CAP. 100 - Praia de Segredos

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Estávamos passando por uma estrada entre as montanhas, Jeff dirigia rápido durante a madrugada. Havíamos acabado de passar perto do vilarejo, ele decidiu dar a volta ao invés de passar entre as pequenas casas.

Descendo as montanhas, era possível ver o mar no horizonte, aumentando cada vez mais com a aproximação do carro.

- Você vem sempre nesse lugar?

- Apenas quando tem turistas idiotas.

- Então você nunca aproveita a praia?

- Ah, pode ter certeza de que eu aproveito.

- Acho que não está aproveitando do jeito convencional...

Descemos ainda mais as montanhas, sentindo os pneus pousarem sobre a areia da praia, estacionando perto ao mar.

Desço do carro em seguida, deixando os meus chinelos na parte de dentro, mas no mesmo instante o meu celular começa a vibrar no banco do carro.

Atendo ele, era minha amiga Ramona na chamada, após dias sem contato ela retornou apenas hoje..?

- Alô? Ramona??

Mas apenas haviam chiados fortes do outro lado da linha, com uma voz que não era possível distinguir, mas eu tinha certeza de que era feminina.

- Você está me ouvindo? Alô?

Jeff toma o celular da minha mão, colocando no seu ouvido, parecendo ouvir atentamente a outra linha.

- Eu já ouvi essa droga de chiado.

- Você sabe o que pode ser?

- Talvez seja o sinal ruim... Vamos esperar ela retornar.

Pego o celular da mão de Jeff, colocando outra vez em minha orelha para tentar ouvir algo, mas a ligação já havia sido desligada.

Andamos mais um pouco pela areia, observando as estrelas e a lua, Jeff segura a minha mão, caminhando na brisa leve da noite.

- Como isso é possível, Luna... Como você pode ser tão especial?

- Achei que eram história para crianças dormirem... Mas agora é tudo tão real...

- É difícil de acreditar... Mas aquela coisa lá em cima gosta de você.

- Deve gostar de você também se ainda estamos juntos.

- Isso ficou bem claro quando aquela tábua atravessou o meu peito.

- Ah.. Talvez tenha cido um acidente...

- Um acidente bem planejado.

Aperto a mão de Jeff, percebendo que ele estava ficando com ódio.

- Sei que não é de minha conta talvez... Mas o que aconteceu com o corpo do Liu?

- Acho que eu já lhe disse que o decaptei, não é?

- Sim.. Mas e depois?

- Ah, digamos que o meu túmulo não está mais vazio.

- Você tem certeza que matou aquele cara?

- Passei lá outra vez ontem, ele está bem enterrado.

Talvez agora tenhamos um pouco de paz para nós dois...

- Mas... Você se lembra daquele parque?

- Ah, o parque do Jack?

- Não fale o nome dessa coisa, capaz dessa merda aparecer na nossa frente.

Jeff The Killer & A Garota Da CabanaOnde histórias criam vida. Descubra agora