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Lana Martínez:

— Dale, Laninha. — Ferran disse. — Tamo aqui falando pro Gavi da lição que nós demos nuns caras antes de virmos para cá. — Ferran riu. —
Somos fodas.

— Ah, tá... Que legal... — Não era legal. — Você está melhor, Gavira? — Perguntei.

— Sim. — Ele disse simples.

— Cara, eu estou cansado disso, sério mesmo. — Ansu começou à dizer. — Por que você não diz que a ama de uma vez, seu panaca? — Tudo o que eu queria era fugir dali, de tanta vergonha. Gavi não disse nada, continuou quieto.

— Eu concordo com Ansu. — Ferran disse.

— Eu estou pouco me fodendo. — Pedri também se pronunciou.

— Gente, é sério, parem... — Pedi. — Gavi só ama o topete dele.

— E meus carros. — Ele disse.

— E a Lana. — Ansu implicou. — Vamos deixar vocês sozinhos, até vocês se acertarem. — Ansu disse saindo do quarto com os garotos. — E ah, Lana, nem tente fugir. — Ele disse me mostrando a chave. — Você estará trancada, voltamos quando o horário de visita acabar. Tchau. — Ele riu e eu tentei correr até ele o impedindo de trancar a porta, mas eram três garotos contra mim.

— Droga, por que eles fazem isso? — Falei enquanto estava escorada na porta.

— Foda-se. — Gavira disse. — Tenho que ir ao banheiro.

— Você consegue fazer isso sozinho? — Perguntei preocupada ao correr até ele.

— Eu não fiquei aleijado. — Ele disse rudemente. — Foi só um desmaio, sem exagero.

— Para você foi só um desmaio, para mim não, eu fiquei com a porra do coração na mão porque o idiota resolve encher o cu de drogas e depois dá esse susto, tanto em mim, quanto em sua mãe. Isso vai parar á partir de hoje. — Eu disse no mesmo tom que ele.

— Ah é, Lana? E me diz que moral você tem para falar isso. — Ele disse parando em minha frente com os braços cruzados.

— Toda a moral do mundo. — Falei. — Eu não quero mais você consumindo esse tipo de coisa.

— Você não manda em mim, é mais fácil eu mandar em você.

— Não mente, Gavi. Você sabe que sempre foi difícil me controlar, por isso que você se irritava tão fácil.

— Sai da frente, porra. Eu quero mijar. Que droga. — Eu dei passagem para ele passar rindo e ele foi até o banheiro. — Ô, Lana. — Ele gritou e eu entrei no banheiro apavorada achando que tinha acontecido alguma coisa.

— Meu Deus, está tudo bem? — Perguntei apavorada.

— É só que... Eu estou me sentindo um pouco cansado. — Ele fez cara de doente. — E não consigo carregar peso. Será que você poderia segurar meu pênis para mim? — Mas que porra mesmo, ele continuava o mesmo, sempre com essas piadinhas bagaceiras.

— Pablo... — Tentei ser paciente. — Mija de uma vez e vai deitar na porra da cama, porque você não está bem o suficiente. — Falei fechando a porta do banheiro.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora