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Lana Martínez:

Já havia passado uma semana e Alice ainda fazia questão de não olhar em minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Gavi de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feita de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraída por ele.

— Alice, posso falar com você? — Perguntei esperançosa, ao ver ela passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixava de correr atrás dela nem uma única vez.

Alice não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro

— Ih! Acho que sua amiguinha não quer mais saber de você... Até que eu entendo ela.

— Gavira... — Revirei os olhos ao avistar ele, que se mantinha com as mãos no bolso.

— Lindo, como sempre. — Ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força.

— Não, idiota como sempre.

— Posso até imaginar porque ela não quer falar com você. — Ele disse riu.

— Ah, é? Então me diz o porquê. — O desafiei.

— Simples. Eu e você. — Ele disse indiferente. — Vá lá e confie na sua amiga, conte para ela que nós transamos, que você é apaixonada por mim e que eu te proporciono muito prazer. — Eu ri com deboche.

— Não sonha. — Falei.

— Mas não é verdade? Ou você vai dizer nós nunca transamos?

— Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz... — Gavi me olhou e riu.

— É incrível como você mente para todos e para você mesma. — Ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheio. — Pensei que você fosse mais inteligente... Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.

— Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.

— E aí que você se engana... MARTÍNEZ. — Ele deu ênfase ao meu apelido.

— Me deixa em paz Gavi. Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer.

— Tá, mas só pra te avisar que: sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpa. — Ele disse implicante como sempre, riu e saiu. Filho da puta.

Bateu o sinal e fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglês foi normal, tirando a parte que eu tive que ver minha melhor amiga rindo loucamente com a Mariana como se elas realmente fossem íntimas, caralho, elas não eram, nunca foram.

Ridículo isso. A verdade era que Alice me fazia muita falta, ela era praticamente minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.

— Professora? — Chamei e ela me olhou. — Será que eu posso ir tomar uma água?

— Não está se sentindo bem de novo, Lana? Aham, sei. — Gabriela se meteu.

— Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah, claro que não, é que ser intrometida é sua especialidade.

— Eu falo o que eu quiser. — Ela tentou se defender.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora