CAP. 25 - Jogador Ensaguentado

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Acordo, olho para os pés da cama, mas finalmente Jeff não estava encarando-me como uma assombração... E foi assim por mais três dias.

Nenhum sinal de Jeff, apenas em meus pesadelos... Eu não poderia mais ficar sem comida, nenhum barulho vinha do primeiro piso, já estava pensando que ele poderia apenas ter me deixado aqui para morrer.

Estava cogitando na ideia de fugir pela sacada, amarrar algumas cobertas e torcer para essa infame ideia dar certo... Queria pelo menos pegar alguma comida no primeiro andar, meu estômago estava me matando.

Prendo cinco cobertas longas umas nas outras, fazendo um nó na madeira da sacada, firmando o começo. Só de olhar para baixo o meu corpo já arrepiava-se... Eu não era grande fã de altura.

Ok... Eu já estava de joelhos na varanda, coloco os meus pés para fora e começo a descer... O dia já estava acabando, mas daria ao menos para pegar a comida.

Sinto meus pés tocarem na terra úmida, dou um pequeno pulo ao chão e vou em direção a porta principal um tanto escondida.

Quando a vejo, não estava mais dilacerada ao chão... Ela havia sido consertada! E eu estava fechada pelo lado de fora...

Dou a volta em torno da cabana com a esperança do quarto onde meu pai dormia ainda estar com as janelas abertas... E estavam.

Não era uma distância tão grande assim da superfície, consigo me arrastar sobre ela e jogar o meu corpo no chão do quarto. Mas haviam coisas diferentes ali... Tinha uma guitarra sobre a cama desarrumada e algumas blusas jogadas ao chão... E uma delas eu reconheci perfeitamente, o moletom "branco" de Jeff.

O quarto estava com um cheiro estranho e até mesmo alguns posters surrados de bandas de rock sobre a parede... Esse com certeza não era mais o quarto do meu pai.

Abro a porta e vou em direção ao corredor que daria para a cozinha

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Abro a porta e vou em direção ao corredor que daria para a cozinha. Alguns armários estavam escancarados, os cereais estavam sobre a mesa, quase acabando... Pego uma nova sacola e coloco o que vejo pela frente.

Abro a gaveta de talheres e pego uma faca apenas por segurança... Ando silenciosamente até a sala para abrir a porta principal, mas deparo-me com uma cena inusitada sobre o sofá...

Jeff estava todo ensaguentado, com o controle do PlayStation em mãos, a TV estava ligada enquanto ele jogava... Eu havia congelado vendo aquela situação.

Jeff encara-me logo em seguida, dou pequenos passos para trás ao ver que ele largou o controle e estava vindo em minha direção

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Jeff encara-me logo em seguida, dou pequenos passos para trás ao ver que ele largou o controle e estava vindo em minha direção... Droga, parecia que ele tinha levado um banho de sangue!

- Nem pense em correr...

Paro de andar para trás, pois era isso o que eu iria fazer... Ele fica frente a frente comigo, muito mais alto do que a mim, intimidador...

Ele segura o meu pulso e puxa o meu corpo enquanto anda, jogando-me contra o sofá. Olho o lugar e estava um lixo... Até mesmo um dos sofás estavam virado e jogado contra a parede.

Jeff apenas senta na poltrona e continua jogando como se eu não estivesse ali, dando-me um ódio repentino.

- Acabei de chegar do trabalho... E pelo jeito na hora certa.

- T-trabalho?

Ele começa a rir com a minha pergunta, eu realmente não deveria ter feito-a, pois a resposta já era óbvia.

- Quais eram os seus planos? Pegar um pouco de comida e lançar a sorte em meio a floresta?

Não o respondo... Apesar de ser exatamente isso. Encolho as minhas pernas no sofá e tento não ligar para o seu sarcasmo.

- Seria um prazer te pegar, coelhinha...

Olho para ele, vendo-o largar o controle e ir em minha direção no sofá... O jeito que ele estava dava-me um medo bizarro...

- Talvez eu precise de um banho, vamos para o seu quarto.

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora