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Lana Martínez:

— Então. — Cecília começou à falar. — Eu quero que vocês saibam o real motivo de nós termos vindo à esse restaurante. — Ela disse olhando para mim e Gavi (que jogava um jogo idiota em seu celular) e logo olhou para meu pai, que sorriu.

— Sim... O que Cecília quer dizer é que... — Meu pai deu uma pausa e eu os olhava já tendo noção do que era. — Agora é oficial, estamos juntos. — Dei um gritinho e comecei a bater palmas igual à uma louca. Gavi continuou à jogar seu jogo, minha vontade era de dar um cutucão nele e chamar sua atenção, mas eu não podia.

[...]

Meu celular tocou assim que eu terminei de vestir meu pijama, já fazia mais ou menos uma hora que eu havia voltado daquele restaurante, eu ainda estava com raiva do Gavira, mas procurava entender ele de todas as formas, ele sempre foi livre e agora ele era um cara
"compromissado". Talvez fosse difícil para ele.

Mas mesmo assim, ele não precisava fazer essas merdas.

— Oi. — Atendi sem vontade na voz.

— Lana. — Ouvi a rouquidão típica de Gavira do outro lado da linha, sua voz era calma e sexy.

— Fala. — Disse simples me jogando na cama.

— Você está muito brava? — Vi diversão em sua voz.

— Sim. — Fui curta.

— Opa, então deve estar mais gostosa ainda. — Ele disse e eu revirei os olhos.

— Você sabe que você foi um filho da pu... Não, filho da puta não, porque Cecília é maravilhosa, então, pau no cu, isso, você foi um pau no cu. Então está ciente da merda que você fez?

— Que merda eu fiz? — Ele parecia confuso. Garotos.

— Cara, você deu em cima daquela ridícula na minha frente e não me ligou o dia inteiro. —Coloquei para a fora.

— Tenho uma pergunta. — Ele disse ignorando meu descontentamento.

— Você me ignorou?

— Pode abrir a porra da sacada?

— Eu não acredito que... — Falei indo em direção à minha sacada, logo a abrindo e vendo Gavira, ele sorriu com o celular ainda em seu ouvido.

— Oi. — Ele disse chegando mais perto e me dando um selinho. Eu me afastei, ainda estava brava, ou tentando permanecer brava.

— Você sempre da um jeito de aparecer. — Falei indo trancar a porta e em seguida atirei-me em minha cama.

— Seu pai está em casa? — Ele perguntou.

— Não, está na casa da sua mãe. — Respondi.

— Será que eles não entendem que são velhos? —Ele disse e se atirou na cama ao meu lado.

— Deixa eles, Gavira. Você é sempre do contra.

— Feliz em ser minha irmãzinha? — Ele perguntou debochado e eu olhei para ele rapidamente. — Vou cuidar de você bem. — Ele começou a dar beijos em meu pescoço, mas eu me esquivei para o lado desviando.

— Sai. — Falei.

— Porra, você está mais chata do que o normal hoje, depois reclama que o cara não é carinhoso. — Ele disse deitando-se no lado vago da cama.

— Mas você não é, você é um pau no cu, isso sim. — Falei.

— Não sei o motivo de tanta raiva, porra. Eu só disse que ela estava ótima.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora