Lana Martínez:
Entrei em meu carro ligeiramente e arranquei, eu nem poderia ir para outro lugar, por causa de meu castigo, porém Gavi me deixou intrigada, espero que não seja mais uma de suas brincadeirinhas
Eu dirigia tão rápido quanto Gavi em uma fuga, essa convivência com ele não prestou em nada, assim que dobrei a avenida quase bati em um carro, sorte que foi quase, pois eu freei.
Em seguida eu já estava estacionando na frente do condomínio de Gavira e entrando.
— Boa tarde, senhorita. — O porteiro disse.
— Boa tarde. — Falei entrando e indo em direção ao elevador e quando dei-me conta já estava entrando no apartamento de Pablo.
— O que aconteceu, porra? — Perguntei. — Eu nem poderia estar aqui. — Me calei ao ver Gavira sentado no sofá com cara de pavor, ele me olhou com uma expressão perdida, o que havia acontecido? — Pablo? O que aconteceu? — Perguntei mais mansa. Ele molhou os lábios involuntariamente e continuou quieto, comecei a achar que era mais uma de suas brincadeiras.— Fala, droga. — Exigi impaciente. — Uma criança?
Que história é essa, Gavira? — Coloquei as mãos na cintura.— Venha aqui. — Ele disse levantando-se do sofá e indo em direção ao quarto, o segui por aquele corredor longo até chegar até o mesmo.
Quando entramos no quarto vi um pequeno volume de baixo das cobertas que estavam na cama e olhei sem entender, Gavi chegou mais perto e tirou as cobertas com cuidado de cima, levei às mãos á boca incrédula ao ver aquilo.
— O que é isso, Gavira? — Perguntei. — Quem é essa criança? — Cheguei mais perto da pequena menininha que dormia feito um anjo, como estivesse em sua própria casa e fiquei a observando, ela era linda, muito linda.
Gavi estava parado me observando quase mordendo os dedos de tão nervoso, me deu até vontade de rir, mas meus olhos voltaram para a garotinha, deveria ter um ano e meio de idade, mais ou menos, disso não passava, eu tinha certeza.
— O que é isso, Lana? Me responde. Um ET? —
Pablo disse e eu revirei os olhos.— Sim, veio te abduzir, mas antes parou para dar uma cochilada porque, você sabe, a viagem foi longa, não é sempre que se vai para outro planeta. — Ironizei. — De onde ela veio? — Perguntei.
— Não sei, caralho. Apertaram a campainha e quando eu abri a porcaria da porta, tinha essa coisinha de outro mundo parada na frente.
Sozinha. Ela não estava chorando nem nada, só havia ela e uma pequena mala. Eu não sei quem ela é, Lana. Fechei a porta para ver se ela ia embora e aí sim ela começou a chorar, fui obrigado à pega-la. Não sei o que fazer, porra.— Calma, Gavira... Não acredito que você já tirou a vida de pessoas, está sempre metido em merdas, tem uma gangue e fica assim por causa de uma garotinha.
— Sim, Lana. Uma garotinha que eu não sei de onde saiu.
— Já sei. — Falei. — O porteiro. — Gavi me olhou e nós deixamos a pequena menina em seu sono e saímos correndo.
— Oi, Luís. — Chamei o porteiro e Gavi vinha logo atrás de mim. — Por acaso você não viu ninguém entrar aqui com uma garotinha? —
Perguntei como quem não queria nada.— Hm... sim. A senhora Carolina do segundo andar com sua filha. — Ele disse foleando um jornal.
— Você sempre fica lendo jornal? Ou essas revistas? — Falei olhando para as revistas que estavam em cima do balcão da portaria.
— Sim. — Ele disse simples.
— Ele não prestou a atenção. — Sussurrei para Gavi. — Tem como a gente ter acesso as câmeras do décimo andar? — Perguntei.
— Não... — Ele ia dizer algo a mais, porém Gavi o cortou.
— Tem sim. — Gavira disse curto e grosso, logo batendo com raiva no balcão, assustando o cara.
— Tá, t-tá. — O porteiro disse com os olhos arregalados. — Venham aqui. — Ele nos chamou para trás daquele balcão, onde havia três telas planas mostrando as imagens de toda a parte interna do condomínios e da frente.
— Décimo andar, isso? — O porteiro pediu confirmação.
— Sim, anda logo com isso. — Gavi respondeu rude.
— Para de ser grosso. — O repreendi. — Ele não tem nada haver com isso.
— Você sabe muito bem o que é grosso. — Gavi disse e o porteiro nos olhou com uma cara estranha, belisquei o Pablo e o mesmo me me fuzilou com os olhos depois de gritar um "au".
O porteiro logo localizou o vídeo de segurança do décimo andar, eu e Gavi ficamos olhando por um tempo, o vídeo estava desde o início do dia, demoraria muito para chegar ao ponto que queríamos.
— Que horas eram quando ela largou a garota aqui? — Perguntei à Gavi.
— Foi uns trinta minutos depois que eu cheguei daquela droga de escola, deveriam ser umas
sete da noite. — Gavira disse sério.— É... Luís... Tem como colocar o vídeo para a gente ver a partir das seis e meia? — Pedi.
— Eu disse sete. — Ouvi a voz de Gavi
— É, mas eu não confio em você. — Falei e voltei minha atenção para o porteiro. — Tem como?
— Tem sim. — O cara disse. — Só um minutinho... hm... pronto. — Ele saiu e deixou eu e Gavi vendo o vídeo.
Apareceu Gavi chegando no apartamento, o mesmo olhou e sorriu.
— Até em um vídeo de segurança eu sou lindo. — Ele disse e eu o olhei revirando os olhos. Logo o corredor ficou parado, sem movimento algum, em seguida chegou um vizinho e entrou em seu apartamento, isso já era seis e quarenta. — Olha isso, Lana. — Ele disse chegando mais perto da tela.
Droga, o que era aquilo? Um homem ou uma mulher? Não dava para ver, usava uma capa preta, óculos escuros e capuz. Despediu-se da menina lhe dando um beijo, apertou a campainha do apartamento de Gavi e saiu correndo, mas antes olhou para trás novamente, mandando um beijo no ar para a pequena. A garotinha ficou ali, inocente, sem fazer nada, confesso que aquilo me doeu o coração, Gavi assistia sem expressão alguma.
— Pode tirar. — Gritei para o porteiro que veio e tirou o vídeo, sem perguntar nada.
— E agora, Lana? — Gavi tinha a voz cansada.
Chegou perto de mim e aconchegou sua cabeça em meu pescoço, o abracei. Amava quando ele estava nessa forma. Tirando essa máscara de durão. Eu pensei em empurra-lo, pois eu estava muito magoada com suas atitudes ultimamente, sem contar o fato de ele ter rasgado minhas roupas, ele só sabia fazer eu me sentir um lixo.
— Calma... — Tentei o acalmar, pois vi que ele realmente estada perdido e eu nunca havia visto Gavi assim antes, tentei tontear a grossa camada de raiva e magoa que tinha em volta de mim por causa de Gavira, pois vi que ele realmente precisava de mim. — Não deixaram um bilhete, nem nada?
— Não vi. — Ele disse afastando-se de mim e passando as mãos nervosamente pelos cabelos os bagunçando, perdi a concentração o encarando, mas logo voltei ao normal.
— Você nunca vê nada, impressionante. — Falei. — Vamos de uma vez. — Falei pegando sua mão e o puxando de volta para o elevador.
— Depois que eu sou rude, você reclama. — Ele disse bravo quando estávamos dentro do elevador. Eu tentava não olhá-lo.
Voltamos para o apartamento e fui correndo para o quarto ver se a menininha estava bem, ela continuava dormindo.
— A tal mala, Gavi. Onde está?
— Aqui. — Ele me alcançou.
Vasculhei por tudo a fim de achar alguma justificativa ou coisa do tipo, tirei todas as roupinhas dela bagunçando tudo, até que então, encontrei algo útil, um bilhete para ser mais específica, peguei o papel e Gavi logo o arrancou de minha mão bruscamente e começou a ler.
Ele lia tudo apreensivo, nunca havia visto esse
Gavi.— PUTA QUE PARIU. — Ele gritou e mesmo assim a garotinha não acordou. — Não pode ser...
Isso não é verdade porra.Tirei o bilhete de sua mão e comecei a ler...
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Possessivo - Pablo Gavira
Fanfiction"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha." - Pablo Gavira E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estivesse v...