Alfonso
De novo.
Eu sabia que seria inevitável transar com Anahí e tudo bem, apesar dos pesares, nossos corpos se comunicavam muito bem e nossa, era bom, com raiva era melhor ainda, mas eu não podia perder o controle como estava acontecendo.
Depois de transarmos eu saí de perto, porque eu não consigo aceitar que o prazer que aquela maldita me proporciona, ela proporciona para todos que estejam dispostos a pagar tão bem como eu vinha fazendo.
Sai de perto dela e fui direto tomar um banho, vesti uma calça de moletom e voltei para a sala, peguei um copo de whisky e vi que não havia sinal dela, ela não tinha como ir embora e caso tentasse, eu já teria sido avisado, então peguei meu drink e fitei através da vidraça New York e seu entardecer, tentei de todas as formas desviar a minha atenção do que tinha acontecido, mas não conseguia e o pior, havíamos transado sem camisinha.
Onde diabos eu estou com minha cabeça? Transando com uma prostituta sem camisinha.
Virei minha bebida toda de uma única vez e fui até o quarto onde imaginei encontrá-la, abri a porta pronto para iniciar uma nova guerra, mas ela estava enrolada em um roupão e dormia encolhida, caminhei próximo a ela e vi que seu lábio estava inchado, dei a volta e puxei a coberta cobrindo-a e sai do quarto.
Fui para o escritório e tentei me afogar em trabalho, mas nada prendia minha atenção, nada conseguia tirar aquela diaba da minha cabeça.
Troquei novamente de roupa e sai, dando ordens expressas para que Taylor e meus seguranças não deixassem Anahí sair na minha ausência, coloquei meus fones e iniciei a corrida no central park, era quase fim do outono, já estava escuro e fresco.
Corri durante 30 min continuamente, sentia minhas ideias clareando e meu corpo relaxando, mas parei assim que senti mãos em meu ombros, olhei para trás e ela estava sorrindo
- Herrera, quanto tempo - falou em meio a um sorriso
- Perla - sorri - realmente, faz algum tempo. Como está? - perguntei tirando os fones
- Muito bem. Bom, demorei um pouco a ficar realmente bem, mas agora estou ótima e você? - perguntou
- Estou bem. Quanto aquilo, espero que não se ressinta, mas não tínhamos como dar certo, você sabe - falei olhando-a
- Claro que sei. Afinal, não é fácil ser apaixonada sozinha - falou sorrindo - mas não há ressentimento aqui. Amigos? - perguntou apontando a mão parra que eu pudesse apertar
- Amigos. - respondi com um aperto de mãos
- Me conte, como está a vida? Está com tempo? - perguntou educada
- Ah, tudo como sempre, vivendo na correria - respondi
- E namorando? - perguntou rapidamente
- Oh, na verdade sim - respondi sem jeito - podemos jantar qualquer dia desses e irei apresentá-la. Você tem meu número.
- Claro, Alfonso. Foi ótimo te encontrar! - disse abraçando-me, me deixando sem opção além de corresponder.
Nos despedimos e eu perdi toda a mínima calma que havia conseguido, já que Perla era uma das minhas transas fixas e a mais pé no saco. Chata, porém gostosa.
Voltei caminhando para casa e só conseguia pensar e pedir mentalmente que ela não voltasse a ser uma pedra no meu sapato, já que ela sempre quis ter mais do que eu pudesse dar.
Assim que sai do elevador e voltei a cobertura, avistei Anahí envolvida no mesmo roupão de mais cedo, ela estava de costas e olhava a cidade, assim como eu tinha o hábito de fazer.
- Preciso que faça um exame – falei sem ter sua atenção
- Só marcar – respondeu
- Estou falando de um exame de DST – falei novamente tentando ganhar sua atenção, o que foi em vão – nós transamos sem camisinha
Anahí finalmente olhou para mim, seu lábio estava inchado e ela aparentava estar cansada
- Tudo bem. É só marcar! – falou em meio a um sorriso forçado – engraçado você só lembrar disso depois de termos transado sem camisinha, mas só para refrescar sua mente não é só com penetração que se pega DST. Ontem você me chupou, não sei se consegue ser capaz de lembrar. Além disso, você vem me beijando algumas vezes e nem parece se importar, seguimos trocando fluidos – ela sorriu - e pra fechar com chave de ouro, hoje você entrou em contato com meu sangue, quando fez o favor de fazer essa merda aqui – falou apontando para a boca – se você faz tanta questão de um exame, eu te dou, mas lembre-se de todas as possibilidades de pegar uma doença. - Anahí estava prestes a fazer o caminho de volta para o quarto, quando retornou aonde estávamos – e da próxima vez que você me machucar desse jeito, cuidado para não acabar tendo seu lindo rostinho todo arranhado.
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Oioi, pessoal. Tudo bem? Espero que sim 😊
Voltei, finalmente e estou de férias, o que significa que conseguirei voltar com as postagens em dia.
Espero que estejam gostando, comentem para que eu saiba e curtam a fic.
Um beijo.
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THE ESCORT
FanfictionOntem quando saí da cama osol caiu no chão e rolou pela grama as flores decapitaram a si mesmas a única coisa viva que sobrou foi eu e eu já não sei se isso é vida.