Capítulo 62

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Anahi

Iniciei a noite desejando apenas parabenizar Alfonso, era só isso, não precisava falar mais nada, mas aqui estava eu, sozinha, chorando, enquanto via ele voltar para a maldita premiação acompanhado. No fundo sabia que não era de todo ruim, estava com raiva no momento, mas a interrupção foi boa para evitar que qualquer outra coisa tivesse acontecido, qualquer outra coisa que fizesse com que nos arrependêssemos depois. Voltei para o resort com uma mistura de frustração e alivio tomando conta do meu corpo, desejando mais do que nunca que tudo isso acabasse logo e que eu voltasse para a minha vida.

Ao chegar ao quarto, pensei em ligar para Dulce, com certeza ela teria algo para me dizer e ajudar a colocar ordem na minha cabeça cheia de caramiolas, mas era tarde, e eu sabia que Dulce, apesar de ser minha melhor amiga, não era meu suporte emocional 24h para que eu despejasse tudo aquilo sobre ela, ela também tinha os problemas dela para cuidar. Deixei o celular de lado e fui ao banheiro, tirando toda a maquiagem, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo alto e me permitindo tomar um banho frio, depois, vesti minha camisola e me deitei, porém mesmo de olhos fechados e pronta para dormir, minha mente rodava sem parar, me fazendo virar várias vezes na cama de um lado para o outro tentando encontrar a paz, que eu claramente não encontrei.

Desisti e me levantei, caminhando para a sacada, do alto, conseguia ver o mar calmo, desejando que aquela tranquilidade me invadisse e tirasse todo esse turbilhão de sentimentos de mim. Não sabia que horas era e ao checar no meu celular, meus olhos caíram sobre a foto da tela de bloqueio, lá estávamos eu e Nate em uma viagem à Grécia, que ainda estava ali como tela de bloqueio. A imagem era um lembrete neon me dizendo que no meio disso tudo ainda havia minha questão/divórcio com Nate para ser resolvida.

Com o pensamento martelando, voltei para a cama e, sentindo o peso de tudo que estava acontecendo, derramei algumas lagrimas até que finalmente pegasse no sono, que não durou muito, já que foi interrompido com batidas fortes na minha porta me despertando.

Sonolenta, levantei-me e abri a porta apenas para dar de cara com Alfonso que me encarou como se tentasse me desvendar, dei passagem para que ele entrasse, sabia que no final, ele estava tão mexido quanto eu, ele se aproximou, fazendo um carinho suave em meu rosto, tentando dizer algo que naquele momento não me importava, porque eu só queria fazer algo desejávamos desde mais cedo, e por mais que eu negasse, era sim o que eu queria também. Sem deixar que ele dissesse mais nada, fiz com que nossos lábios se encontrassem em um beijo ardente, como se o desejo reprimido de anos e as dúvidas que giravam em minha mente fossem silenciados bem ali, naquele instante.

As mãos de Alfonso passeavam pelo meu corpo e quando dei por mim, estavamos deitados sobre a cama, o peso do seu corpo pressionando o meu, assim como a ereção evidente em sua calça. Alfonso desceu os beijos para o meu pescoço, enquanto suas mãos passeavam pelas minhas coxas, onde ele apertava as mesmas com vontade. Os corpos se reconhecendo, os toques saudosos

Sem que disséssemos nada, desabotoei sua camisa, sem perder o contato visual que fazíamos e empurrei as mesmas pelos ombros de Alfonso, deixando os músculos a mostra. Alfonso voltou a me beijar, e eu rolei para cima dele que sorriu de forma sacana, ao sentir minha boceta roçar sobre sua ereção ainda presa em sua calça.

Levei as mãos ao cinto de sua calça, desabotoando o mesmo e com o auxilio dele, tirei a cueca e a calça de uma vez só e sem que houvesse qualquer troca de palavras, encachei seu pau em minha boceta que estava muito molhada, fazendo que ele entrasse fácil, o contato foi gostoso, como já havia sido anos atrás. Enquanto cavalgava, Alfonso puxou minha camisola, deixando meus seios expostos e abocanhando cada um deles com cuidado, ele mordiscava e chupava ao mesmo tempo, me fazendo sentir um tesão que há tempos não sentia.

Rodamos outra vez e ele ficou por cima, estocando cada vez mais fundo dentro de mim, ele beijava minha boca com gana, como se a vida dele dependesse daquilo e sem aguentar prolongar o prazer que estava sentindo, com tantos estímulos, já que enquanto estocava, Alfonso brincava com meu clitóris, gozei pela primeira vez aquela noite, gemendo alto ao sentir o tesão tomar conta.

Alfonso, por outro lado, mal esperou que eu gozasse e me virou, me deixando de quatro apenas para entrar em mim de novo, ele deu um tapa estalado em minha bunda enquanto me chamava de gostosa e em seguida, puxou meu cabelo, fazendo com que minha cabeça virasse para olha-lo

- eu quero que você me veja te foder! – falou enquanto metia rápido

Novamente, por todo estimulo e por todo tesão, gozei, contraindo minha boceta ao redor do pau dele e senti ele apertar minha cintura forte e empurrar ainda mais fundo, gozando em seguida.

Caímos os dois sobre a cama, as respirações aceleradas era somente o que se ouvia naquele quarto, assim como meu coração, mas era só inicio de uma noite inteira de sexo.

.

Na manhã seguinte, despertei primeiro, dormia nua e abraçada a Alfonso que também estava nu em minha cama. Fazendo um malabarismo, consegui sair da cama sem acorda-lo e ao levar observei sua feição relaxada dormindo. Era inegável que ele era bonito, pensei.

Caminhei até o banheiro e tomei um banho me preparando para mais um dia de convenção, depois de pronta, peguei o celular sobre o móvel ao lado da cama junto com minha bolsa e um bloco de anotações e caminhei silenciosamente até a porta, pensando que escaparia sem acorda-lo, mas, sendo surpreendida já na porta, quando ouvi sua voz suave

- está saindo de fininho, Anahi? – perguntou, sorrindo, mas com um vinco de dúvida em sua testa

- não – respondi – quer dizer, sim. Estou atrasada – justifiquei

- ainda não são nem oito da manhã – falou sem sequer olhar para o relógio, sentado na cama, encostando na cabeceira – não acha que de repente seria bom conversarmos?

- sim, seria – suspirei – e acredite, sei que temos que conversar, mas agora eu tenho que ir – respondi tentando aliviar a tensão que se formava – podemos conversar à noite, se você quiser

- tudo bem – Alfonso respondeu assentindo, mas pude ver que ele queria mais do que as respostas que eu havia dado.

Aquela conversa estava só começando e eles sabiam disso. 

THE ESCORTOnde histórias criam vida. Descubra agora