CAP. 46 - Soco Ferido

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Tudo parecia mais tranquilo do que o normal

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Tudo parecia mais tranquilo do que o normal... Eu estava inquieta em meu lugar enquanto nos aproximavamos da cabana, mas Jeff apenas mexia o músculo das mãos enquanto dirigia. Nem os olhos ele sequer piscava.

Consigo ver ao longe da estrada de terra um esboço da cabana, mas ainda com as madeiras em frente as entradas e janelas, além das lonas pretas jogadas sobre as vidraças...

O clima estava nublado, deixando a neblina tomar conta das árvores em volta de nós, sendo difícil de enxergar algo em meio a cerração.

Jeff estaciona o carro em frente a porta de entrada, mas ela ainda estava impedida por algumas madeiras pregadas a ela...

- Jeff, como vam....

Quando viro para Jeff, apenas vejo sua mão fechada indo em direção a minha face, após isso eu apago completamente...

....

Abro os meus olhos com uma dor latente em minha cabeça... Vejo com o borrão em minha visão que estava em meu quarto com um cobertor bege sobre mim...

- Mas que droga....

Falo enquanto passo minha mão sobre o meu rosto... Doia bem próximo ao maxilar, Jeff havia me nocauteado sem problema algum.

Escuto alguns barulhos no primeiro piso, mas eu não poderia ir lá conferir o que era, estava com medo de dar algum passo em vão...

Mas os passos pareciam correr pelo piso, logo subindo as escadas e indo em direção a porta do meu quarto. A porta abre-se lentamente, com a silhueta de Jeff entrando em seguida...

- Bom dia...

Ele anda e dá a volta sobre a minha cama, deitando do seu lado convencional de sempre...

- Oi...

Continuo encarando-o mas ele parece não ligar muito pelo incômodo que meus olhos lançam sobre ele.

- Precisava ter feito aquilo??

- Não... Mas foi divertido.

Avanço minha mão sobre o seu rosto, mas ele a segura no mesmo instante.

- Acordou sem noção alguma?

- Com a força do soco que você me deu, quem sabe eu não tenha perdido ela!

Jeff solta alguns risos enquanto força minha mão sobre a cama, fazendo-me deitar outra vez... Eu estava praticamente presa por seus braços, logo percebendo que metade do seu corpo estava sobre mim...

- Como você pode gostar dessa coisa na sua frente?

Ele pronuncia com a voz baixa, praticamente sussurrando para mim... Com certeza o soco que ele havia me dado havia diminuído drasticamente os meus sentimentos por ele...

- Você.. Cuidou de mim...

- Então.. Você gosta que eu tome conta de você?...

Ele fala aproximando o seu rosto mais ainda do meu...

- Sim...

Jeff encosta os seus lábios em minha boca, mas não era um beijo calmo, parecia até mesmo que ele iria me devorar... Suas mãos deslizavam por meus seios, quase rasgando a minha blusa...

- Fiz algo para você...

Ele fala saindo de cima do meu corpo e indo como um vulto até a porta do quarto e descendo as escadas. Escuto os passos novamente em direção ao quarto e Jeff entra com uma bandeja média em mãos...

Havia um café sobre uma jarra pequena, com uma xícara ao lado, torradas bem "tostadas" ao meio com um pequeno pote de margarina junto a elas...

- Nossa...

- Não diga nada.

- Mas..

- Nada.

Ele fala em um tom um tanto sarcástico, mas eu já entendi que ele não queria ser diminuído por demonstrar ser cuidadoso comigo...

Apesar das torradas estarem praticamente pretas, Jeff já havia feito demais em trazer o café até o quarto... Ele senta sobre os pés da cama enquanto eu como as torradas espatifadas de margarina para tentar disfarçar o gosto.

- Está... Muito bom...

- Você mente mal pra caralho.

Dou de ombros e continuo comendo, tudo era melhor do que aquela comida do hospital.

Começo a observar o quarto enquanto como, a sacada estava trancada outra vez, porém com muito mais madeiras do que antes... Olho para a cômoda ao meu lado e vejo um pequeno relógio digital que não lembrava de ter...

- Jeff, esse relógio não estava na cômoda do hospital?

- Não está mais.

Ele fala lançando um sorriso desconcertante para mim, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- E quanto aos remédios que preciso tomar?

- Estão na sua mochila, você só vai precisar tomar amanhã.

- Ok...

Ele estava me encarando o tempo todo comer aquilo, era um tanto perturbador.

- Você quer um pedaço?

Falo apontando a torrada para ele. Jeff apenas segura a torrada sem problema algum e coloca em sua boca, fazendo uma cara horrível enquanto mastiga.

- Puta merda, pode parar de comer isso se quiser...

- Até que dá pra aguentar com bastante manteiga.

Falo lançando um sorriso para ele e continuo comendo, acho que minha fome era maior que tudo.

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora