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Lana Martínez:

— Vamos logo, Alice. — Falei.

— Espera aí, quem está andando devagar é você... Por causa da sua perna. — Bem, ela estava certa.

"Peça para Alice deixar você na frente da lanchonete... e nem pense em ir sozinha com sua perna deste estado." Recebi uma mensagem de Gavira.

Entramos no carro e Alice fez exatamente o que ele pediu na mensagem, mas antes ela ressaltou que não estava fazendo isso por Gavi, mas por mim.

— Faça a escolha certa. — Alice disse toda dramática.

Chegamos e Gavira estava na frente da lanchonete, usava uma camisa branca e uma calça preta, usufruía de um cigarro em uma inocência impressionante, seu braço fechado em tatuagem o deixava mais gostoso ainda.

Ele logo reconheceu o carro de Alice e jogou o cigarro fora pisando em cima, veio até o carro e abriu a porta para mim, me apoiei nele para sair e o seu maravilhoso perfume invadiu minhas narinas, quase que eu afrouxei e caí de volta para o carro, ele riu e me deu um selinho leve. Em seguida ele pegou minhas muletas que estavam no banco de trás e me entregou.

— Ou eu posso levar você no colo. — Ele brincou.

— Você não vai nem me agradecer? Eu trouxe ela aqui. — Alice retrucou.

— Tchau, barata esmagada. — Ele disse e riu.

— Você prometeu que não me chamaria mais assim, seu trouxa. — Ela xingou.

— Droga, uma promessa não cumprida. — Ele piscou para ela e me coordenou até nós estarmos dentro daquela lanchonete.

— Você tem uma implicância muito chata com Alice, sabia?

— Ela não me desce. — Ele deu de ombros enquanto me ajudava à sentar. Em seguida sentou em sua cadeira.

— O que vocês gostariam de comer? — O garçom perguntou.

— Lana, claro. — Gavi respondeu e eu o olhei com cara feia, o garçom ficou meio sem graça. — Tô zoando, cara... — Ele disse. — Tá, nem tanto. — Ele se inclinou para sussurrar para o cara. — Mas enfim, lança aquele risoles de frango maravilhoso que vocês tem aqui. — Gavi disse. — E você, Martínez. Vai querer o que?

— Uma coxinha de frango. — Falei. — E uma coca-cola  bem gelada, obrigada. — Gavi me olhou e deu uma risada. — O que houve?

— Pensei que você iria pedir apenas uma "aguinha" como as outras garotas fazem.

— Muito engraçado, Gavira. — Dei uma risada irônica para ele. — Sabe... Eu não sabia que você curtia lanchonetes, aquela vez que eu vi você entrar aqui com Cecília até estranhei..

— Por que você diz isso?

— Porque você é Pablo Gavira, seu negócio é luxo, por que não me levou para comer caviar? —
Fui meio irônica.

— Porque você cuspiria tudo na minha cara. — Ele riu e eu mostrei a língua para ele. — Quem mostra a língua pede beijo. — Ele disse e se aproximou dando uma mordida de leve em meu lábio inferior.

— E por que você não me deu isso? Não me contento com uma simples mordida. — Pisquei para ele e em seguida ele sugava meus lábios contendo uma saudade infinitas, nosso beijo era quente e intenso, eu senti muita falta daqueles lábios. Gavi me beijava ferozmente, quase acabando com o fôlego que me restava, meu corpo já sinalizava que queria uma noite louca com Gavira.

— Então... — O garçom coçou a garganta e nós  paramos o beijo rindo. — Aqui está o pedido de vocês.

— Porra, atrapalhou nosso beijo, cara. — Gavira disse.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora