Jeff The Killer & A Garota Da Cabana

CAP. 60 - Aceitação

Notas da autora:

Só tenho uma coisa a dizer: Meu Deus, capítulo 60!

------------

Jeff:

GAROTA DE MERDA, INFELIZ, VAGABUNDA, FILHA DA PUTA!

COMO UMA PORRA DESSAS ACONTECE?!? PUTA MERDA, ISSO NÃO FAZ NENHUM SENTIDO!

SOU VENCIDO POR UMA MALDITA LUZINHA DO CÉU! Não, isso não iria ficar assim!!

Eu iria fazer aquela mulher pagar por isso... Se não fosse por ela clamando para seja lá o que for aquilo, eu não estaria com essa coisa ardendo em meu peito!

Merda... Consigo ver até os ossos quando olho para o ferimento no espelho...

Seja lá qual for meu objetivo nesse maldito mundo, por algum motivo ainda estou aqui e não vou ir embora agora!

Não por causa de uma crença de uma orfãzinha infeliz. Isso não vai me parar.

Escuto várias batidas repentinas e incessantes sobre a porta de uma só vez.

- JEFF! Deixe-me entrar! Posso te ajudar com isso, tenho curso técnico em enfermagem! Por favor...

- VÁ A MERDA JUNTO COM A LUA!

Garota teimosa... Eu não preciso de ninguém! Eu sou muito mais do que ela pode imaginar... E lendas não morrem assim!

Droga... Isso estava muito feio, não posso negar... Mas se fosse qualquer pessoa no meu lugar já estaria morta sem pensar duas vezes.

Já havia muito sangue o qual eu estava perdendo a cada segundo... Claro, não teria como saber os limites do meu corpo, mas não queria testa-los tanto assim...

- Por favor, Jeff! Não quero insistir mais nisso...

Passo meus dedos por meus olhos, suspirando fundo deixando aquela raiva me consumir por inteiro.

- ENTRA LOGO, PORRA!

Luna abre a porta, suas mãos estavam tremendo e isso me divertia um pouco...

- T-trouxe alguns recursos de urgência...

Ela estava com uma pequena maleta transparente em mãos, com vários itens medicinais dentro...

- Acha que dá conta disso?

Dou um grande sorriso em sua direção, mostrando o imenso machucado em meu peito.

- Sim.

Garota insistente... Vamos ver se ela realmente é boa nisso.

- Na cama.

Falo apontando com a cabeça para fora do banheiro, fazendo-a ir em minha direção.

- Eu te levo até lá!

- Fique longe.

Afasto Luna com minha mão livre, não suportava nenhuma dessas merdas agora. Tento ignorar a dor que estava se abrindo em meu tórax e ando lentamente até o colchão.

- Vamos logo com isso.

Deixo o meu peito exposto, com os meus braços apoiados nos lençóis amassados.

- Ok...

Ela abre aquele recepiente em suas mãos, deixando-o ao meu lado na cama...

Vejo-a pegar um enorme pedaço de gaze, com um recipiente transparente de vidro.

- Isso é soro fisiológico... Talvez vá arder um pouco... E é tudo o que tenho agora.

Foda-se se iria arder ou não, apenas queria estancar logo essa droga.

Sua mão aproxima o pedaço de pano do meu peito, passando em volta do buraco... Realmente, ardia pra caralho.

Mas apenas conseguia ficar encarando-a enquanto me segurava para não matá-la ali mesmo.

- Como você.. Ainda está respirando após isso..... Atravessou o seu peito!

Seu olhar estava horrorizado enquanto observava detalhadamente o meu corpo...

- Já sofri muitos ferimentos mortais, garota... E em nenhum deles eu morri.

- O que você é, Jeff....

- O próprio demônio salva a si mesmo.

Ela nada mais diz, como se aceitasse aquele fato... O mundo era um lugar realmente misterioso às vezes.

- Vou enfaixar o seu peito... Mas terei que refazer o curativo daqui algumas horas.

- Se você diz...

- Jeff...

- O que foi, porra?

Ela apenas aproxima o seu rosto do meu, o qual já estava na minha frente após encobrir metade do meu busto, dando-me um selo demorado...

- Eu nunca iria querer perder você... Obrigado por tentar me proteger, mesmo que tenha sido do jeito mais grotesco possível...

Lanço um sorriso em sua direção... Por incrível que pareça, seus beijos me acalmavam naquele maremoto noturno...

- Traga o meu moletom...

- Está bem..

Ela rapidamente vai até o banheiro e tira a minha roupa de cima da pia, o sangue espalhado pelo tecido era a minha marca registrada já se faziam anos...

Pego de suas mãos e coloco sobre meu corpo, o tecido estava úmido após eu tê-lo jogado na pia... Porém não queria que ela visse mais daquilo, apenas precisava esquecer que essa porra no meu peito existia...

- Boa garota...