• capitulo 7 •

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Viviane

Depois da reportagem eu fui pra casa, eu tava morta. A minha cabeça latejava. Eu tomei um banho gelado enquanto eu pensava em tudo o que tinha acontecido.

Impossível eles terem fugido tão rápido.

Deixei a água cair e depois de uns dez minutos com os pensamentos longe, eu desliguei e me enxuguei indo pro quarto vestindo uma calcinha e um camisetão.

Eu tava mesmo era afim de dormir, fiquei por muito tempo de pé, com a mente trabalhando.

Eu fui até a cozinha, peguei uma banana e fui vendo as notícias pelo celular.

- Filhos da puta. - Murmurei negando e indo pra minha cama.

Eu me deitei na cama e deixei meu celular do lado. Fechei os olhos e acabei apagando rápido.

Acabei sonhando com o óbvio.

O assalto.

Eu estava em uma rua estreita correndo atrás do bandido, eu tentava arrancar a minha arma, mas algo me travava, eu corri até o final da rua e logo vi ele parado.

Ele me encarou e colocou a mão na máscara, quando ele ia levantar...

Eu acordei com meu celular tocando.

Eu tomei um susto, peguei meu celular e vi que era o meu chefe.

Eu apertei o play pro áudio.

- Viviane tu tem que vir pra cá, descobrimos algumas coisas. - O meu chefe disse.

Eu mandei um joinha e bufei me levantando.

Eu me troquei rapidinho e fui escovando os dentes.

Peguei minha bolsa e voltei novamente pra delegacia, eu estava morta de cansada e de sono, mas essa foi a vida que eu escolhi, e não me arrependia.

Ainda com a mochila nas costas eu fui pra sala do meu chefe. Estavam todos já.

- Faltava você mesmo. - Gilberto disse me olhando e depois virando o computador dele pra gente. - Recebi algumas imagens e vídeos do roubo, aqui estão. - Ele disse apertando o play.

Começamos a ver eles indo embora, cada lugar que eles passaram com o caminhão, mas na última parte não deu pra ver, eles passaram em uma rua e depois não tinha mais imagens. Depois aparece um caminhão em umas duas quadras depois indo em direção a pista.

- É o mesmo caminhão? - Tarcísio perguntou.

- Provavelmente, talvez tenha sido uma parte do plano deles em despistar todos nós. - Gilberto disse.

Eu sabia.

- E agora? - Patrícia perguntou.

- E agora que a gente vai continuar atrás até achar. - Gilberto disse. - E vocês vão continuar de olhos abertos, só digo uma coisa, entre nós e eles, sempre nós em primeiro lugar, metam bala! - Ele disse e concordamos o que era claro já.

Sai da sala dele e fui no quartinho. Eu me sentei na cama e Patrícia se sentou na minha frente.

- Vai pra casa? - Ela perguntou.

- Não sei, talvez, eu to cansada demais. - Falei passando a mão no rosto.

- Posso ir contigo? Eu e Manoel não tá bem não. Ele levou a mãe dele pra lá ontem e sogra não da certo, você deve saber. - Patrícia disse.

- Quiser ir vamos. - Falei me levantando.

Ela se levantou e pegou a mochila colocando as coisas dela. Eu fui caminhando pra fora da delegacia e encarei Tarcísio fumando.

- Já vai? - Ele perguntou.

- Vou, deu minha hora já. - Falei indo pra perto dele.

- Vou te falar uma coisa Viviane, to achando que é gente de favela. - Tarcísio disse.

Eu arquei a sobrancelha.

- Se for, foi uma pessoa com uma cabeça muito boa pra planejar todo esse caralho. - Falei cruzando os braços.

- Te juro que vou atrás de saber, eu fiquei puto demais. - Tarcísio dizia negando com a cabeça.

Eu dei leves batidas no ombro dele.

- Relaxa, a gente vai achar esses pilantras. - Falei sorrindo sem mostrar os dentes.

- Vamos Viviane? - Ouvi a voz da Patricia e concordei.

Dei tchau a Tarcísio e guiei pro meu carro. Eu entrei e Patricia entrou também. Dei partida indo em direção ao meu apartamento. Eu tava tendo que ouvir Patricia reclamar sobre o fracassado casamento dela, quanto mais eu ouvia, mais eu tinha certeza que eu não queria ter um companheiro na minha vida.

- Já te falei, se não tá bom, separa Patrícia. O que adianta ficar se não tá dando certo? Não fica levando com a barriga não, não deu certo é cada um pro seu lado. - Falei.

- Chega uma hora que a gente acostuma, são quase dez anos juntos Vivi, é sempre assim. - Patricia disse e eu neguei com a cabeça.

- Se acostumar em ficar com infelicidade não é comigo não. Nada que me faz mal eu quero na minha vida. - Falei.

Chegamos no apartamento e eu me troquei colocando o camisetão que eu tava.

Guardei a roupa que eu tava e fui pra sala vendo a Patrícia falando no celular. Eu fui pra cozinha e preparei um lanchinho, peguei o suco de caixinha e coloquei na mesa.

Ela desligou e bufou.

- Ele disse pra mim ir pra lá agora, maluquice. - Patricia disse.

- Acho melhor você ficar aqui, relaxa a cabeça e amanhã vai, por mim tudo bem você ficar. - Falei pegando um pão e comendo. - Teu sanduiche e o suco, fica a vontade. - Falei indo pro meu quarto.

Eu comi o lanche e me deitei pensando naquelas filmagens...

• aperta na estrelinha •

Você é o máximo ❤️



Um amor além da leiOnde histórias criam vida. Descubra agora