Lana Martínez:
Por que ele fez isso? Por que? Esse idiota era um inconsequente, minha raiva aumentou mais ainda, eu acho que no passado eu joguei algum tipo de pedra na cruz, ou melhor, um tijolo, pois as merdas que aconteciam comigo eram grandes.
Comecei a chorar descontroladamente, me jogando na cama em cima das roupas, minha sorte era que eu ainda havia roupas de sobra em meu guarda roupa, mas mesmo assim era deplorável ver o que Gavira havia feito, ele não precisava disso, esse garoto caia no meu conceito a cada dia mais. Liguei para ele.
— Pensou no que eu disse? — Ele atendou com um sarcasmo na voz.
— Não. — Falei com a voz embargada, pois estava quase chorando novamente.
— Chorando, Lana? Por que? Rasguei alguma blusa preferida sua? — Ele deu uma gargalhada.
— Eu te odeio, Pablo Gavira. Você não precisava fazer isso comigo, não precisava.
— Não precisava? Claro que precisava! Você gosta muito de bancar a sabidinha, e eu odeio isso, Lana. Principalmente comigo, mulher pra mim, tem que obedecer minhas ordens e ficar com o rabinho entre as pernas quando eu falo, não tem nada que rebater ou algo do tipo, e você é assim. Rasgar suas roupas foi pouco, muito pouco.
— Olha, Gavira... Eu até posso voltar para você, mas pode ter certeza, que as coisas não serão como antes, eu não vou ser mais tão bobinha e logo cair de quatro em sua cama, só estou fazendo isso porque não quero quebrar a confiança de meu pai novamente com aquela merda de disco.
— Não tem isso de as coisas não serem como antes, Lana. Eu estou pouco me lixando para o que você pensa ou quer, só quero poder te foder loucamente.
— Você é ridículo. — Falei quase sem palavras para o que ele acabara de dizer.
— Já sabe, se você tentar dar uma de espertinha... Eu não me responsabilizo pelos meus atos... Tenho três cópias do nosso pequeno filme, e não me importaria de vê-lo nas mãos de seu papai. — Ele disse e eu fiz questão de desligar em sua cara, esse garoto não deveria existir, merda, eu tinha que dar um jeito de acabar com essas cópias, eu tinha.
Coloquei as roupas dentro da mala novamente e joguei-a em um canto. Logo deitei em minha cama caindo em prantos, eu não merecia isso, só podia ser castigo. E o odiava.
— O QUE? VOCÊ E O PEDRI FICARAM? — Gritei enquanto eu e Alice conversávamos em seu quarto. Por incrível que pareça meu pai havia deixado eu ir para a casa dela depois da escola.
Ah, e também devolveu meu celular, acordei de manhã com ele ao meu lado. Pensem em alguém que ficou tão feliz que acabou batendo o dedinho do pé em uma quina.
— Sim, Martínez... Ele é tão delicioso, mais delicioso que Gavi. — Ela disse.
— Nem me fala dessa praga. — Falei com uma voz triste ao ouvir esse nome.
— Mas e aí, você e o Gavi acabaram tudo mesmo? Ele ter largou de mão? Deixou você ir, assim, numa boa? — Ele perguntou e eu ri.
— Óbvio que não. — E então eu lembrei-me do que tinha acontecido antes de a gente brigar.
— Tenho certeza que esse garoto te ama, Martínez. Só não assume para si mesmo. — Ela tentou me convencer.
— Pois eu não. Ele apareceu lá em casa ontem. —
Falei. — Me chantageou para eu volta à "ser dele". — Fiz aspas com os dedos.— Te chantageou por o que?
— Então... — Falei receosa.
— Desembucha, Lana, agora. — Ela exigiu.
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Possessivo - Pablo Gavira
Fanfiction"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha." - Pablo Gavira E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estivesse v...