Capítulo 8

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Alfonso

Depois que Anahí saiu da HE, eu tentei de todas as formas me concentrar em trabalho, mas todas as minhas tentativas foram falhas, porque eu me pegava lembrando do nosso embate de mais cedo, de como aquela mulher havia sido afrontosa, sem medo algum e como aquilo havia me enchido de tesão. Sem pensar muito, acabei enviando uma mensagem para o número que estava em sua cartão dizendo que precisava encontra-lá.

No restante do dia que seguiu, me obriguei a trabalhar, eu precisava me concentrar em qualquer coisa que não fosse mulher e sexo e assim eu tentei fazer e quando achei que tivesse conseguido, já estava tarde e Ian havia me dispersado

- o que faremos hoje? - entrou em minha sala sentando na cadeira a minha frente enquanto comia uma maça

- se a sua indicação de acompanhante me respondesse, eu saíria para encontra-la - disse - minha mãe vem para New York amanhã e seria bom que já me visse com ela - falei fazendo um lembrete mental de que precisava informar isso a minha contratada.

- ué, mas é só você ir até o Langham Place que com certeza irá encontra-lá - falou simples

- como sabe? - questionei curioso

-ela sempre está por lá, Alfonso. É onde atende os clientes do bar! - deu de ombros - já vi que não faremos nada

- não faremos, Ian. - falei curto e grosso, pegando minhas coisas e saindo de minha sala

Enquanto estava no carro indo em direção ao Langham Place, pensava no quanto essa situação era estranha, por que em tantos locais, Anahi atendia justamente em um hotel?

Não tive muito tempo para continuar com minhas teorias, logo o motorista sinalizou que havíamos chegado e eu me encaminhei direto ao bar do hotel de luxo que Ian havia dito que eu encontraria Anahi, e assim que adentrei o bar, vi a mesma. Não era difícil perdê-la em meio às outras pessoas, além de gostosa a desgraçada era bonita, mas o que me chamou atenção foi o homem que beijava seu pescoço e cochichava em seu ouvido.

Me aproximei do local onde ela estava e sem muita paciência, puxei o homem em questão pelo ombro a fim de que notassem não só a minha presença.

- desculpe a demora! - falei irritado - quem é você? - perguntei olhando para o homem com quem Anahi se esfregava segundos atrás.

O otário falou algumas coisas e saiu sem olhar pra trás, enquanto ela caia na gargalhada. O desgraçado havia me confundido com um cafetão. Sem muita paciência e sem achar um pingo de graça, peguei a mesma pelo braço e fomos até meu carro, Anahí até tentou espernear, mas não tinha argumentos, disse que não gostava de ser tocada aquela maneira, mas havia acabado de ser tocada de forma pior, ignorei e mandei ela andar logo, eu queria conversar com ela em particular.

No trajeto até minha casa, não troquei nenhuma palavra com Anahi, mas fiquei novamente intrigado, já que no bar o homem que havia me confundido com o cafetão dela,  havia chamado a mesma de Victoria, mais uma coisa para pedir pra investigar, lembrei.

Ao chegarmos, eu estava estressado, sem paciência. Eu não transava há uma semana, eu tinha uma mulher de no mínimo 1,60 em minha frente que me tirava do sério todas as vezes que abria a boca, mas também me excitava e por isso, não pensei quando beijei a mesma.

O que seria para acalmar, novamente terminou em outro embate, eu havia beijado uma prostituta e prostitutas não beijam na boca.

Anahi como se para me irritar, exigiu mais dinheiro, queria uma transferência imediata, o que seria impossível e ao explicar, ela concluiu que iria para sua casa e só me veria e conversaria comigo no dia seguinte, fui obrigado a sorrir.

- aí que tá, você não vai embora! - disse olhando para a mesma

- como não? - perguntou claramente nervosa - óbvio que vou para minha casa!

- não, você não vai! -falei caminhando de volta ao bar - minha mãe estará na cidade amanhã logo cedo, o primeiro lugar que ela virá será aqui, então você vai dormir aqui e amanhã ao acordar interpretará a mais dócil das mulheres. - disse voltando até ela com uma pasta nas mãos - além disso, quero que assine isso aqui - entreguei o documento em suas mãos

- o que é isso? - questionou me encarando com raiva

- vai me dizer que não sabe ler? - perguntei - é um contrato, leia as cláusulas antes de assinar

- olha, Alfonso, por que você não vai se fod... - sorri com a irritação dela, interrompendo o que a mesma ia dizer

- porque eu quero fazer isso com você! - disse vendo ela ficar furiosa - mas eu preciso realmente que você assine isso logo

- eu não vou dormir aqui - gritou- não tenho roupa e não quero dividir a cama com você, falei que isso é um adicional caro

- e quem disse que você vai dormir comigo? - questionei - existem 7 quartos nesse apartamento, você pode dormir em qualquer um deles, exceto o 7 que é o meu. Quanto as roupas, não se preocupe, você terá amanhã cedo algo adequado pra vestir. Vamos, vou te levar a um quarto - disse andando pelo enorme corredor.

Entramos em um quarto que fica a dois quartos do meu, era um dos quartos de hóspedes que ficavam livres.

- você pode ficar a vontade - falei mostrando para ela - tem toalhas no closet e produtos para banho e higiene no banheiro, como eu disse, amanhã quando você acordar terá algo adequado para vestir. Favor lembra que você precisa ser dócil e sorridente, lembre-se que você será minha namorada e não a prostituta do bar do hotel. Boa noite! - disse saindo do quarto e fechando a porta ouvindo Anahi gritar lá dentro mandando eu me foder.

THE ESCORTOnde histórias criam vida. Descubra agora