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Lana Martínez:

— Idiota. — Eu ri junto.

— Agora deu, né? Já posso dar para Luara? — Ele perguntou sugestivo.

— Não.

— Puta que pariu, Lana. O que mais tem que fazer? Depois reclama que a criança está com fome. — Ele disse bravo.

— Calma, é o último passo, pingue um pouco nas costas da sua mão para ver se não está muito quente. — Falei. — Sempre tem que fazer esse teste antes

— Porra, mas eu já não respinguei o suficiente na sua cara? Acho que você pode me dizer se está muito quente ou não. — Ele debochou, mas fez o que eu pedi. — Porra, isso aqui ta pelando.

— Viu, você deixou esquentar demais, agora vamos ter que esperar estriar um pouco... Espero que sua filha não morra de fome.

— Ah, Lana. Dá um desconto.

Depois de um tempo a mamadeira esfriou, e finalmente Luara iria mamar.

— Ah, deixa eu dar a mamadeira para ela, por favor? — Alice quase suplicava.

— Óbvio que não, quem vai fazer isso é o Gavi. — Olhei para ele que revirou os olhos quando lhe dei um sorriso.

— Qual a diferença, Lana? — Ele perguntou.

— A diferença é que você é o pai. — Falei o puxando para sentar no sofá. Logo peguei Liara do colo de Alice e pus no colo de Gavi. — Pegue. — Me referi à mamadeira. — Bom trabalho. — Ele me fuzilou com os olhos, mas logo começou a dar mamadeira para Luara com o maior cuidado do mundo e eu me via com o olhar perdido nos dois, apenas admirando.

— Daqui à pouco ela engole a mamadeira. — Gavi disse.

— Como você é idiota, ela só esta com fome. —
Alice disse.

— Te perguntei alguma coisa?

— Não, mas resposta pra burro eu dou de graça

— Parem os dois, parecem duas crianças. — Os repreendi.

— Alice, o que você acha da gente dar uma volta? — Pedri disse.

— Agora? — Ouvi Alice perguntar.

— Sim, aí nós podemos almoçar fora. — Pedri sugeriu, eu nunca havia visto o Pedri sendo legal. Alice merecia os parabéns.

— Tem problema se eu sair com Pedri, Martínez? — Alice perguntou.

— Claro que tem, esse garoto é estranho. — Disse simples e Alice riu pelo nariz.

— Tá, vamos Pedri. — Alice disse levantando-se do sofá e logo saindo porta a fora com ele.

— Gavi? — Falei enquanto eu estava sentado ao seu lado, ele tirou os olhos de Luara e pôs sua atenção em mim, ele estava tão sereno que fez eu me arrepiar. — O que... — Eu falava com cuidado. — O que você acha da gente sair para comprar algumas coisas? — Sugeri.

— Que coisas? — Ele perguntou.

— Ah, sei lá, mas você sabe, Rafaela mandou muita pouca coisa para Luara, ela precisa de uns brinquedinhos novos, roupinhas...

— Tanto faz, Lana...

— Ah vamos, por favor. — Implorei e lhe dei um beijo na bochecha.

— Tá bom... — Eu meio que pude ver um sorriso em seu rosto.

— É, só que nós não temos uma cadeirinha para levar Luara no carro... Já vamos comprar isso também.

— Sério que essa cadeirinha é necessária?

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora