quando eu passei por uma rua, eu encarei uma menininha abaixada e encolhida num canto, eu olhei e...
- Milena? - Chamei e ela me olhou na mesma hora, eu suspirei aliviada vendo ela ali. - Oi Milena, sou policial, vem, eu vou te levar pro teu pai. - Falei.
- Você conhece ele? - Ela perguntou.
- Conheço... - Falei. - Você tá bem? - Perguntei olhando ela inteira. Ela balançou a cabeça concordando e se levantou pegando minha mão e indo comigo pra aonde estava o carro.
Quando Gilberto viu ela de longe, ela saiu correndo.
- Paiiii! - Ela gritou correndo até ele.
Todos começaram a aplaudir olhando eles se abraçarem. Eu senti um nó na garganta e fui caminhando até eles.
- Eu te amo minha filha, o papai te ama! - Gilberto chorava enquanto estava abraçado de Milena.
Patricia chegou perto e...
- Já entendi tudo! - Patricia disse.
- Que bom! - Falei indo até o carro e entrando.
Ela entrou e o resto entrou também. Voltamos de volta e logo já veio Ricardo me puxando. Todos entraram menos eu e ele.
- Quando vamos sair de novo? Saudades do seu beijo! - Ricardo disse.
- Não to afim... - Falei.
- Nem pra bater um papo? - Ricardo perguntou.
- Não, eu acho melhor não! - Falei saindo de perto dele e entrando.
Guiei pro quartinho e me deitei na cama.
- Deixa Zeca saber! - Patricia disse.
- Cala boca! - Falei negando.
- Não sei como consegue se envolver com ele, ele é grosso, estúpido, sem educação... - Patricia disse.
- Eu sei, é só pensar com a xota e tudo se explica! - Falei me virando de costas. - Você devia mesmo era cuidar da tua vida, cuidando da minha que você se fodeu junto! - Falei e ela saiu rapidinho dali.
******
Abri a porta de casa e já ouvi o barulho.
Eu entrei e dei de cara com Neno e Belo.
- Que porra tá acontecendo aqui? - Falei trancando a porta e chegando perto deles.
- Era surpresa... - Neno disse.
- Cadê tua parceira a Patricia? - Belo perguntou.
- Se a policia abaixa aqui, eu rodo junto como cúmplice! - Falei tirando a minha bota e deixando a bolsa no chão.
- Já que é assim então... - Neno disse levantando. - Ê Zeca, bora que tua mulher tá só o bicho hoje! - Ele disse alto.
Olhei feio pra ele e ele riu.
- Como entraram? - Perguntei de braços cruzados.
- Pela porta! - Belo disse como se fosse óbvio. - O sonso do porteiro não vê nem uma formiga, quem dirá nois três! - Ele disse.
Eu bufei negando e indo até meu quarto. Eu tirei toda minha roupa e coloquei uma qualquer, eu fui abrir o banheiro estava trancado.
- O Zeca também tá aqui? - Perguntei e Belo concordou.
A porta abriu e Zeca deu descarga e lavou a mão.
- Que porra vocês vieram pra cá? - Falei alto.
- Ih fala baixo, não tem ninguém aqui gritando contigo! - Zeca disse.
Eu puxei ele pro quarto.
- Uooool meu lençol dobrado já tá todo bagunçado! - Neno gritou cantando.
Eu fechei a porta e cruzei os braços.
- Imagina se a Patricia resolve contar e a polícia vem pra cá? Você não pensa não? - Falei brava.
- Sem estresse caralho, vim aqui na maior boa vontade, tu chega a ser uma ingrata, na boa! - Zeca disse negando com a cabeça.
- E não dava pra mim ir lá não? Ou tu fica ocupado com as outras? - Perguntei.
- Melhor tu ficar quieta. - Ele resmungou sem olhar pra mim. - A última vez que tu foi lá, te seguiram e deu maior b.o. Mas é isso, to vazando! - Zeca disse vindo querer passar por mim e eu empurrei ele fazendo ele ficar sentado na cama.
- Tá aqui agora fica. Só presta atenção, me manda mensagem antes. Imagina de eu trago alguém? - Falei.
Ele levantou a sobrancelha.
- Tá sentando pra outro também? - Zeca perguntou e eu passei a mão no rosto. - Pô, entendi, mas ai, faz o que tu quiser, a gente não tem nada mesmo, escolha é tua! - Zeca disse se levantando e me puxando pra longe da porta.
Ele abriu a porta e saiu. Ele falou com os meninos e saiu dali do apartamento. Eu fechei os olhos e bufei.
Talvez assim seja melhor.
• aperta na estrelinha •
Sorria, tudo vai dar certo! ❤️
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Um amor além da lei
Teen FictionDois mundos diferentes, mas entre eles um amor que não se explica. Um amor proibido que de todos escondemos. E só a gente sente. E por este amor sofremos...