Lana Martínez:
Já haviam se passado um mês, eu não tinha nenhum notícia de Gavira, a não ser as poucas coisas que Alice me contava, minha vida só piorava e meu pai ficava mais rígido.
— Cecília. — Chamei seu nome ao avistá-la, ela veio até o portão de minha casa, pois eu não podia sair.
— Minha querida, como você está? Seu pai está em casa?
— Estou bem. — Menti. — Não, ele não está. Como está Luara? — Eu sentia falta da minha pequena. — E os garotos não vieram mais aqui?
— Luara está linda, como sempre. Vi ela ontem, Ferran disse que ela sente sua falta, ela começa à chorar e diz "mamã". — Comecei à chorar. — E eu mal consigo falar com o meu filho, os garotos disseram que ele anda resolvendo umas coisas e não para em casa.
— Ele desistiu de mim.
— Não fale assim, querida.
— É a verdade.
— Pablo te ama, eu sei que ele ainda vai lutar para tê-la.
— Preciso ver Luara, tem como você trazer ela aqui? Meu pai vai voltar tarde.
— Sim, eu vou lá buscar ela e trago ela aqui sim. — Cecília sorriu. — Ela vai ficar muito feliz.
— E você está bem?
— Sim, estou ótima. Aliás, estou voltando para Madrid amanhã à tarde.
— O que?
— Sim, querida. Não quero ficar morando na frente da casa de um monstro.
— Te entendo. — Minha voz saiu fraca. — Pelo menos você mora na frente, eu moro na mesma casa.
— Você ainda vai ser muito feliz, pode apostar. É hoje sua formatura, não?
— Sim. — Falei sem ânimo. — Você vai?
— Vou tentar.
— Por favor, vá. — Implorei.
— Veremos. Agora vou lá buscar Luara para você, daqui à pouco eu estarei aqui. — Ela disse e entrou em seu carro, sentei-me em um banco que havia ali e fiquei esperando cerca de trinta minutos, logo avistei o carro de Cecília novamente, ela saiu do carro e abriu a porta traseira, tirou Luara da cadeirinha e quando eu a vi, abri um sorriso largo e verdadeiro, aliás, fazia tempo que eu não sorria desse jeito.
— MEU AMOR. — Chamei sua atenção e Luara me olhou, em seguida ela abriu um sorriso de felicidade e começou á querer vir no meu colo, mas eu estava trancada, não podia pegá-la. — Você está linda e parece ter crescido um pouco. — Tentei beijá-la entre as grades e obtive sucesso.
— Mamã... — Ela começou a chorar porque não podia ir no meu colo.
— Não chora, minha linda. Não chora. — Botei meus braços entre as grades e comecei a acariciar seus cabelos. — Você vai ver, logo a mamãe vai te pegar e te abraçar forte. — Foi estranho me ouvir dizendo aquilo, Luara não havia saído de mim, mas mesmo assim, eu era sua mãe, ela me adotou como mãe. — Te amo, pequena.
— Ela realmente gosta de você. — Cecília disse. — Mas enfim... Esses dias eu estava olhando, você não acha o nariz de Luara igual ao meu? — Cecília perguntou e eu ri.
— Sim, claro. — Falei. — Linda igual a vó. — Elogiei.
— O que está acontecendo aqui? — Um carro estacionou atrás do carro de Cecília e vi meu pai, revirei os olhos.
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Possessivo - Pablo Gavira
Fanfiction"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha." - Pablo Gavira E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estivesse v...