Lana Martínez:
Saí de casa com uma vontade tirada do fundo do cu e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro perto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram.
— Você é a Lana Martínez? — Um perguntou.
— Não. — Falei. — Sou a vó dela. — Ironizei.
— Entre no carro. — O outro falou. — Mas primeiro, vou nos apresentar: sou Koundé e esse é Balde, seremos seus seguranças até você ir para... hm... Marbella, não é?
— Vamos logo, não quero me atrasar para a escola. — Cortei aquela apresentação clichê. Eu precisava chegar e pegar o celular de Alice para telefonar para Gavi ou para alguém que tivesse notícias dele, eu não havia dormido a noite inteira preocupada, meu pai havia o machucado muito e eu ainda não me contentava com o fato de ele não ter revidado. Pensei tanto nisso que quando dei-me por si, eu já estava chorando. Eu queria entrar naquela escola e ver Gavira por aqueles corredores, falando em meu ouvido suas típicas coisas impróprias ou querendo me agarrar justo em locais que haviam câmeras, ele podia ser tudo, gangster, mau-caráter, criminoso, mas era ele quem eu amava.
— Chegamos. — Koundé disse. — Estaremos aqui na hora que você sair.
— Seu pai pediu para avisar que tem dois alunos cuidando seus passos pela escola à mando dele, então não tente dar uma de espertinha. — Balde completou.
— Isso tudo é exagero. — Protestei.
— Não sabemos de nada, só estamos fazendo nosso trabalho. — Fiquei quieta e entrei na escola, tenho certeza que minha aparência não era das melhores.
— LANA? O QUE ACONTECEU? OLHA PRA VOCÊ. TE LIGUEI PARA SABER COMO FOI O JANTAR E SEU PAI ATENDEU, DISSE QUE TINHA CONFISCADO SEU CELULAR... —
Desabei, a abracei fortemente e comecei à chorar loucamente, algumas pessoas passavam e estranhavam a cena, a própria Alice não estava entendendo nada. — O QUE...— Meu pai... Meu pai, Alice. — Eu não conseguia falar. — Ele descobriu tudo, Gabriela contou tudo, ele foi até o restaurante e... — respirei fundo tentando conter as lágrimas. — viu a gente e fez o caralho á quatro, ele bateu em Gavi, ele deixou Gavira inconsciente, meu namorado está no hospital e eu não tenho notícias dele, não tenho. Não sei o que fazer, Lice. Preciso da sua ajuda.
— Vou ligar para Pedri, espere.
— Não aqui. — Falei e contei o resto da história, contei que eu iria para Marbella e ela começou á chorar junto comigo, tudo no meio do corredor da escola, contei também dos seguranças e dos tais dois alunos que estavam de olho em mim, eu estava presa.
— Não acredito que seu pai foi capaz de tudo isso para afastar você de Gavira... — Ela concluiu. — Eu não quero perder você, não quero perder minha melhor amiga. — Chorei mais ainda.
— Nós nunca vamos nos separar. — Prometi. — Nós podemos arrumar um emprego e morar juntas, nós sempre sonhamos com isso.
— Mas não em Marbella. — Ela disse.
— Eu sei... — Eu não tinha mais o que falar.
— Eu sei que nada vai nos separar. — Ela riu tentando me tranquilizar. — Nem uma merda de outro estado.
— Preciso saber do Gavira. — Insisti.
— Tá, sobe para a sala, eu vou ao banheiro e voltarei com notícias. — Assenti e fiz o que ela pediu correndo. Cheguei na sala e vi Gabriela sentada, conversando com suas amigas serenamente, me enchi de raiva por saber que ela era o motivo de tudo isso e quando vi, eu estava indo em sua direção.
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Possessivo - Pablo Gavira
Fanfic"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha." - Pablo Gavira E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estivesse v...