119

108 15 10
                                    

Lana Martínez:

— Começaremos com o 3°A, claro. Tem que ser por ordem. — Ela sorriu. — Quem é o professor regente dessa turma? — Ela perguntou e o Sr.
Felipe subiu no palco, ele entregaria os diplomas.
— Então vamos lá... Luana Marquez. — Uma colega minha que eu nunca havia falado subiu no palco, pegou seu diploma, abriu uma carta e deu um grito.

— NÃO ACREDITO QUE EU CONSEGUI. — Fiquei nervosa, pois eu também havia mandado cartas, porém eu estava com medo de não conseguir e se eu conseguisse, esperava que meu pai mudasse de ideia sobre Marbella. — Eu queria agradecer á todos... — e blá blá blá.

— Fermín López. — Um garoto do time do futebol que já tinha dado em cima de mim subiu, pegou o diploma e nenhuma carta. — Esse ano foi muito legal e... é isso. — Em seguida desceu do palco.

— Lamine Yamal. — Um garoto subiu, pegou o diploma e uma carta, mas fez pouco caso. — Eu sabia que eu conseguiria, nenhuma
Universidade seria burra de recusar um aluno como eu. — Ouviu-se gritos o chamando de babaca e logo ele desceu do palco. Depois a diretora chamou mais seis alunos. uma garota deu um discurso enorme, pensei que ela nunca sairia de lá, eu estava quase cochilando, mas
Alice me deu um tapão.

— Alice Sanchéz. — A diretora chamou e Alice apertou minha mão e levantou-se nervosa, subiu no naquele palco, pegou seu diploma e também pegou uma carta.

— CARALHO. — Sim ela falou palavrão, todos a olharam. — Ops, desculpa, mas olha isso, Universidade de Montreal, eu fui aceita, beijos, fãs. Ah, Meu Deus, estou muito feliz. — Levantei e comecei á aplaudir. — Te amo, amiga. Nada nunca vai separar nossa amizade, nada mesmo.
E nem nosso amor... — Isso ela não falou para mim, falou para Pedri, droga, como eu não havia visto ele lá? — Te amo, Pedri. — Ele assentiu, eu não havia o visto porque ele não havia chego faz muito tempo e estava sentado distante, a mãe de Alice aceitava o namoro dos dois (ela não sabia que ele era um gangster) então por isso ele foi. Senti uma pequena inveja, confesso, pois tudo o que eu queria, era que Gavira estivesse lá. — Sério gente, eu tô muito feliz, nossa, estou nervosa. — Ela pegou um copo d'água que estava na mão da diretora e deu um gole, logo a entregou a água novamente. — Obrigada. — Ela respirou fundo, eu e Alice sempre tivemos o sonho de estudar nessa Universidade, nós mandamos a carta para lá juntas, essa foi uma das Universidades à qual eu recorri, era a maior de Madrid e era extremamente qualificada, fiquei feliz por Alice, pelo menos o futuro dela não estava sendo pisoteado. — Vou ter que aprender à falar francês, o lema de lá é algo do tipo: Fide... Ah, droga, esqueci. — Todos a olhavam com uma cara estranha.

— Fide splendet et scientia... Que brilhe com verdade e conhecimento. — A lembrei.

— Isso. — Ela riu. — Mas enfim, tem que falar sobre os meus anos aqui? Ah é, claro. Foi muito divertido, menos a parte de que eu fui colega de sala da Gabriela Garcia pela vida toda, mas tirando isso, foi maneiro, pois eu sempre estudei com a minha melhor amiga linda que é MELHOR, MUUUUUUUITO MELHOR que Gabriela. — Gabriela estava olhando com cara de nojo. — Mas enfim, vou sentir falta de tudo isso, acabou e fim. Acontece, a vida é assim, paciência.

— Tá, obrigada, Alice. — A diretora deu um sorrisinho falso e tentou tirá-la do palco.

— Espera, só mais uma coisa... O que acharam do meu vestido? — Gargalhei e dessa vez foi o Sr.
Felipe que a tirou do palco. Assim que ela veio até mim a abracei com extrema força e lágrimas se formaram.

— Eu estou muito feliz por você. — Falei.

— Eu queria que estudássemos juntas, esse era o nosso plano. — Ela disse e eu fiquei quieta, se eu falasse, desabaria. — A diretora chamou mais uns três alunos e em seguida chamou Bernardo, ele conseguiu entrar para Harvard. Só lembro de começar a gritar igual á uma louca.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora