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Lana Martínez:

— O que você está fazendo aqui? Está louca? Vai embora, não se envolva. — Gavi disse bravo.

— É, Lana... Vá para casa, não se envolva. — Senti uma voz chegar atrás de mim e um cano frio em meu pescoço, droga, Vini. — Solte ele
Gavi. Ou sua garotinha morre. — Nossa, grande coisa para convencer Gavira, é capaz até de ele dizer "foda-se", mas não, eu pude ver tensão nos olhos dele.

— Sério que você vai deixar sua amiguinha morrer para salvar sua vida? — Vi Gavi dizer a Jude, óbvio que ele deixaria. — Grande homem você. — Gavi ironizou. — E porra, Lana, você sempre estraga tudo. — Ele disse puto da vida, gritando comigo.

Eu não tinha reação alguma e nem mentalidade para aquilo tudo, só sabia olhar e reprimir o choro, ainda mais com aquele cano frio em meu pescoço, Vini não hesitava nem um pouco, mas talvez ele não faria aquilo. Talvez.

— Essa garota é uma estraga prazeres. — Pedri disse todo bravão. — Até nessas horas ela aparece. — Ele dizia. — Você merece um tiro no meio da testa, saí daí seu Madrista imundo, deixa que eu mato ela. — Pedri disse para Vini vindo em minha direção e ele não parecia estar brincando.

— Pedri, larga essa arma, por mais que seja uma ideia tentadora até pra mim, você não vai matar ela. — Gavira ordenou e me olhou como se estivesse decepcionado e irritado com a minha aparição, e ele estava.

— É, pelo visto eu não vou mesmo. — Pedri disse. — Os tiras estão vindo. — Pude ouvir barulhos de sirenes se aproximando, Gavi largou Jude e Vini me largou, cada gangue estava fingindo para um lado, The Barcelonas indo para os carros e os The Madristas voltando para a praça.

Ah, e claro, eu parada que nem uma idiota, sem saber o que fazer.

— Isso não vai ficar assim. — Gavi gritou para Bellingham e depois me olhou ali parada. — Mas que garota burra! Anda de uma vez, se não seu papai vai ter desgosto de buscar sua filhinha na delegacia. — Ele disse me puxando e força para o carro, onde Ansu estava na direção, pois não deu tempo de os garotos irem para seus carros, então os outros Barcelonas entraram neles, e Ansu, Ferran e Pedri foram com o Gavi.

Gavira entrou no banco da carona e não deu tempo para eu ir no banco de trás, onde estava Pedri me olhando com cara de cu e Ferran mastigando uma barra de chocolate como se não tivesse acontecido nada. Então tive que sentar no colo de Gavira mesmo.

— Prontos para mais uma fuga? — Ansu perguntou com diversão nos olhos.

— Ah, moleque, nasci pronto. — Gavi disse e Pedri e Ferran começaram a gritar, tipo um grito de diversão, só que mais estranho.

— Mas eu não. — Eu falei.

— Isso é com você, ninguém mandou querer se fazer de espertinha. — Gavi me repreendeu e eu fiquei quieta pois ele estava certo. Não, eu não pensei isso.

Eu me agarrava fortemente no pescoço de Gavi, ainda assustada com a situação passada e a velocidade do carro. Então eu estava com a cabeça enterrada em seu pescoço, sugando todo seu maravilhoso perfume para mim e dependendo do movimento do carro, meus lábios iam de encontro a essa sua parte do corpo, mais uma coisa para me deixar tensa.

Logo atrás, vinham outros carros dos Barcelonas, mas em seguida, cada carro entrou em uma rua diferente e desapareceram, eu pensei que após dos barulhos das sirenes pararem, Ansu ia diminuir a velocidade do carro. Eu estava errada.

— Agora você já pode ir para trás. — Gavi dizia com uma voz falha, como se tivesse tentando resistir de algo  e eu acho que ele tinha, pois eu podia sentir seu volume. Olhei para ele e sussurrei algum tipo de "desculpa" com a voz toda chorosa, mas Gavira não disse nada, apenas ficou quieto.

Fui para trás e Pedri me fuzilou com os olhos, eu realmente não me importava, apesar de ele querer me matar.

— Ansu, — Gavi disse. — largue eu e Lana lá no apartamento, nós temos muito o que conversar. — Gelei mas não discordei.

— Matar é melhor que conversar, Gavi. — Pedri disse.

— Pega leve. — Ferran me defendeu.

— Pedri, você não mata nem uma mosca. — Tomei coragem e arrisquei.

— É isso que você acha? — Ele disse pegando sua arma. — Fica paradinha... — Estremeci. Ele mirou a arma para mim, Gavi o olhou sem entender, Ferran também, Ansu continuava no volante e eu apenas o olhava segura bem dentro dos seus olhos.

— Você não vai atirar nela, se liga cara. — Gavi o repreendeu.

— Que isso, Pablo? Vai defender essa putinha?
Ela arruinou nossa chance de matar Bellingham.

— Baixa a arma, caralho. — Gavi disse e dessa vez Pedri obedeceu.

— É cara, você não tem necessidade disso. — Ansu disse e Pedri caiu na gargalhada, que fez fazer todos ficarem sem entender.

— Eu estava zoando, porra. — Pedri fala entre risos. — Nunca que eu ia me sujar por causa dessa garota. — Ele disse e me olhou fixamente com ódio, fazendo eu chegar a uma conclusão: ele mentiu para aliviar as coisas, esse garoto realmente me odiava.

Gavi também se ligou na Mentira, mas Ansu e Ferran riram juntos. Ansu nos deixou no apartamento e logo arrancou o carro junto com os meninos...

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora