CAP. 90 - Bala Presa

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? - Luna.. Acorde.

Abro os meus olhos com um homem dando pequenos tapinhas em minha mão... Por quanto tempo eu havia dormido?

? - Vamos levar você para a sala de Raio-X, precisamos que você fique acordada, será rápido.

- Eu conheço o senhor...

Era o mesmo médico que havia cuidado de mim alguns meses atrás...

? - Sou o único médico desse hospital minha querida, mas também não me esqueci de você.

Nunca havia perguntado o seu nome, mas pela primeira vez eu vi um nome grudado em um crachá que estava dependurado por seu pescoço, Dr. Ethan Heelsing.

- Você tem o nome do meu pai...

E. - Soube que se mudou com ele para a cabana, como ele está? Quer que nós o notifiquemos?

- Não... Ele está ocupado com uma viagem de negócios, não quero preocupa-lo...

E. - Claro, chegamos.

Logo em seguida a enfermeira que estava junto, a mesma que estava na recepção, retira o pedaço de pano do meu braço, fazendo-me soltar alguns gemidos de dor.

? - Parece bem inflamado...

- Qual o seu nome?

S. - Pode me chamar de Susan.

Fico parada sobre a mesa metálica enquanto ela se retira, a sessão foi rápida e em seguida me colocam sobre a maca, mas ainda não haviam dito uma palavra.

E. - Luna... Metade da bala ficou presa no seu ombro, teremos que tirá-la o quanto antes pois está infeccionando rapidamente.

- E como isso será feito?

E. - Vamos dar uma anestesia para você não sentir dor, mas será um procedimento um tanto lento até acharmos a bala e retirá-la, está bem fundo em seu ombro.

- Então... Seria uma pequena cirurgia?

E. - Podemos considerar.

Então metade da bala havia atravessado e pego no homem atrás de mim... Outra metade havia ficado presa em meu ombro, que azar...

E. - Leve ela para a sala de cirurgia, já estou indo para aplicar a anestesia.

S. - Está bem, vamos lá garota.

O médico segue outro rumo pelo corredor enquanto Susan me leva para uma nova sala, mas a escuto suspirar, como se estivesse prestes a falar algo.

S. - Vamos chamar a polícia para você prestar queixa disso.

- Não sei se resolveria algo.

Minhas mãos começam a tremer apenas com a ideia de envolver a polícia com Jeff.

S. - Pelo menos ficaria registrado que existe alguém perigoso naquela região, você foi a única pessoa que sobreviveu para contar a história.

- Como assim a única..?

S. - Garota... Vários turistas, visitantes, aventureiros vem para esse vilarejo durante o ano... E a maioria não resiste em entrar na floresta para fazer trilhas.

- Mas se vocês sabem que existe alguém lá, por que não os impedem??

S. - Nós temos medo do que quer que esteja lá dentro desconte sua raiva em nós, caso essas pessoas não vão para lá.

- Mas alguém já deve ter notado isso! A família dessas pessoas já devem ter ligado para a polícia investigar!

S. - Sim... Mas as investigações nunca deram em nada... Os próprios polícias somem naquela floresta. Deus, não sei como você ainda está viva morando lá.

Já estávamos na sala de cirurgia, mas o doutor ainda não havia chego...

- Então não vai resolver nada eu dar queixa.

Tento convence-la que seria uma péssima ideia pelos históricos passados com a polícia.

- Não quero envolver mais mortes nisso.

S. - Você.. Tinha um "namorado", não é? Onde ele está?

- Ah... Ele não estava aqui quando isso aconteceu... Mas tenho que ligar para ele o quanto antes.

S. - Entendi... Ele veio junto com você da sua antiga cidade?

Essa mulher estava se intrometendo demais aonde não devia!

- Sim... Namoramos a alguns anos.

S. - Sabe, eu era muito amiga de uma senhora comerciante da vila... Ela me contou que apenas você e seu pai haviam se mudado para cá.

- Ele se mudou depois.

E. - Está pronta?

A voz do médico passa pela porta, com uma maleta transparente em mãos. Ao menos agora essa mulher iria parar de se meter na minha vida!

- Sim.

E. - Então vamos começar...

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora