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Lana Martínez:

— QUE PORRA! — Não consegui reprimir um grito ao ver aquilo.

Gavi estava atirado no pé da escada todo ensanguentado, provavelmente ele conseguiu entrar, foi até as escadas, mas perdeu as forças ao tentar subir e caiu ali mesmo... Havia sangue em tudo quanto é parte de seu corpo, principalmente em seu rosto. Confesso que até fiquei com pena... Mas bem pouca. Aquilo chegava a ser nojento.

— Eu estou bem. — Ele disse, tentando se mover e gemendo de dor.

— Tá, então vá embora da minha casa. — Falei indiferente, o que menos Gavi estava era bem.

— Não começa Lana, foi só modo de falar... Agora me ajuda, porra.

— O que? Você quer minha ajuda? Hmm... Vai ter que implorar.

— Eu não costumo implorar, você sabe muito bem disso... Eu mando e as pessoas fazem, simples.

— Você sabe muito bem que comigo é diferente. — Falei. — E você está sujando todo o meu chão, droga.

— Laninha... Eu juro, que depois você me ajudar... Eu te dou quantas noites de prazer você quiser. — Gavi disse, mesmo todo esfolado, ele continuava lindo. Mas mesmo assim, dei uma risada alta.

— E o que te faz pensar que eu quero isso?

— Simples, todas querem.

— Já te falei que eu sou diferente.

— Quando eu ficar bem, eu juro que eu vou te matar...

— Então, se eu te ajudar eu vou estar moldando minha morte, é isso? — Eu estava adorando sacanear Gavi, até porque ele estava ali atirado e todo machucado, não poderia fazer nada.

— NÃO FODE, PORRA. — Gavi firmou a voz. — Me tira daqui e me leve para aquele sofá. — Ele disse apontando.

— Aqui EU mando, Gavira. E como vou fazer isso? Você é muito pesado... E já não basta sujar meu chão, ainda vai sujar o sofá... Ah, não, Gavira. Negativo. — Cruzei os braços me fazendo de boba.

— Eu te dou mil sofás depois se você quiser...
Mas me ajuda a levantar, porra.

— Mil sofás? Quem é que tem mil sofás? Não cabe tudo isso aqui... Olha em volta. — Eu estava me divertindo.

— Caralho, Lana. Para de gracinha, me ajuda a levantar e a tirar esse sangue todo.

— Mas não era só ajudar a levantar? Agora eu já tenho que ajudar a limpar o sangue também... — Falei e Gavi respirou fundo, ele estava muito irritado, se ele não estivesse impossibilitado eu estaria morta com dez tiros e a maioria seria na boca. — Ah, e fala direito comigo por que eu não sou as vadias que você pega.

— Mas eu já te peguei. — O fuzilei com os olhos. — Tá... — Ele bufou e fez uma cara de dor. — Lana querida, você é uma princesa, linda, maravilhosa, idiota, arrombada, filha da puta...
— O fuzilei com os olhos novamente. — Mentira, você é muito gostosa, eu comeria mais uma vez. MAS AGORA ME AJUDA, PORRA. Eu estou com sangue até no cu e não gostaria de morrer. — Que exagero.

— Eu não vou tirar o sangue do seu...

— Lana, para de brincadeirinha e me ajuda...
Mostra que você serve pra alguma coisa. — Gavi disse.

— É nessas horas que eu agradeço Bellingham, mas acho que ele te bateu muito pouco. — Falei.

— Ah, e você acha que foi aquele veadinho que fez isso comigo? — Ele riu, ironicamente. — Sonha Laninha, sonha...

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora