Alfonso
Eu me sentia perdido.
Não era o mesmo trabalhando, não era o mesmo correndo ou praticando qualquer atividade física, não conseguia me concentrar em minhas reuniões, não conseguia dialogar minimamente com ninguém, meus pensamentos eram todos invadidos por Anahi dizendo "eu ainda estou aqui" e por sua feição de decepção por não ter nenhuma resposta ao que foi dito.
Depois daquela noite, Ian não me perturbou mais, mas eu também não o encontrei mais. Sabia que ele estava na empresa porque apesar do ódio por ele, o filho da puta ainda era bom no que fazia e era o único em quem eu confiava para realizar as reuniões em meu lugar.
Eu não sabia o que estava acontecendo, era como se algo me consumisse, uma angústia, uma raiva, era um mix de tudo, ao mesmo tempo que queria te-la em meus braços, eu queria ela longe, porque era consumido por algo muito mais forte e que dizia que Anahi era somente uma puta de luxo.
Nos último dias eu não tive nenhum outro diálogo com Anahi, nós realizávamos as refeições juntos, eu não a deixava ir embora, ela se trancava no quarto e toda noite, depois que ela já havia dormido, eu parava na porta para observá-la, talvez eu estivesse apaixonado, mas o que eu poderia fazer com a minha paixão? Estar apaixonado não era suficiente para apagar o passado dela e fazer com que ela não fosse uma prostituta, e isso era inaceitável para mim, era algo com o qual eu não poderia lidar.
Pensar em Anahi sendo de outros me atormentava tanto, que eu era obrigado a me afastar para não cometer nenhuma besteira, assim como receber fotos dela com o merda do médico de sua avó.
Por precaução e por não confiar nela, eu mantive um segurança a espreita vigiando cada passo dado por ela, e era sempre atualizado com fotos de Anahi à vontade demais com o médicozinho e apesar daquilo me irritar, ainda não sabia o que fazer com essa situação, então apenas ia mantendo o segurança e me atualizando para o momento em que eu tomasse uma decisão.
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Era noite de sexta-feira, eu havia acabado de chegar, estava no escritório bebendo meu copo de whisky que já fazia parte da minha rotina, passei pelo corredor ao caminhar até meu quarto, mas antes de chegar à porta do quarto de Anahi, que fazia parte do meu trajeto, ouvi sua conversa com Miranda, que aparentemente, também fazia questão de cuidar dela assim como cuidava de mim.
- Vocês precisam sentar e conversar, essa situação parece insustentável tanto para a senhorita, quanto para Alfonso. Eu o conheço, ele não está em seu estado habitual! – dizia Miranda – e eu não aguento vê-la triste dessa maneira, sempre no quarto, sempre chorando e eu nem sei o que acontece, não sei como aconselha-los.
- Não há o que aconselhar, Miranda! – disse em meio a uma fungada – isso não vai durar por muito mais tempo. Esse relacionamento não existe!
- Claro que existe – suspirou – tanto existe que os dois estão sofrendo! – houve uma pausa – não chore, senhorita, tudo irá se resolver.
Dei meia volta até o escritório, peguei a chave do carro e sai em direção ao elevador. Ela chora e diz estar sofrendo, mas durante o dia se enfia com o médico de sua avó, fica toda sorrisos, só sendo muito idiota mesmo.
Enquanto ia em direção a garagem, lembrei do episodio do elevador há um tempo atrás, lembrei da irritação de Anahi e de uma velha amiga, pensando nisso, pensando em me divertir e tirar essa desgraçada da cabeça, liguei para ela.
- Perla – disse enquanto manobrava o carro saindo da garagem
- Alfonso, que surpresa sua ligação, e que prazer recebe-la – respondeu
- Está livre essa noite? – perguntei sem rodeios
- Sempre estou livre pra você, você sabe disso.
- Ótimo. Me encontre no Jacobs Pickles para um jantar.
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Oioi, como estão? Espero que bem 😊
Novamente, me desculpem pelo sumiço, meus dias tem sido uma correria e confesso que não tenho tido tempo sequer para postar.
Tentarei resolver, nem que seja deixando post programados aos finais de semana.
Espero que ainda estejam aqui e que comentem muito, estamos próxima a uma reviravolta e tanto.
Um beijo.
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THE ESCORT
FanfictionOntem quando saí da cama osol caiu no chão e rolou pela grama as flores decapitaram a si mesmas a única coisa viva que sobrou foi eu e eu já não sei se isso é vida.