CAP. 103 - Invasão

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- C-claro..

Respondo tamborilando os dedos na mesa... Não queria que pensassem que eu era uma criminosa, mas estava difícil de deter a minha ansiedade.

R. - Sabemos quem a senhorita é e que se mudou a quase cinco meses com o seu pai para cá... O que motivou vocês a virem morar aqui?

- Bem, foi a realização de um sonho para nós, sair da cidade e ir para um lugar tranquilo e afastado... Foi o que minha mãe desejava antes de falecer.

Um lugar afastado realmente era... Mas a tranquilidade acabou um dia depois que chegamos.

R. - Ótimo, vocês estão se mantendo aqui com qual dinheiro?

- Ah, com o dinheiro da herança que minha mãe deixou... É o suficiente para uma vida. Minha avó também concordou em ajudar caso necessário, mas não será.

R. - E quanto ao seu pai, Ethan... Aonde ele está agora?

- Em uma viagem de negócios em outro estado.

R. - Viagem de negócios? Aqui diz que ele se aposentou quando sua mãe morreu.

- S-sim, mas foi um caso em especial que precisaram chamá-lo como um pedido de confiança... Ele era o melhor advogado...

R. - Entendo... Você tem o telefone dele para nós ligarmos?

- E-eu posso passar, mas será difícil ele atender agora.

R. - Ok, depois nós veremos isso. Agora vamos a assuntos mais sérios, senhorita.

Meu corpo já estava suando frio naquela mesa...

R. - Houveram denúncias do vilarejo local, Malta, quanto a um assassino que provavelmente vive nesta região. Existem provas que ligam você a ele.

- Senhor, eu não conheço..

R. - Ainda não acabei. Você foi vista com esse suspeito em uma feira da cidade e no hospital, entrevistamos algumas testemunhas que comprovam isso. E junto a este caso, você e um homem de moletom branco ameaçaram um casal de idosos que havia perdido o filho recentemente, estando desaparecido.

- Eu me lembro deste casal.

R. - E você sabia que eles estão mortos há semanas?

- N-não! Eu não sabia...! Meu Deus...

R. - O homem que estava junto de você ameaçou eles na frente de todos e confessou ter matado o filho deles, por fim você o seguiu para o estacionamento abaixo da feira. Qual a sua relação com este homem?

- E-ele é.. O meu namorado.

R. - Acho que já está mais do que comprovado de que você tem extrema ligação com os fatos ocorridos. Mas ainda assim, temos mais provas...

- Eu juro que não fiz nada!!

R. - De qualquer forma você é uma cúmplice, a não ser que esteja sendo forçada a viver aqui, mas não é o que parece... Seu "namorado" matou dois colegas meus no hospital local, arrancou a orelha de um médico e deixou uma enfermeira apagada no chão. Achamos que ele é responsável por mais de 200 assassinatos de turistas desaparecidos e estamos pertos de descobrir isso...

- Vocês não tem motivo para fazer algo contra mim! Eu não fiz nada contra ninguém!!

W. - Apenas cale essa boca antes que eu te algeme antes da hora sua vagabunda assassina!

O outro policial diz com a voz alterada, socando a mesa em seguida e apontando seu dedo para mim, fazendo-me dar um pulo na cadeira.

R. - Ainda temos que inspecionar esse lugar... Mas me diga, você levou um tiro no ombro e ainda quebrou as costelas... Além de outros ferimentos. Você talvez possa ser uma vítima disso tudo ou é burra o suficiente para conviver com um maníaco ao seu lado?

Fico calada por alguns segundos, tentando não responder a coisa errada, mas que para mim parecia tão certa...

R. - Algeme ela, William... E traga-a junto para a inspeção.

- Por favor, não precisam me prender!

W. - Feche essa boca.

Minhas mãos ficam presas atrás do meu corpo enquanto eu era empurrada para a sala, vendo o policial Roger chamar os outros dois do carro, que também entram na casa e começam a revirar a sala...

Aquele lugar já havia virado uma zona, gavetas viradas, armários com objetos jogados ao chão, até mesmo a geladeira estava arregaçada...

R. - Faltam os quartos dos fundos do primeiro piso, depois vamos para o segundo.

Sou arrastada para a lavanderia perto do quarto de Jeff, reviram o local mas não acham nada... Até entrarem no quarto dele.

R. - Mas o que é isso..?

Um dos policiais pega a arma e da um tiro no cadeado do guarda-roupa de Jeff, fazendo-me abaixar a cabeça em seguida com o susto.

Até eu arregalo os olhos quando vejo o que havia dentro do guarda-roupa.

W. - Que merda é essa?!?!

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora