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Lana Martínez:

— Ligou para o pai dela, Lana? Hm... que feio. — Contive um riso enquanto ele entrava. — Se ela descobrir que foi você, bom... — Nossa, quanto medo Gabriela me metia.

— Não sei do que você tá falando. — Me fiz de boba e sentei em minha cama.

— Não sabe? — Ele me olhou de cima a baixo e mordeu os lábios. — Tem certeza? Ou acha que sou idiota?

— Quer que eu te responda mesmo?

— Esse seu ciúmes pode acabar matando você. — Ele disse.

— Ciúmes? — Eu ri. — De você? Se toca.

— Quem mais poderia ter falado para o pai dela?A propósito, o coroa mandou dois homens enormes entrarem na casa, não pude nem me satisfazer... — Gavi se fez de abalado. — Gabriela está muito ferrada, eles me viram lá. Eu e ela no ato. Bom, você sabe, eu sempre saio intacto, o único problema foi que eu tive que sair nu. — Fui obrigada a rir. — Mas enquanto aos homens... Bom, você sabe, eu sou um Barcelona.

— Você os matou? — Perguntei.

— Não, mas digamos que eles levaram alguns golpes dolorosos e Gabriela gritando toda insuportável... Porra.... Não pude nem me satisfazer, Lana. Que caralho você é. Acho que esse trabalho vai ficar para você.

— Você acha mesmo que é simples assim?

— Acho. — Ele disse, sentando na cadeira giratória que havia em minha escrivaninha e dando um giro completo.

— Mas não é, Gavira. Você não vai simplesmente sair da casa daquela vagabunda e só porque não conseguiu chegar ao ápice, até porque pegaram vocês... — Eu ri cinicamente. — Não quer dizer que você possa vir e simplesmente achar que vai estalar os dedos e eu vou estar te dando prazer.

— Se você não tivesse contado para o papai dela... Eu não estaria aqui.

— E se eu disser que eu não contei... Você vai embora? — Perguntei.

— Não. — Ele disse me encarando.

— Então Gavira... Mesmo que a transa de vocês tivesse ido até o final, você estaria aqui... — Falei sendo super implicante.

— Estaria? E por que?

— Porque seu corpo clama meu nome. — Falei e Gavi deu uma gargalhada que poderia ter acordado meu pai e me fodido mais do que Gabriela.

— Você é uma iludida. — Ele disse.

— Não não, apenas realista. — Ficamos quietos por algum tempo, até que Gavi levantou e veio até mim, sentando ao meu lado na cama.

— Você sabia... — Ele sussurrava em meu ouvido, seu hálito quente indo em encontro com a minha pele. — Que mesmo eu não tendo chegado ao ápice, Gabriela foi Melhor que você. — Ele disse aquilo só para me atingir, mas eu entendi a brincadeira.

— Não mente, Pablo...

— Mas é verdade, a garota é... Profissional e tal. — Claro, é puta.

— Não tão boa quanto eu. — Falei, sentando em seu colo, eu o provocaria até o fim, mas não transariamos, eu não seria idiota. Não dessa vez.

— Será? — Ele perguntou. — Me mostre. — Gavi me desafiou.

— Já te mostrei. — Falei simples e saindo de seu colo, Gavi ficou sem entender.

— Como assim?

— Você já está completamente duro, e olha que eu nem fiz muita coisa. — Falei, e dei uma piscada para ele. — Agora vá embora, já está tarde e eu quero dormir...

— Vai brincando, Lana. — Ele disse com aquela sua voz rouca.

— Sem brincadeiras aqui. — Eu disse o empurrando de volta para a sacada.

— Eu poderia aparecer para o seu pai, quem sabe... Então você e Gabriela estariam iguais. O que você acha? — Ele era um puto chantagista, mas eu não deixaria ele sair por cima na história, como sempre. — Até onde eu sei, ele está em casa, não? — Pablo disse mudando sua direção e indo até a porta.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora