Capítulo 30

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Anahí

Eu estava me sentindo mal comigo mesma, porque sentia que meu corpo estava me traindo, porque ele simplesmente não devia reagir a Alfonso como reage, ele devia ficar como sempre ficava com tantos outros clientes, neutro.

Os sons do meus gemidos para Alfonso eram verdadeiros, assim como os arrepios, o frio na barriga e os orgasmos deliciosos, mas não era pra ser assim, era apenas pra ser obrigação, nunca foi sobre o meu prazer, mas sim o deles, por que justo agora tinha que ser diferente?

Peguei Alfonso me olhando umas duas vezes enquanto conversava com Maite, Ian brincava comigo e também queria se certificar que eu estava bem depois daquilo tudo, mas ali não era lugar pra falar.

Eu gostaria de saber o que se passa na cabeça de Alfonso, queria entendê-lo, mas quanto mais eu me aproximava, mais perigoso se tornava, principalmente porque cada hora ele me tratava de uma forma diferente. 

Enquanto eu me sentava em uma das espreguiçadeira que estavam dispostas em uma espécie de área gourmet, próximo a piscina aquecida, Alfonso camihava em minha dreção, assim que sentei, ele sentou em outra espriguiçadeira ao meu lado e me direcionou o seu olhar.

- tudo bem? - perguntou me analisando 

- sim, tudo! - respondi

- não te encontrei no quarto quando voltei - falou ainda me analisando 

- não tinha porque ficar te esprando, tinha? - questionei levantando uma sonbrancelha - ta tudo bem Herrera, não se preocupe com o meu bem estar - falei deixando de encara-lo

- não estava preocupado - respondeu - Anahí... - chamou - acho que precisamos ficar um pouco mais juntos, não quero que Maite desconfie de nada - Alfonso falou isso levantando e se juntando a mim na espreguiçadeira, me puxando para o seu colo e acariciando meus rosto enquanto olhava em meus olhos - além disso, não quero você solta por ai - Gargalhei no colo de Alfonso que me apertou com força

- Você é hilário, Alfonso - respondi - eu não estou solta. Eu estou dentro da sua casa, querido, o que acha que eu vou fazer? Hein? - perguntei apertando seu rosto fazendo com seu formasse um biquinho, biquinho que acabei selando

- você não vai fazer nada e nem ouse em tentar - respondeu retribuindo o selinho e encarando os meus olhos - vamos sair pra jantar hoje - falou de repente 

- onde você pretende me levar, Herrera? Acabou de dizer que não me quer andando por ai, você está se tornando incoerente - respondi deitando a cabeça em seu ombro

- É, eu estou - falou pensativo - apenas esteja pronta às 20h. 

Alfonso ficou quieto, muito quieto, mas não me tirou de seu colo, tão pouco fez menção de se levantar, muito pelo contrário, ele acariciava minha cintura lentamente, em um gesto mínimo de carinho, o que fez com que eu me aninhasse ainda mais em seu colo.

Percebi que meu coração batia acelerado, eu estava nervosa e confusa, mais uma vez me peguei tentando entender Alfonso,  e mais uma vez falhei miseravelmente, dúvidas pairavam sobre minha cabeça a todo momento, o sentimento perfurando meu peito como nunca antes e uma única certeza se formava em meu coração, talvez fosse cedo demais, talvez fosse arriscado demais, mas eu sabia o nome, de qualquer forma, era algo que jamais poderia ser dito em voz alta e apenas o meu coração apertado seria capaz de sentir. 



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