3

500 21 0
                                    

Lana Martínez:

— "Ganguezinha de merda"? — Gavi se afastou de mim e vi ele ficar irritado. — Você está ciente do que está me dizendo? Ou melhor, você está ciente de quem nós somos? Do que somos capazes? Garota, eu criei tudo isso, e uma coisa que me deixa puto é alguém cagar em uma criação minha, Os Barcelonas passou a ser uma das gangues mais temidas e olha que muitos nem sabem quem realmente são os membros, você está nos subestimando, você tem noção disso? — Um silêncio se criou e eu apenas o olhava. — HEIN PORRA, TEM NOÇÃO? SE EU TE PERGUNTAR ALGO, VOCÊ ME RESPONDE — Gavi se alterou. — Depois a gente mata, e ainda é considerado criminoso... eu não entendo isso. — Ele disse.

— O que menos importa na minha vida é essa gangue de vocês... — Eu disse algo, finalmente.

— Você é caso raro. Em vez de querer estar na minha cama, está me desafiando e implorando sua morte.

— Eu nunca ia querer estar na sua cama Gavira, você é sujo, podre e de gente assim eu quero distância... — Levantei do sofá e tentei me afastar, mas Gavi me puxou com toda força e mais uma vez a distância entre nós era mínima.

— Tem certeza? — Ele disse e logo apertou minha bunda, aquilo me deixou estressada. — Você é gostosa. — Ele sussurrou em meu ouvido. — Podia ser mais uma das minhas vadias. — Agora ele havia extrapolado, me afastei e com a coragem suficiente, lhe dei um tapa no rosto. — SUA MERDA! — Ele gritou com uma das mãos no lado do rosto atingido. — Você está mesmo brincando com a sua vida né? Mas aproveite, por que hoje você teve sorte, não estou afim de te matar e depois ainda ter que esconder seu corpo. Eu vou dormir, e quando eu acordar, não quero ver nenhum rastro seu aqui. — Ele disse se controlando.

— Você não sabe o quanto estou feliz em ouvir isso. — Falei indo para o famoso sofá, assim que o sol raiasse, o que não faltava muito, eu me mandaria dali.

[...]

Três dias se passaram e tudo o que havia acontecido não saía da minha cabeça, pensei até em denunciar aquela ganguezinha para a polícia, mas eles são espertos demais, eu estaria apenas moldando a minha morte. Fui obrigada a pisar no meu orgulho e voltar para a casa, fiquei de castigo claro, meu pai me deu um discurso e blá-blá-blá...

Estava na minha cama, lendo algo desinteressante que havia naquelas revistas sem graça que eu adorava comprar, vai entender, a tristeza batia quando eu me lembrava que só havia mais duas semanas de férias. O telefone tocou.

— E aí puta, já está na esquina? — Era a Alice, minha melhor amiga.

— Claro, até por que, minha esquina é de outro nível, tem até telefone residencial.

— Vai se foder, Martínez. Você não atendia a droga do celular então liguei para o residencial.

— Tá, fala.

— Vem aqui, preciso de companhia, estou me sentindo sozinha — Alice fez drama.

— Garanto que não quer uma puta na sua casa. — Falei e Alice riu.

— Puta, quem é puta? Eu falei algo? Devo ter confundido a palavra, você é uma princesa...

— Você tem sorte que eu gosto de você, senão estava ferrada Alice Sánchez. — Ela odiava que eu a chamasse pelo seu nome completo. — Vou tomar um banho e daqui a pouco estou aí.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora