Anahí
Era só o que me faltava mesmo, ser proibida de ir embora. Eu odeio Ian, odeio mesmo, ele nunca devia ter me apresentado esse babaca desse Alfonso.
Quando ele me chamou (obrigou) que eu viesse até sua casa, achei que fosse realmente pra falar algo importante, já que era esse seu argumento, mas estava claro que não era, ele queria me irritar ainda mais, eu só espero que ele não me enrole, porque se acha que eu vou compactuar com essa putaria sem receber, ele está enganadissimo.
Depois de me ofender deliberadamente, ele saiu do quarto me desejando "boa noite", era um sínico mesmo. Afundei meu rosto no travesseiro que tinha na cama e gritei abafado um sonoro vai se foder.
Andei pelo quarto até me sentir mais calma e quando isso aconteceu analisei melhor o mesmo, grande e luxuoso, como tudo naquele apartamento.
O quarto era em tons claros, tinha uma cama enorme, roupas de cama branca e dois móveis de cabeceira, além disso, tinha um closet enorme e também um banheiro que era igualmente grande.
Fiquei sentada na beirada da banheira imensa que tinha no banheiro por tempo suficiente para que eu me acalmasse totalmente, mais calma, tomei uma ducha rápida para tirar o cheiro de homem do meu corpo. Ethan havia beijado meu pescoço e esfregado a barba, minha pele continha uma irritação leve e um forte cheiro de uísque, nada que água e sabão não resolvesse. Sai do banho enrolada em uma toalha e fiquei ainda mais irritada quando me dei conta que eu realmente não tinha nada pra vestir, bufei de raiva e vesti a única peça que serviria para que eu dormisse que era a minúscula calcinha vermelha que eu já estava usando.
Depois disso, olhei para s pasta que Alfonso havia me entregado, era o contrato, porque não bastava o meu trabalho já me fazer mal vez o outra, nós ainda precisávamos de um contrato pra fazer com que tudo parecesse pior.
Conforme orientações do próprio Alfonso, li cada cláusula do maldito contrato, me chocando com as coisas absurdas que tinham ali.
Levantei-me da cama, peguei um dos roupões que tinham no closet e fui um tanto furiosa atrás de Alfonso. O apartamento era grande e meu quarto ficava em um longo corredor, abri porta por porta até encontrar seu quarto e assim que abri e entrei devagar, vi o mesmo deitado em uma cama enorme, acredito que maior do que a do quarto onde eu estava, ele tinha a expressão relaxada e ronronava baixinho, me aproximei dele lentamente e me preparei pra bater no mesmo com a pasta que estava em minhas mãos, mas ao tentar fazer, Alfonso segurou em meu pulso e em um movimento rápido, eu já estava deitada em sua cama com ele por cima de mim
- você está me machucando - falei tentando soltar meu pulsos de sua mãos
- o que diabos você pensa que está fazendo? - perguntou com raiva - tá pretendo o que? Me matar?- questionou com raiva
- na verdade, não, a ideia sequer havia me passado a cabeça, mas sabe que não seria uma ideia tão ruim assim? - falei sorrindo - solta meu braço - mandei
- não até você me dizer o que pretendia fazer - falou trincando os dentes - anda, diz logo
- eu só ia te bater com a pasta para que você acordasse - falei - você colocou nessa merda de contrato que eu tenho que me submeter a uma bateria de exames e além disso quer dizer o remédio anticoncepcional que eu devo tomar? Tá achando que eu tenho quantos anos? - perguntei também irritada
- você é uma acompanhante, como você mesmo diz, acha que meus pedidos não são prudentes? - questionou - eu não vou ficar brincando de namoradinho com você e me colocar em risco, não quero filhos e tão pouco ist's.
- e quanto a essa cláusula que diz que tenho que ficar aqui 3 vezes na semana? - perguntei - Alfonso, eu tenho uma casa, caso você não saiba, tenho uma vida, tenho um trabalho - gritei me sentindo sufocada com seu peso em cima de mim
- você está se tornando repetitiva. Eu já disse que você não vai ficar se esfregando por aí enquanto estiver contratada por mim. Esqueça essa ideia de trabalhar e fazer programas! Se tivesse lido todo o contrato teria visto que tem uma cláusula aí dizendo justamente sobre isso, inclusive, faz menção a exclusividade que você tanto diz ser cara, eu dobrei o valor, sua exclusividade custava mais 40 mil e eu estou dizendo que irei pagar 80. - disse com os lábios próximos aos meus
- mas... - tentei falar, mas sentia os lábios de Alfonso roçando aos meus, não só os lábios, mas também sentia a ereção que se formava entre suas pernas
- mas nada - falou ainda sobre os meus lábios, eu conseguia sentir seu hálito quente e isso me fazia arrepiar - você está contratada para prestar serviços exclusivamente para mim, e assim será.
- Alfonso... - falei suspirando e fechando os olhos sentindo seu hálito quente e a ereção que agora estava completa e esfregando em minha coxa
- está gostoso né? - questionou esfregando a barba por fazer em meu rosto - olha como você está - sussurrou em meu ouvido - diga, está gostoso?
- sim - falei entre os suspiros - está gostoso! - senti sua mão apertar minha coxa com força e ele sair de cima de mim, abri os olhos para olhar pra ele, mas ele já não estava mais na cama, estava em pé me olhando com um sorriso vitorioso nos lábios
- assine o contrato, aceite as cláusulas impostas, faças os exames e terá mais - disse sorrindo sem muito humor e com uma ereção evidente - agora saia da minha cama, já disse que você não se deitará nela - levantei com raiva, muita raiva e encarei Alfonso, queria que ele entendesse o meu aviso e que não restasse dúvidas que eu o odeio
- eu ainda preciso pensar e não aceitarei seu contrato até que tenha os 40 mil dólares combinados na minha conta - falei tentando não vacilar - e eu não desejo nunca me deitar em sua cama, fique com ela pra você, aproveita e vai se foder. Eu te odeio, Alfonso!
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THE ESCORT
FanfictionOntem quando saí da cama osol caiu no chão e rolou pela grama as flores decapitaram a si mesmas a única coisa viva que sobrou foi eu e eu já não sei se isso é vida.