Havia uma enorme tempestade além da janela, as gotas batiam com força junto ao vento, estava quase anoitecendo e parecia estar muito frio lá fora.
Jeff estava sentado no sofá, mas seu corpo estava molhado, com manchas grandes de sangue que espalhavam-se por seu corpo na água que escorria.
Ele havia acabado de entrar pela janela, não disse nem sequer uma palavra, mas o seu moletom cinza-escuro não iria mentir sobre os fatos... Sangue e água.
Cada vez que ele saia daqui era para matar alguém. Quais os motivos que o impulsionavam a ter essas atitudes? Cada vez mais penso em tentar mudar essa parte maníaca em seu cérebro, mas vejo que é quase impossível.
- ... O que você fez?
Quebro o silêncio repentinamente. Ele estava quieto, encarando o chão e suas mãos sujas de terra e sangue. Jeff levanta a sua cabeça entre seus cabelos negros compridos e molhados para mim.
- O quê?
- Quero saber o que voc...
- Não é da sua conta.
- É sim!
- CALE A BOCA!
Jeff se levanta e vai até a minha direção, com passos rápidos e fortes, batendo suas mãos no colchão.
- EU MATO PESSOAS O TEMPO TODO E SÓ AGORA SE PREOCUPA??
Meu coração estava acelerado e com medo de sua voz...
- ESSES SEMPRE FORAM OS FATOS! SOU A PORRA DE UM ASSASSINO.
- Eu deveria fugir daqui... De você.
Agora suas mãos passam por meus ombros, mas uma delas aperta o meu ombro ferido, fazendo-me soltar um grito que Jeff abafa com um beijo.
- Você NUNCA vai fugir... Já está entregue a mim.
- É isso em que você acredita? E não que se eu fugir você me mataria na mesma hora?
- Você já poderia ter ido embora a muito tempo... E morrido também.
- Então pare de me machucar!! E se controle pelo menos enquanto estamos aqui!
- E se eu não quiser? Vai pedir para um raio cair na minha cabeça?
- Não seria uma má ideia.
Logo a porta do quarto começa a ranger e Jeff retira suas mãos sujas de mim, fazendo nós dois encararmos quem entraria ali.
E. - Estou atrapalhando algo?
- Não senhor...
E. - Ótimo, tenho boas notícias para você, Luna. Amanhã você já pode sair do hospital, recebeu alta.
- Isso é marav..
- Não podemos sair hoje?
E. - Bem... Até poderiam, mas está quase anoitecendo e vocês moram no meio da floresta... Cogitei que seria melhor irem amanhã.
- Vamos agora.
- Você tem certeza?
- Tenho.
E. - Entendo a pressa de vocês, mas antes de saírem daqui... Senhores!
Dois polícias atravessam a porta do quarto, quase desmaio ao ver aquela cena inesperada, eu iria morrer de ataque cardíaco.
E. - Trouxe esses homens para pegarem o depoimento desta jovem.
?. - Você está sujo de sangue, rapaz?
- Imagina, é katchup.
?. - Prenda ele.
- O quê..?? Você não pode fazer isso!
?. - Nós já sabemos quem ele é há pouco tempo, os boatos eram verdadeiros.
O policial mais jovem e que claramente estava ali apenas para obedecer às ordens de seu superior, aproxima-se de Jeff um tanto trêmulo...
- Ah, vamos lá, me prenda.
Jeff estica seus braços para frente e fico sem entender nada daquela situação e muito menos a sua atitude!
As algemas são passadas e fechadas em seus punhos na frente de seu corpo, mas um sorriso sinistro forma-se sobre o rosto de Jeff... Logo ele começa a gargalhar em frente aos polícias.
?. - Acha isso engraçado seu verme?
O homem velho e gordo diz, passando vários arrepios por meu corpo.
- Acho que... - Jeff fala entre risos - Vocês precisam de uma algema melhor.
As algemas arrebentam logo em seguida, fazendo os olhos de todos na sala se espantarem com aquela cena anormal.
Quando os dois polícias fazem menção em pegar as armas em suas cinturas, Jeff pula sobre eles, fazendo os dois que estavam lado a lado, caírem sobre o chão branco.
Olho para aquela cena catatônica, vendo Jeff retirar uma enorme faca de seu bolso traseiro e fincar na cabeça do policial mais jovem, que agora estava morto...
O médico solta um grito ao observar toda aquela cena da porta, correndo dali entre os corredores... Jeff socava várias vezes a cabeça do outro policial no chão.
- DIGA QUE EU SOU UM VERME OUTRA VEZ SEU INFELIZ!!
A mandíbula do policial é quebrada por tantos socos desferidos em sua face... Não havia mais nada além de sangue ali, mas não satisfeito, Jeff abre a boca do policial com as duas mãos, arrancando a parte de baixo do queixo do homem, jogando ao seu lado.
- É você quem é o verme agora.
O homem também morreu, mas lentamente, debatendo-se sobre o chão...
- Vamos dar o fora daqui.
Jeff aproxima-se de mim, fazendo menção em me segurar e colocar sobre seus braços.
- NÃO TOQUE EM MIM!
- Porra, garota! Você me viu matando o seu pai e agora me fala uma merda dessas??
Ele me segura em seu colo, saindo do quarto e descendo as escadas do hospital... Logo chegamos a recepção, observando o médico falando palavras em desespero para a enfermeira.
E. - ASSASSINO!!
Foi a primeira coisa que o doutor falou para nós quando nos viu...
- Bem perspicaz.
E. - VOCÊ VAI SER PRESO!!
- Ah, é mesmo?
Jeff me coloca sobre o chão, deixando-me encostada sobre a parede. Observo-o andar em direção ao médico que se escondia atrás do balcão com Susan.
- Se você chamar mais alguém, seu velho de merda... Não vou hesitar em te deixar totalmente aleijado, você não vai poder nem falar.
Jeff pula sobre o balcão, fazendo os dois berrarem de medo.
- Vou te dar uma prova disso.
S. - Não machuque ele!!
Mas Jeff segura o pescoço de Susan, jogando-a no chão, deixando-a desacordada... Logo ele segura o braço do médico, que ameaça correr dali.
E. - LOUCO!! ME SOLTE!
- CALE A MERDA DA BOCA!
Jeff retira uma navalha de seu moletom, em um movimento tão rápido que nem se quer entendi o que aconteceu... Mas logo vejo a orelha do doutor rolar ao chão, com seus gritos de sangue sendo expostos.
- Ninguém pode me parar seu velho filha da puta! Espero não termos mais problemas com vocês.
Jeff chuta o médico em seu estômago, fazendo-o se ajoelhar no chão, urrando de dor...
Ele anda até mim, pegando-me em seus braços outra vez e sussurrando em meu ouvido...
- Não se preocupe... Vou proteger você.
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Jeff The Killer & A Garota Da Cabana
Fanfiction๑Dark Romance๑. +18 Uma nova esperança ascende-se entre as árvores obscuras... Em busca por uma vida reanimada após uma fatídica tragédia. Tudo parecia ser tão perfeito, o ambiente tornava-se cada vez mais pacífico com a brisa do isolamento. Mas to...