QUATRO ANOS...
Quatro anos haviam se passado e nos primeiros dias foram de pura negação para Alfonso, ele inicialmente sentia raiva, muita raiva e tinha plena certeza que Anahi voltaria correndo para ele pedindo ajuda, mas quando isso não aconteceu na semana que se passou, ele entrou em uma espécie de desespero, iniciou buscas por Anahi como se ela fosse uma pessoa desaparecida, o que não era, foi a Polícia, mas Ian interviu, mostrando a carta que Anahi havia deixado, fazendo com que a Policia sequer desse assunto a Alfonso.
Dois meses após, ele ia trabalhar, fingia não se importar, mas não falava com ninguém, tinha olheiras profundas em seu rosto que denunciavam noites do sono mal dormidas, não se alimentava direito e bebia todos os dias, além de ter se tornado um poço de irritação e arrogância, tratando todos a sua volta mal.
No ano que se passou Alfonso havia se transformado, a única coisa que ainda fazia era trabalhar, mas fora isso, era como se vivesse sempre a espera dela, afinal, silenciosamente, ele havia percebido que tudo que nutria por Anahi era AMOR.
Mandou rastrearem o Globo atrás de Anahi Portilla, mas nenhuma de suas buscas retornaram, Anahi havia sumido do mapa e nada do que Alfonso fizesse era capaz de traze-la de volta.
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Dois anos se passaram e ele ainda estava ali, olhando através de sua enorme vidraça, lembrava de vê-la apreciar a cidade, lembrava de tê-la visto de costas segurando uma caneca contendo café e lembrava do quanto sentia falta de admira-la, do quanto sua presença havia se impregnado em cada canto daquele apartamento, lembrava da última vez em que estiveram ali e de todas as palavras não ditas, mas eram apenas lembranças, ela não voltaria e ele sentia muito por isso.
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Três anos haviam se passado, Alfonso havia sido premiado, lembrou dela e sentiu vontade de tê-la ali, ao lado dele comemorando aquela conquista, sorriu com a ideia, era seu primeiro sorriso em muitos anos, mas logo voltou a realidade, ela nunca estaria ali.
O sorriso imaginando Anahi ao seu lado deu origem a uma bonita foto que estampou a forbes pelo próximo mês, desejava que onde quer que ela estivesse, que soubesse aquele sorriso era dela e para ela.
Voltou pra casa aquela noite e enquanto bebia seu wisky novamente foi acometido por uma série de lembranças, lembranças das brigas, lembranças dos sorrisos, lembrança dos cachos lindos de seu cabelo, lembrança das noites juntos... talvez fosse hora de enterrar tantas lembranças, mas ele conseguiria?
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Quatro anos e Alfonso ainda convivia com a saudade que apertava seu coração, se permitiu viver um pouco mais no último ano, quis tirar férias depois de três anos e foi ao Japão, se permitiu sair e até mesmo conhecer outras mulheres, mas nunca passou de um jantar.
Se reaproximou à sua maneira de Maite e de Ruth, era o ano em que Maite e Ian finalmente casariam, a contragosto de Alfonso, mas ele sabia o quão importante aquilo era para sua irmã e estaria lá, não por Ian, porque Alfonso ainda o culpava pelo fato de Anahi ter saído de sua vida, ele entendia seus erros, mas acreditava fielmente que Ian havia ajudado Anahi a ir embora.
Ian por outro lado se deleitou com o sofrimento de Alfonso, no inicio ele se preocupou, impediu que Maite o questionasse e pediu que respeitasse o momento dele, mas ao passar dos anos viu que não adiantaria, aquele era o novo Alfonso, deixou de lado no segundo ano, quando viu que ele não podia fazer nada com relação ao que Alfonso mesmo plantou. Ajudou no que pode, mas não pode muito.
Maite se preocupou, muito mesmo, mas assim como Ian, no segundo ano entendeu que talvez fosse uma dor que nunca curaria e a ferida estaria ali, sempre aberta, então apenas deu todo apoio e amor ao irmão, nunca soube o que aconteceu, sempre o questionou e nunca teve resposta, mas não deixaria de apoia-lo no que quer que fosse.
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O dia do casamento de Ian e Maite chegou, era um lindo sábado, eles casariam em um jardim lindíssimo em um clube em pleno entardecer em New York, haviam sonhado com aquele momento mais do que qualquer outro desde que se conheceram, estavam felizes, plenamente felizes e Alfonso observava aquilo no altar, representando o lugar do pai deles.
A cerimonia foi emocionante, os votos também, Maite estava deslumbrante e o irmão a acompanhava com o olhar, sabia que estava entregando um dos seus bens mais preciosos e torcia sinceramente por sua felicidade.
Houve uma festa, grande e luxuosa, como somente Ian e Maite seriam capazes de fazer e consequentemente, houveram muitas pessoas a serem cumprimentadas. Alfonso já havia cansado e foi procurar algo para beber, sabia que não aguentaria aquilo por muito tempo, pois há anos tinha deixado de ser sociável, se é que em algum momento da vida havia sido, encontrou um garçom e pegou um copo com whisky, tomava sua bebida enquanto analisava a festa cuidadosamente, a música tocava, os noivos dançavam, a pista de dança havia acabado de ser aberta, mas algo chamou atenção, alguém chamou e ele sabia exatamente quem era.
Ela entrou apressadamente no salão, aparentava estar atrasada e estava, mas também estava deslumbrante, usava um vestido preto de um ombro só que marcava sua cintura, os cabelos em um tom de loiro que se misturavam com o castanho desenhavam seu rosto perfeito e os olhos, estavam mais azul do que nunca, Alfonso sentia seu peito acelerar e seu coração bater descompassadamente, seus olhos umedeceram e um sorriso começou a brotar em seu rosto... aparentemente ela estava de volta e dessa vez ele não deixaria ela por nada.
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Oioi, como estão? Espero que bem :)
Iniciamos a segunda fase e eu espero que gostem de tudo que virá pela frente.
Comentem muito e curtam também.
Deem play na música para leitura desse capítulo ficar ainda melhor.
Um beijo.
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THE ESCORT
FanfictionOntem quando saí da cama osol caiu no chão e rolou pela grama as flores decapitaram a si mesmas a única coisa viva que sobrou foi eu e eu já não sei se isso é vida.