CAP. 5 - O Vilarejo

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Chegamos ao Vilarejo de Malta depois de uma pequena viagem de carro, não foi tão cansativo como eu pensava que seria... Consigo observar as montanhas enormes cercarem o pequeno lugar ao meio do nada, era encantador. 

As ruas começam a ficar asfaltadas após deixarmos a floresta, agora eu já poderia ver alguns sinais de transito e pessoas andando pelas ruas ao aproximarmo-nos mais do local. 

- Quantas pessoas que vivem aqui?

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- Quantas pessoas que vivem aqui?

E. - Não sei ao certo... Mas chuto que até umas três mil pessoas, talvez. 

Suspiro em compreensão, continuando a ver a paisagem do vilarejo através da vidraça do carro. Eles nos encaravam estranhamente... Até agora eu só havia visto umas dez pessoas pelas calçadas de Malta e seus olhares não estavam sendo hospitaleiros como diziam ser.

E. - Já estamos chegando ao mercado, querida. 

Ah, sim... Uma ou duas vezes por mês iriamos vir até a mercearia local, o que para mim era uma grande feira ambulante com várias pessoas vendendo nas pequenas tendas os seus produtos... Eu sabia que vários turistas vinham para cá afim de curtir as férias em um lugar tranquilo e um tanto paradisíaco, com a praia por trás das montanhas. 

Descemos do carro após estacionarmos ao lado da feira, logo vamos em direção a primeira tenda de frutas e verduras que vemos em uma calçada. Uma senhora de cabelos grisalhos estava abaixo da barraca, a qual sorri para nós e acena logo em seguida.

- Sejam bem-vindos! Vocês devem ser os moradores novos da cabana, certo? Meu nome é Anna, é um prazer conhecer vocês.

E. - É um prazer conhecer os arredores, estamos muito felizes com a nossa nova casa. Ah, esta é a minha filha, Luna.

- Olá, é um prazer te conhecer. 

Falo esticando a minha mão para ela, a qual aperta com doçura.

A. - Fiquem a vontade! Se precisarem de algo mais, eu tenho uma loja disponível do outro lado da rua com mais alimentos como estes.

E. - Claro, muito obrigado.

Ao começarmos a ver os alimentos, percebo um senhor de cabelos brancos aproximar-se de Anna, provavelmente era o seu marido, o qual cochichava em seu ouvido e nos encarava dos pés a cabeça...

E. - Olá, senhor! É um praz..

- Meu nome é Jon, marido de Anna. Como estão as coisas pela cabana?

Eu e o meu pai nos encaramos pelo fato do homem ser tão carrasco e rude ao cortar a fala de meu pai ao meio.

E. - Bem... Estão indo bem, tecnicamente hoje é o nosso primeiro dia lá. 

J. - Nada fora do comum?

- Fora do comum?

Falo um tanto ansiosa com aquele assunto, o que aquele senhor carrancudo queria dizer sobre isso? Percebo Anna dar uma cotovelada em sua barriga, parecendo querer que o homem se cala-se. 

A. - Oh, querida! não dê ouvidos a esse homem velho.

Ela fala dando alguns risos desconcertantes, mas logo também é cortada pelo seu marido...

J. - Nós não avisamos ao antigo casal de idosos que moravam ali! E agora eles estão mortos!

E. e Luna - Mortos??

A. - Fique quieto Jon! Eles eram idosos  e foram achados após alguns meses naquela área dentro da casa desacordados... Ao que tudo indica foi morte causada pela idade. 

J. - É isso o que todos acham! Mas eu sei o que causou isso! Foi o demônio sorridente!

E. - Acalme-se senhor, apenas estamos aqui para realizar as nossas compras mensais... Então, se o senhor não se importar...

Meu pai me puxa para outra tenda no mercado aberto... Consigo ouvir Anna brigando com o seu marido após aquela cena...

E. - Que droga foi essa... Sinto muito por começar as coisas assim por aqui, querida...

Ethan passa os seus dedos por meus cabelos enquanto observamos os produtos na mesma...

...

Entramos no carro com várias sacolas em mãos, colocando-as no banco de trás. Mas ao longe consigo ver Anna vindo em nossa direção apressadamente, fazendo um sinal com as mãos para nós pararmos.

A. - Desculpe aparecer assim, quero dizer, desculpem-me por tudo...

E. - Está tudo bem, não se preocupe com isso.

Apenas concordo com a cabeça, encarando o olhar um tanto triste de Anna para mim.

A. - Se vocês quiserem, como um pedido de desculpas, posso mandar o meu filho Antony até a casa de vocês levar alguns mantimentos ao final deste mês, por conta da casa.

E. - Isto seria maravilhoso! Mas não podemos aceitar seus alimentos de graça... Quero pagar por eles.

A. - Eu insisto! Tome isto, aqui está o número da minha loja, qualquer coisa que precisarem, podem ligar para mim.

E. - Agradeço muito a senhora... Bem, agora temos que ir antes que escureça, não quero me perder pelo caminho tão cedo.

A. - Claro, se cuidem... E boa sorte.

Quando ela pronuncia a última frase, sinto os seus olhos congelarem em mim, arrepiando todo o meu corpo em segundos. Deus... O que aquele senhor estava falando? Ele era louco? Como que os antigos donos daquela casa morreram ali e ao mesmo tempo por sua idade? Isso deixava-me um tanto assustada...

Porém, o que mais me marcou foi Jon falar sobre algum demônio... Acho que era o demônio sorridente. 

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora