Capítulo 4

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Alfonso

Ian, quando não estava enchendo o saco, estava me fazendo ter prejuízo finaceiro, mas nunca deixou de ser um bom amigo, mas quando sugeriu que eu contratasse prostituas para me satisfazer, achei que o cara tava querendo me ferrar, mas a idéia veio a seguir, não era de todo ruim.

- não, prostitutas não. Olha, Alfonso, acho que tenho uma pessoa excelente pra você!

- que pessoa Ian? - falei já sem paciência

- Alfonso, meu amigo, você já pensou na possibilidade de ter pra você uma acompanhante? - perguntou cruzando as mãos a minha frente

- novamente isso de prostituta? Já disse que não, não é uma possibilidade.

- não, Alfonso. Acompanhante de luxo. Conheço uma perfeita e quando eu digo perfeita é perfeita mesmo. Acho que você devia pensar na possibilidade. Se quiser eu te passo o contato dela. - falou pensativo.

- Ian, não quero os serviços de nenhuma acompanhante, tão pouco prostituta! - falei pegando minhas coisas e me preparando pra ir embora.

- então fica sem transar! - falou também levantando pra ir embora - só pensa que de repente com uma acompanhante você poderia ter sexo todos os dias, pagando, sem envolvimento, digo por experiência própria.

- e onde eu encontraria uma de confiança? - perguntei avaliando a possibilidade

- deixa comigo! - falou Ian saindo da minha sala.

No caminho pra casa eu pensava no quão merda minha vida era, não era possível que um homem solteiro não pudesse transar com quem bem entendesse e tivesse que montar uma farsa para isso.

.

No dia seguinte fiz toda a minha rotina matinal, corri pelo menos duas horas na esteira, me arrumei e fui para o trabalho, optei por não falar com ninguém no primeiro horário, eu sentia que qualquer um que cruzasse o meu caminho seria esmagado, meu humor estava pior do que nunca.

Eu realmente precisava dar um jeito na minha vida.

Mas não seria naquele momento, já que Ian, pra variar, entrava em minha sala sem ser anunciado e como se não tivsse trabalho para ser feito.

- Ian, 08h da manhã e meu humor, como você costuma dizer, não está dos melhores. Então, diga o que você quer de uma vez - falei enquanto ligava o notebook

- Meu Deus, você realmente precisa transar! Eu só vim dizer que aquela pessoa que te falei estará aqui às 09h. Apenas para te cientificar. - falou assobiando - quando você vir uma mulher lindissima, talvez a mais bonita que você já tenha conhecido, saberá quem ela é.

- Ok, Ian. Talvez você precise mais dela do que eu, já que não para de rasgar elogios - falei sem paciência

- Você entenderá, meu amigo! - disse saindo da sala.

Minha mãe havia me ligado pelo período da manhã a fim de garantir que eu ainda estava em celibato obrigatório e assim que delisgou e eu pensei que podeira me concentrar, fui interrompido pelo telefone novamente.

- Diga, Nina! - falei sem paciência

- Sr. Herrera, tem uma moça aqui dizendo que tem horário. Posso deixa-la entrar?

- Sim, Nina. - falei imaginando de quem se tratava.

Eu até esperava que Ian tivesse feito algum tipo de piada comigo e que a mulher na qual ele tanto falava não fosse tudo aquilo, mas eu tive certeza que havia me equivocado assim que Nina deu passagem para que a mulher entrasse em minha sala.

De fato, ela era muito linda. Os cabelos em tom chocolate em ondas perfeitas e os olhos azuis encantadores. O corpo coberto por um vestido preto aparentava ter curvas e volumes na medida certa, nem demais e nem de menos. Engraçado que ela em nada se parecia com uma garota de programa.

Como o próprio Ian disse, Excelente.

- Bom dia! - disse ela

- Bom dia! - falei ainda admirando-a - Desculpe, Ian acabou não me dizendo seu nome - falei apontando a cadeira para que ela sentasse

- Anahí - agradeceu com a cabeça - Ele também não me disse o seu

- Herrera. Alfonso Herrera - falei firme.

- Bom, Alfonso, de quais dos meus serviços você precisa? - questionou sem dar margem para nenhum outro assunto

- Bom, Anahí - falei suspirando - Ian me disse que você seria excelente para mim e sem ofensas, eu sei o que prostitutas fazem, mas estou precisando de um pouco mais.

- Acompanhante, Alfonso. Eu sou acompanhante e não prostituta! - me corrigiu de imediato.

- Que seja! - vi ela dar uma leve bufada - Pra ser direto e não perdermos tempo, preciso do combo. Acompanhante e sexo, mas desejo e preciso impor algumas condições as quais estou disposto a pagar o valor necessário desde de que você tope.

- antes de impor as suas condições - falou pigarreando - Eu preciso saber o que você tem em mente. É um evento? Uma viagem? Uma noite? - questionou me olhando com aqueles olhos azuis enormes - com sexo? Sem sexo?

Era no mínimo inusitado ver uma garota de programa questionar se o trabalho dela envolveria sexo ou não. Não era esse o seu trabalho?

- Não trata-se de um evento, tão pouco de uma viagem. Eu preciso fingir que tenho um relacionamento bom e estável por um período, mas quero o bônus do sexo sem compromisso, sem envolvimento - falei direto

- Entendo - respondeu me avaliando - você busca exclusividade? - perguntou

- Primeiro eu preciso saber se você aceita esse tipo de serviço. Aceitando, gostaria de marcarmos uma reunião para estabelecermos alguns pontos.

- Primeiro eu preciso saber o quanto eu vou faturar em dólares, depois eu digo se aceito o serviço, Sr. Herrera. Além disso, preciso de uma estimativa de tempo, não estou à sua disposição, esse é o meu trabalho - falou me encarando com a sobrancelha erguida. Eu senti de imediato a atmosfera do ambiente mudar, era como se ela me desafiasse, o que me fez sorri levemente, ela não imaginava o quanto eu gostava de desafios.

- Pode ter certeza que se não for tão petulante dessa forma você vai ganhar muito bem! - respondi rude - e quanto a tempo, você aceitando nós alinharemos. - agora eu preciso de uma resposta, não tenho a vida toda - Anahí sorriu e se levantou vindo até mim, segurou em meu rosto apertando minhas bochecha, se aproximando o suficiente dela e sussurrando próximo ao meu lábio

- sua resposta é não!

THE ESCORTOnde histórias criam vida. Descubra agora