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Lana Martínez:

— Entra, porra. – Gavi disse e eu entrei.

— Oi. — Abri meu melhor sorriso e ele fez sua pior cara, ele estava sentando em uma cadeira giratória preta e em sua mesa havia uma, duas, três, quatro carreirinhas.

— Mas que diabos você está fazendo aqui? — Ele disse bravo, levantando-se da cadeira e vindo até mim. — Quem te trouxe? Como chegou aqui?
Que porra, não gosto de você nesses ambientes. — Eu estava assustada.

– Eu só queria te ver. — Eu disse manhosa.

— Foi Ansu, não foi? Eu vou matar aquele veado. — Gavi pegou o celular e disse para Ansu ir até sua sala.

— Não precisa desse exagero todo. — Falei. — Eu só queria te ver. — Cheguei perto de Gavi e beijei seu pescoço, em seguida encontrei sua boca e nós começamos um beijo veloz. Ele me puxou para perto do seu corpo com força, fazendo eu sentir tudo o que eu queria, mas então, Ansu entrou.

— O que deu, Pablo? — Saí dos braços de Gavi rapidamente, Gavira mordeu os lábios.

— Como assim o que deu? Ah é, eu chamei você.

— Eu sou o poder. — Murmurei e Gavi me olhou feio.

— Por que trouxe Lana aqui? — Gavi perguntou sério e eu estava louca para rir. — Já disse que não quero ela nesse tipo de ambiente. — Ansu me olhou rapidamente e eu pressionei os lábios para não rir.

— Mas... Ela disse que você havia pedido para eu trazê-la.

— Porra, mas você é burro, cai nas armações dela.

— Ansu, eu te amo. — Fiz coraçãozinho para ele.

— Cala a boca, Lama. Você só tem que amar à mim. — Gavi disse. — Agora larga daqui, Ansu.

— Lana, Lana... — Ansu disse e riu.

— Vamos, vou te levar embora. — Gavi disse pegando minha mão.

— Mas eu não quero ir embora. — Falei.

— Mas você vai, porra. Aqui não é lugar para você.

— Não, Gavira. Eu quero ficar com você. — Fiz beicinho.

— Amanhã eu vou ser todo seu, prometo. Mas agora você tem que sair daqui.

— Mas eu quero você hoje. Agora.

— Puta que pariu, que garota insuportável. — Ele revirou os olhos. — Vamos de uma vez.

— Não quero. — Sentei na mesa e cruzei os braços.

— Pega a porra das suas muleta e vamos, não estou com paciência hoje.

— Hoje e nunca, né! — Debochei.

— Para de infantilidade e vamos.

— Querer ficar com o meu namorado é infantilidade? Hm, legal. — Agora quem estava perdendo a paciência era eu.

— Tá, desculpa. Mas eu estou ocupado, está vendo esse monte de papeladas? Tenho que falsificar tudo, não é fácil. — Ele dizia aquilo numa naturalidade impressionante.

— Sabe que eu nunca questionei essa sua vida perigosa, mas sei lá, você não tem medo que dê alguma merda?

— Já acho que deu merda o suficiente.

— Estou falando em relação à policia. — Falei e Gavi deu uma gargalhada que fez eu ficar sem entender.

– E desde quando eles prendem traficantes ricos? — Ele deu outra risada. — Os caras da lei, são tão sujos quanto nós, eles podem ser comprados por míseros mil euros, você não entende, Martínez. — Ele me deu um selinho. — Mas pode deixar, eu sempre vou voltar inteirinho para você.

— Se eu ainda te quiser, né...

— Você sempre vai me querer. — Ele piscou para mim e em seguida me grudou, eu tentei resistir aquele beijo, mas juro que era impossível.

— Deixa eu ficar, por favor. — Implorei. — Vou ficar só aqui nessa sala com você.

— Você vai me desconcentrar. — Gavi disse. — E eu já disse, tenho essas papeladas todas...

— Não vou te desconcentrar, ficarei bem quietinha...

— Não estou falando em relação à isso. — Ele me olhou malicioso.

— Ah, entendi. É uma maneira de dizer que você não resiste à mim, é isso? — Me aproximei dele e o envolvi, beijei seu pescoço e as mãos de Gavira foram parar em minha bunda.

— Acho que eu tenho um tempinho, mas depois, eu irei te levar para a casa.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora