CAP. 6 - Portas Trancadas

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Chegamos novamente a cabana, o sol já havia caído e a noite estava sobre o céu. Descarregamos as compras do carro e as levamos lentamente para dentro de casa... E a todo o momento eu mantinha os meus sentidos em alerta ao olhar entre as árvores em meio ao breu da noite. 

Mas nada apareceu, nenhum vulto ou barulho das folhas... Mas meu coração palpitava aceleradamente, apenas queria entrar logo na cabana e ir para o meu quarto descansar depois de tanto andar e da viagem exaustiva ao voltar. 

Após guardarmos as compras na cozinha, meu pai suspira e encara-me ao ver que estou indo em direção as escadas.

E. - Você nem explorou toda a cabana ainda, querida. 

- Ah, desculpe... Mas hoje foi tão exaustivo. Amanhã cedo podemos ver as coisas aqui juntos. 

Ethan dá de ombros e dirige-se pela porta da cozinha, a qual dava a um corredor para as partes de trás da casa, contendo o seu quarto no final. Subo a escadaria, indo em direção ao meu canto de paz ao decorrer do corredor... Sua porta estava aberta, eu tinha certeza de que havia encostado-a antes de sair. 

Entro no quarto mas estava tudo normal, até eu olhar para a porta da sacada, a qual estava destrancada também, sem a trava de madeira em seus ganchos... Ethan havia aberto? Mas eu não o vi em nenhum momento subir aqui... Dirijo-me até ela, os vidros estavam embaçados com o vapor da chuva leve que caia do lado de fora.

Quando puxo para fecha-lá, havia o mesmo desenho de um sorriso sobre o vidro... Que brincadeira era essa? Passo minhas mãos por meus cabelos, travando a porta outra vez, não sabendo como reagir a isto. 

Deito sobre o colchão fofo, sentindo o meu corpo afundar em meio a ele, logo os meus olhos se fecham e vejo-me outra vez correndo sobre a floresta...

...

O mesmo pesadelo, os mesmos olhos azuis rodeados por olheiras negras em sua volta... Era tudo o que eu poderia ver do seu rosto antes de acordar no meio da noite e torcer para não ver o vulto aos pés da minha cama outra vez...

 Era tudo o que eu poderia ver do seu rosto antes de acordar no meio da noite e torcer para não ver o vulto aos pés da minha cama outra vez

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Tento dormir novamente... Era o meu segundo dia aqui e eu estava exausta, apenas pela droga de pesadelos. Encaro sobre a cama as portas da sacada, apenas para conferir se realmente estava fechada, ao menos assim poderia dormir mais tranquila.  

Acordo outra vez, mas já estava de manhã e alguns raios de sol batem em meus olhos através da vidraça acima de mim, não eram fortes, pois os galhos das árvores impediam a maioria de atravessar o teto. Levanto-me e realizo a minha rotina matinal, trocando de roupa e descendo as escadas, atravessando a sala e indo para a cozinha ao seu lado. 

Eu e meu pai tomamos o mesmo café de ontem, era ótimo sentir o gosto dos bacons que ele fazia logo cedo, o cheiro invadia toda a casa. Terminamos de comer e Ethan segura em meu ombro.

E. - Venha, falta você ver o corredor do meu quarto e o porão. 

Eu não achava nenhum pouco necessário ver o porão agora, mas apenas concordei com a cabeça e o segui até o seu quarto, o qual era um tanto parecido com o meu, mudando apenas pelo fato de ser um pouco menor e com algumas janelas de madeira apenas que o cercava.

Andamos pela casa, admirando todos os móveis que ela já tinha antes de chegarmos, além dos que trouxemos conosco. Meu pai guia-me até o lado de fora, falando que o porão era externo e que poderiamos usar para guardar os itens de jardinagem e coisas do tipo. 

E. - A entrada fica ao lado da casa. 

Andamos até a esquina da cabana, ficando aos fundos uma enorme porta vermelha que era fixada ao chão.

Andamos até a esquina da cabana, ficando aos fundos uma enorme porta vermelha que era fixada ao chão

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E. - Droga... Esqueci as chaves. Fique aqui, logo voltarei com elas.

- Claro, não se preocupe.

Ele sai em direção a entrada da cabana, sumindo de minha vista. Encosto-me sobre a parede ao lado do porão e começo a observar a floresta ao redor outra vez, mas com uma pontada de medo motivada pela loucura que estava a minha mente...

Ao olhar fixamente para uma árvore, noto algo estranho na mesma, como se seu interior estivesse movendo-se... E nesse momento aquilo sai correndo em direção a floresta, fazendo-me dar um pulo contra a parede. Corro também em direção a entrada da casa, chamando pelo meu pai. Eu queria ligar para a polícia imediatamente. 

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora