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Pablo Gavira:

— Você é mais legal quando está quieto. — Falei.

— Quero o meu amigo de volta. — Pedri disse decidido. – Não conheci Ansu ontem, ele faz parte da minha vida, é meu irmão e eu estou pouco me fodendo se ele é veado ou não, é só eu não aparecer mais na rua com ele, simples. á Pedri disse e até me deu vontade de rir, mas eu estava abalado, havia perdido Martínez também. — Mentira, eu sairia na rua com ele sim, porém fugiria na hora que ele fosse comprar algo na seção feminina.

— Pedri, eu acho que Ansu não iria ser nenhuma bicha escandalosa, assim como ele nunca foi, então cale a boca. — Sim, eu defendi Ansu.

— Eu vou lá, Pablo. Não vou deixar meu amigo voltar para Madrid, nós construímos algo juntos, cara, o que seria dos Barcelonars sem as palhaçadas de Ansu? — Ele resolveu falar sério.

- Então vamos juntos. — Ele me olhou rapidamente. — Ansu é meu amigo também, já quebrou várias pra mim, eu estou sendo injusto.

— Lana merece palmas, te deixou mais putão que o próprio Ansu. — Dei um soco no braço de Pedri.

— Vamos de uma vez, não quero ficar sem meu amigo e muito menos sem minha garota.

Chegamos no segundo andar e logo avistamos os três, Ferran e Lana estavam com uma cara de bunda do capeta, enquanto Ansu estava tentando manter a expressão suave, eu e Pedri hesitamos um pouco em chegar, mas assim que chegamos, todos nos olharam

— Se vieram falar merdinha, podem dar meia volta. — Lana disse e porra, ela ficava mais gostosa ainda quando estava bolada.

— Não viemos falar merdinha. — Pedri disse. —
Viemos pedir desculpas.

— É isso aí. — Falei. — Ansu, desculpa cara, fui radical demais, mals aí pelo olho roxo, na próxima vez eu faço pior.

— Gavi sempre pagando de engraçadinho. — Lana murmurou.

— Lana, nosso caso vai ser resolvido depois, você sabe disso... Mas sem você, ah, eu não fico. — Ela revirou os olhos.

— Mas enfim, cara. Desculpa mesmo, você pode voltar para o apartamento, nós não podemos largar um Barcelonar assim. — Pedri disse e Lana riu, vi que ela ainda estava brava, mesmo eu ali, pedindo desculpas para Ansu.

— Faço de minhas palavras a de Pedri e acrescendo o fato de eu já ter namorada, então nem vem Ansu. — Os garotos riram, inclusive
Ansu, o que me deu um alívio.

— Você não tem namorada. — Lana disse e todos olhamos para ela.

— Vai começar com as suas putas crises que nem o diabo entende, Lana? — Fui obrigado a mandar a real. — Eu estou aqui, pedindo desculpas para o cara, percebi meu erro e você ainda tá emputecida, assim nenhum homem aguenta, que caralho mesmo.

— Pedir desculpas para Ansu é o mínimo que você pode fazer, tudo bem, foi um gesto lindo, mas eu não esqueci do jeito que você foi rude e grosso comigo, você me puxou com... — Fui obrigado a calar ela com um beijo, um beijo o qual ela não me impediu de continuar, muito pelo ao contrário, ela me agarrou com tamanha força que ouvi o barulho de suas muletas se chocando contra o chão, os garotos começaram á gritar e nós ríamos enquanto nos beijávamos.

— Você fala demais. — Falei ao terminarmos o beijos. — E aí, cara. — Me referi à Ansu. — Você vai voltar para o apartamento ou nós iremos ter que comprar passagens para Madrid e voltar com você? — Ansu riu e em seguida me abraçou.

— Só cuida aonde você coloca sua mão.

— Relaxa, Pablo. Eu sou o mesmo, não vou fazer patifaria nenhuma, ainda me amarro em um corpo bem estruturado.

— Ahhh, moleque. — Falei e fizemos nosso comprimento de mãos. — É disso que eu estou falando... Mas você sabe, desde que esse corpo bem estruturado não seja o de Lana, tudo bem. — Falei.

— Claro que não, Pablo. Lana é minha irmã, correu atrás de mim até não poder mais.

— Exatamente, eu quero ver quem vai me levar no colo, porque eu estou morta de cansada. — Ela disse.

— Não carrego mina dos outros. — Pedri disse.

— Estou com um problema bem aqui no braço. —
Ferran inventou uma desculpa.

— Eu estou me recuperando de uma quase perda de irmãos, então nem olha pra mim. — Lana olhou para mim e sorriu.

— Filma isso, Ferran. — Falei. — Pra eu jogar na cara dela quando ela disser que eu não sou um bom namorado. — Ri e a peguei no colo.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora