CAP. 3 - Sonhos Corrompidos

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Eu estou correndo em meio a floresta, meus pés estão descalços, sinto a terra e a grama úmida grudarem em minha pele ao pisar no chão... Meus cabelos voavam com o vento molhado e as gotículas de água batendo em meu rosto, sentia-me livre ali, mas não sabendo o motivo pelo qual corria.

Avisto um enorme lago ao longe, as águas pareciam ser escuras, assim como a cor das árvores, verdejante escuro. Após vê-lo, aproximo-me mais até a sua beirada, ainda correndo... Entretanto quanto mais eu me aproximo, uma silhueta forma-se em sua borda cheia de pedras...

Estava ficando escuro, parecia que quanto mais eu corria em direção ao homem em pé nas margens do lago, mais lenta eu ficava. Com muito esforço chego atrás do homem, o qual usava um moletom branco, parecendo sujo por algo, não dando para ver o que era... Não conseguia ver os seus cabelos e nem sua face, pois o mesmo usava um capuz que encobria toda a sua frente.

- Olá..?

Falo enquanto toco as suas costas, pareciam vir risadas baixas de seus lábios... No mesmo instante em que o encosto, ele vira repentinamente... E a última coisa que vejo são enormes olhos azuis me encarando enquanto uma gargalhada explode ao lago. 

...

Acordo quase pulando da cama, erguendo o meu busto para frente, parecendo que levei o maior susto da minha vida em apenas um pesadelo idiota. Eu estava suando frio, passo as mãos por meus cabelos brancos, tentando cessar aquela sensação estúpida... Porém ao encarar a minha frente, havia um vulto observando-me. 

Arregalo os olhos em meio a escuridão do quarto, não podendo ver direito o que era aquilo, mas agora eu sabia que era o corpo de alguma pessoa! Acendo a luz do abajur ao lado da minha cama, ao olhar novamente para aquilo em minha frente, nada mais estava ali...

Eu havia delirado por causa dos meus sonhos? Talvez eu não tivesse acordado completamente... Mas logo em seguida ouço o trovão emergir do lado de fora, fazendo-me mirar na pequena sacada em um dos cantos do meu quarto, a qual estava totalmente aberta, fazendo as cortinas voarem com algumas gotas de chuva entrando com o vento forte.

Levanto-me rapidamente e vou até a beira da sacada, observo toda a floresta abaixo, mesmo não podendo ver muitos detalhes, pois ainda estava um breu. Respiro fundo, pensando que minha mente poderia ser uma arma mortal as vezes, fazendo-me criar cenários imaginários com aquele vulto o qual eu virá ontem ao entardecer. 

- Deus

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- Deus... Está frio e de noite... E eu ainda tenho que passar por isso...

Passo as minhas mãos sobre os meus olhos novamente, indo em direção a porta da varanda. Desta vez eu a tranco, passando uma enorme tábua de madeira como bloqueio em seus suportes que eram feitos para isso, colocando em seguida a chave na mesma e trancando-a.

Olho em meu celular e ainda eram três horas da madrugada... Nunca acordei nesse horário e principalmente por causa de pesadelos assim. Recosto a minha cabeça nos travesseiros, socando o meu rosto entre eles e desejando não sonhar com aquilo novamente...

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora