Capítulo 18

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Alfonso

E mais uma noite, enquanto Anahí dormia o sono dos justos, lá estava eu andando pela casa. E como eu sabia que ela dormia tranquilamente? Eu entrei em seu quarto para checar.

Me senti verdadeiramente mal ao ver que eu havia lhe machucado, mas eu perco o controle e a sanidade quando se trata dessa mulher, porque o prazer que ela me proporciona é na mesma proporção da raiva que ela me causa.

Naquela noite, após me revirar por horas na cama, consegui dormir pouco, tive que acordar cedo e mandei providenciarem roupas para que Anahí tivesse o closet abastecido aqui, tomei um ducha e me preparei para começar a semana, assim que Taylor chegou com as sacolas, deixei as mesmas pessoalmente no quarto dela e não me contive, me aproximei e cheirei seus cabelos que caiam em cascata sobre o travesseiro, o cheiro era uma delícia assim como ela, tentei acorda-la, mas não consegui, então comecei a tossir e funcionou.

Depois de mais uma onda de discussões, consegui convencê-la a ir a empresa comigo, havia agendado um horário para irmos em um laboratório de confiança realizarmos exames, além de ter marcado horário com uma ginecologista para que Anahí inicie o método contraceptivo devido, claro que não disse para que gostaria que ela me acompanhasse, afinal iriamos começar outra briga.

Tomamos café da manhã juntos e observei o quão pouco ela come, incentivei para que comesse mais, mas não funcionou, me peguei pensando se em algum momento ela teria passado necessidade a ponto de não ter o que comer e por isso começou a se prostituir, mas logo dispensei os pensamentos e avisei que precisávamos ir, fomos chamar o elevador, pedi que Taylor deixasse o carro preparado, iria dirigir hoje, mas assim que o elevador chegou, fui surpreendido por uma Perla dentro dele.

- Perla, o que faz aqui? – perguntei assim que vi a mesma

- Bom, eu estava correndo no parque como ontem quando nos esbarramos e pensei, por que não fazer uma visita? – sorriu - Percebi que ainda tenho autorização para subir como nos velhos tempos e aqui estou. Atrapalho? – questionou

- Bem... – Cocei a nuca

Não esperava pelo que viria a seguir, mas diferente de mim que fiquei sem saber o que responder para uma quase ex-namorada, Anahí tinha a resposta pronta na ponta da língua.

- É que nós já estávamos de saída – respondeu– não é querido? – disse me puxando para dentro do elevador – estamos um pouco atrasados hoje

- Perla, essa é Anahí, minha namorada – disse enquanto Anahí apertava freneticamente o botão do térreo – Anahí, essa é uma amiga – falei sentindo meu rosto gelado

- É um prazer, Anahí. – Perla respondeu seca e eu vi Anahí apenas assentir

O elevador demorou o dobro para fazer sua descida, Perla a todo momento me olhava e conhecendo como eu a conhecia, ela queria que eu dissesse algo referente ao comportamento de Anahí, que eu a repreendesse, o que não aconteceria e eu também deixava claro no olhar.

Assim que o elevador chegou ao térreo, não falei nada apenas esperando que ela saísse do mesmo, mas não foi o que aconteceu e Anahí novamente perdeu a paciência, era notável pelo tom de sua voz.

- Perla, não é? – Anahí falou como se não soubesse o nome dela – É sempre de bom tom questionar se a sua presença será bem-vinda naquele dia, horário e ano antes de aparecer na casa das pessoas às 07h da manhã, de toda forma, foi um prazer conhecê-la, agora precisamos ir – disse segurando a porta do elevador para que ela pudesse sair

- Claro. Erro meu! Alfonso, vamos combinar aquele jantar que conversamos ontem – disse sorrindo e apoiando a mão sobre o meu peito. Foi ótimo revê-lo, vê se não some – Perla me deu um beijo no rosto enquanto e saiu do elevador.

THE ESCORTOnde histórias criam vida. Descubra agora